quinta-feira, 14 de maio de 2015

REAÇÕES AO CAPITALISMO



REAÇÕES AO CAPITALISMO


Durante o século XIX, em meio as turbulências, houve um notável desenvolvimento industrial em grande parte dos países europeus, surgindo assim uma nova classe social, o operariado. Assim pode-se afirmar que o socialismo nasceu das contradições surgidas nas sociedades industriais.

A palavra operária a partir do século XVIII passou a ser relacionado ao trabalhador assalariado. No século XIX, o termo  foi empregado no termo socialista e marxista, para demarcar o lugar do trabalhador em posição à burguesia.

Proletários, referia-se aos que só têm uma propriedade e as vendem aos donos do capital e dos meios de produção. Configurou-se, então, uma posição entre capital e trabalho.

Nos primeiros tempos da revolução industrial na Inglaterra e em outros países do mundo, a industrialização ampliou assustadoramente o numero de trabalhadores. O estado não interferiu nas relações patrão e empregado, deixando-os livres para estabelecê-las. Foi a partir principalmente das revoltas populares e operárias do século XIX que os trabalhadores conseguiram fazer voltar em seus respectivos países leis trabalhistas que lhes permitiam algumas garantias,as precárias condições de vida e de trabalho motivaram movimentos reivindicatórios, por vezes marcadas por grande violência e destruição de maquinas. Lentamente os movimentos foram ganhando força.

Socialismo, foi empregado com o objetivo de aumentar a produção de suas empresas. Acreditava-se que a cooperação e o bom tratamento oferecido aos seus empregados poderiam servir de base para a construção de uma sociedade mais solidária, em que operários e trabalhadores pudessem viver em harmonia.
Formularam os principais conceitos de uma nova doutrina social operária, socialismo cientifico, criaram uma sociedade sem classes, sem exploração do homem pelo homem, e uma nova forma de interpretação.

Para Marx, o desenvolvimento histórico sempre foi pautado por conflito entre classes dominantes e dominado. De acordo com seu pensamento, a sociedade ideal não teria nenhuma classe social, cuja existência faz surgirem antagonismo que levam a exploração de uma pela a outra, Marx chamou de comunismo.

Aprofundando o estudo do sistema capitalista, Marx desvendou um mecanismo de exploração do trabalho pelo capital, que ele considerou o mais importante instrumento de acumulação, a mais-valia.

Para desencadear a transição do capitalismo para o socialismo e comunismo, Marx defendeu a organização dos operários a fim de tomar o poder político (revolução social), isto é, substituição da burguesia pelo operariado, em seguida, deveria instaurar um ditadura do proletariado.

Anarquismo ou socialismo libertário propunha a supressão de qualquer forma de autoridade que eles considerassem violenta.

QUESTÕES

(UERJ 2012) O capitalismo do século XIX tropeçou de desastre em desastre nas bolsas de valores e nos investimentos empresariais irracionais. Após a Segunda Guerra Mundial, essa desordem foi de algum modo posta sob controle na maioria das economias avançadas: sindicatos fortes, garantias trabalhistas e empresas de grande escala combinaram-se e produziram uma era, de mais ou menos trinta anos, de relativa estabilidade.
Adaptado de SENNETT, Richard. A corrosão do caráter: as consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 2010.

A estabilidade mencionada no texto foi proporcionada pela condição socioeconômica e pelo modelo de organização do Estado identificados em:

a) implantação dos sistemas de crédito – moderno
b) estruturação dos impérios coloniais – corporativista
c) organização das redes produtivas globais – autocrático
d) formação das sociedades de consumo de massa – de bem-estar social

Alternativa D

(ENEM – 2010) O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança: a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.
(HOBSBAWN, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.)
No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que:
a) a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego.
b) a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.
c) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários.
d) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.
e) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.

Alternativa B

(ENEM 2012) Fugindo à luta de classes, a nossa organização sindical tem sido um instrumento de harmonia e de cooperação entre o capital e o trabalho. Não se limitou a um sindicalismo puramente ‘’operário’’, que conduziria certamente a luta contra o ‘’patrão’’, como aconteceu com outros povos
FALCÃO, W. Cartas Sindicais. In: Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Rio de Janeiro, 10 (85), set. 1941 (adaptado).
Nesse documento oficial, à época do Estado Novo (1937-1945), é apresentada uma concepção de organização sindical que:

a) elimina conflitos no ambiente das fábricas.
b) limita os direitos associativos do segmento patronal.
c) orienta a busca do conscenso entre trabalhadores e patrões.
d) proíbe o registro de estrangeiros nas entidades profissionais do país.
e) desobriga o Estado quanto aos direitos e deveres da classe trabalhadora.

Alternativa C

(Ufu 2007) Considere a citação.
“Onde quer que tenha conquistado o Poder, a burguesia calcou aos pés as relações feudais, patriarcais e idílicas. Todos os complexos e variados laços que prendiam o homem feudal a seus “superiores naturais” ela os despedaçou sem piedade, para só deixar subsistir, de homem para homem, o laço do frio interesse, as duras exigências do pagamento à vista.”
MARX, K. & ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista, In:Obras Escolhidas, Vol. 1, São Paulo: Editora Alfa-Omega, s/d., vol. 4, p. 23.

Acerca do fenômeno central destacado nessa citação e conforme a teoria social de Karl Marx, assinale a alternativa correta.

a) O cálculo racional do lucro é a única determinação na sociedade capitalista.
b) A estratificação na sociedade feudal era um processo natural.
c) A conquista do poder político foi o principal objetivo das burguesias que derrotaram a ordem feudal.
d) No capitalismo, a mercantilização não se restringe à esfera econômica, ampliando-se para outras relações sociais.

Alternativa D

(ENEM 2010) “Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?”
(SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.)
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
a)na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões.
b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias.
c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.

Alternativa E

(ENEM 1999) A Revolução Industrial ocorrida no final do século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX.
Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século, decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com:
a) a expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais.
b) a expressiva diminuição da oferta de mão-de-obra, devido à demanda por trabalhadores especializados.
c) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses.
d) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos parlamentos.
e) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais européias.

Alternativa C

(Unicentro 2010) Para Karl Marx o conceito de Classes Sociais se desenvolve com a formação da sociedade capitalista. Dessa forma, é correto afirmar que:

a) as classes sociais formadas no capitalismo estabelecem intransponíveis desigualdades entre os homens, relações de exploração e antagonismo.
b) para Marx, a história humana é a história passiva da luta de classes e da aceitação do antagonismo entre burgueses e proletários.
c) as classes sociais são independentes entre si de tal forma que a diferenças entre elas não são sentidas pelos indivíduos de uma sociedade.
d) o capitalista divide com a classe de trabalhadores a mais-valia produzida por seu trabalho sem que haja a exploração de mão de obra.
e) as classes sociais não são opostas entre si, mais sim complementares e interdependentes.

Alternativa A

(UFAL- 2009) O capitalismo modificou os costumes das sociedades tradicionais e incentivou a competição social. Com o crescimento da sociedade capitalista, as relações de mobilidade social:

a) ganharam um espaço importante para se compreender as crises existentes na produção dos valores econômicos.
b) construíram uma hierarquia definidora das relações de poder, destruindo as possibilidades de desigualdades.
c) são aceitas sem problemas pelas administrações públicas, não havendo políticas que objetivem alterá-las.
d) revelam situações de conflito entre grupos de valor apenas econômico, sem maiores problemas sociais.
e) mostram a força do capitalismo e das suas verdades que garantem a felicidade humana.

Alternativa A

https://historytellers.wordpress.com/2013/09/29/reacoes-ao-capitalismo/

Nenhum comentário:

Postar um comentário