quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Calote nos EUA emperraria recuperação da economia mundial, diz Mantega
MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA
O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse nesta quarta-feira que acredita numa solução intermediária para o problema do limite de endividamento dos Estados Unidos.
Segundo ele, se a capacidade do governo americano de contrair dívida não for elevada, haverá muitos prejuízos à economia global que poderão emperrar o atual processo de recuperação da atividade mundial.
Sua expectativa é que os políticos americanos cheguem a algum entendimento.
"Certamente, não exatamente o que o governo americano gostaria, mas alguma coisa intermediária, algum fôlego intermediário, que eles vão continuar empurrando essa questão por algum tempo", observou ao entrar no Ministério da Fazenda.
Caso o aumento do limite de endividamento dos EUA não seja elevado, o país não terá como rolar seus empréstimos, o que resultaria em calote.
"Se de fato o Senado americano conseguir prorrogar ou aumentar o limite da dívida, será um alívio para todo mundo. A economia mundial está numa fase de recuperação, estamos indo até razoavelmente bem, e uma medida dessa natureza [um calote dos EUA] poderia emperrar esse processo de recuperação", acrescentou Mantega.
Segundo o ministro, o problema da dívida americana cria uma insegurança nos mercados, atrapalhando os negócios de modo geral. Um exemplo disso, destacou, é a maior dificuldade das empresas em emitir bônus para captar recursos no mercado financeiro.
"Imagino que para algumas empresas privadas, [a incerteza] possa ter prejudicado, porque o mercado fica um pouco nervoso", afirmou, quando questionado sobre os impactos da questão no Brasil.
DÓLAR
Mantega disse ainda que a recente queda do dólar "é um testemunho de confiança" dos mercados no Brasil, "porque significa que estão entrando recursos" no país.
Ele voltou a afirmar que a cotação da moeda americana é flutuante. "O dólar é flutuante no Brasil, então nós temos que admitir que ele flutue tanto para cima quanto para baixo", disse. http://www1.folha.uol.com.br/
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