sexta-feira, 11 de outubro de 2013

G20 diz que EUA têm de agir sobre as incertezas fiscais--comunicado


 Chairman do Banco Central dos EUA, Ben Bernanke (C), é visto em meio de outras autoridades financeiras mundiais durante uma sessão de fotos em Washington, após o encontro anual dos membros do G20. As autoridades das Finanças das principais economias do G20 pediram aos Estados Unidos nesta sexta-feira que atuem com urgência para lidar com as incertezas fiscais de curto prazo. 11/10/2013 REUTERS/Gary Cameron

Por Anna Yukhananov e Louise Egan

WASHINGTON, 11 Out (Reuters) - Autoridades das Finanças do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo, pressionaram os Estados Unidos nesta sexta-feira para evitarem um default potencialmente devastador e prometeram proceder com cuidado quando chegar a hora de normalizar a política monetária.

De acordo com o comunicado emitido no final da reunião do grupo dos ministros das Finanças e banqueiros centrais, os Estados Unidos "precisam tomar medidas urgentes para enfrentar as incertezas fiscais de curto prazo."

O governo federal dos EUA está parcialmente paralisado desde 1º de outubro em meio a um impasse orçamentário entre republicanos do Congresso e a Casa Branca. Republicanos também têm se recusado a elevar o teto da dívida norte-americana, o que pode causar um default e lançar os mercados globais no caos.

Autoridades de todo o mundo alertaram que um fracasso do Congresso em aumentar o limite de endividamento causará estragos na economia global.

O ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, caracterizou a referência como "um desejo geral para uma solução rápida do problema".

O presidente dos EUA, Barack Obama, e líderes republicanos negociam para acabar com impasse fiscal, mas ainda esbarram em detalhes. Resolver o impasse é crucial para a economia mundial, que, segundo o G20, está mostrando sinais de melhora, mas ainda enfrenta "riscos de deterioração".

O grupo sustentou que o ritmo de crescimento é suscetível a cenários mais desafiadores quando os bancos centrais começarem a reduzir os estímulos monetários lançados durante a crise financeira global de 2007-2009.

O G20 se comprometeu a "garantir que futuras mudanças nas configurações monetárias continuarão a ser cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas", acrescentando que as fortes oscilações nos fluxos de investimento conti. Os mercados emergentes, que nos últimos anos se expandiram de forma mais rápida que países avançados, continuam a ser um importante motor do crescimento global, informou o G20.

Apesar disso, o foco foi o impasse com a elevação do teto da dívida. O ministro das Finanças russo, em entrevista após a reunião, disse que o secretário do Tesouro dos EUA, Jack Lew, saiu antes do encontro para participar de negociações entre Obama e congressistas republicanos.

"Estamos confiantes que o governo e o Congresso vão chegar a uma solução aceitável para os dois lados", afirmou Siluanov.

(Reportagem da equipe para cobertura do FMI da Reuters)

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