terça-feira, 16 de abril de 2013
A Universidade Medieval
A escola na Idade Média era na paróquia ou no mosteiro mais próximo, existiam também as instituições particulares abertas por mestres que obtinham licença para ensinar, como Abelardo. Davam aos seus alunos noções de gramática, aritmética, geometria, música, teologia, algum estudo técnico no trabalho com o ouro, a prata e o cobre. Os mestres eram ajudados pelos mais velhos e pelos melhores alunos.
Por exemplo, a abadia de Argenteuil, onde Heloísa foi educada, ensinava às meninas as Sagradas Escrituras, letras, medicina e cirurgia, grego e hebreu (também ensinamentos de Abelardo).
Estes estudos permitiam aos alunos mais capazes de seguir para a Universidade, consoante a sua especialidade.
As Universidades tinham características inteiramente eclesiásticas; eram criadas pelo Papa, os professores pertenciam todos à Igreja, destacavam-se duas Ordens religiosas, os Franciscanos e os Dominicanos, todos os alunos eram chamados de clérigos, mesmo quando não se destinavam ao sacerdócio. Ensinavam a teologia, todas as grandes disciplinas científicas e filosóficas, gramática, dialéctica, música e geometria.
A Universidade era considerada uma sociedade autônoma, tanto os mestres, como os alunos ficavam submetidos aos tribunais eclesiásticos, que administravam e tomavam as decisões na Universidade, o que era considerado um privilégio e dava autonomia a esta corporação de elite. Esta é a característica fundamental da Universidade medieval.
Era uma era cosmopolita, os clérigos e professores vinham de todas as partes do mundo.
Havia uma língua comum para todos e a única falada na Universidade: o latim. O uso do latim facilitava as relações, permitia as comunicações entre os mestres, dissipava qualquer confusão de expressão, protegendo assim a unidade de pensamento.
O ensino em latim dividia-se em dois cursos: o trivium ou as artes liberais (gramática, retórica e lógica) e o quadrivium ou as ciências (aritmética, geometria, música e astronomia).
O método utilizado no ensino era principalmente o comentário; era lido um texto e analisado com todos os comentários que podiam ser feitos, do ponto de vista gramatical, jurídico, filosófico, linguístico, etc. Era um ensinamento sobretudo oral, dando grande atributo à discussão diante de um auditório de mestres e alunos, que muitas vezes davam origem a tratados completos de teologia ou filosofia.
Os estudantes, de seu apelido os Goliardos, eram o clérigo vagabundo que percorriam as estradas atrás dos mestres.
Os estudantes ricos moravam na cidade em casa do seu responsável, e os estudantes de condição mais modesta alojavam-se em pensões ou colégios próprios.
exercícios físicos, iam a festas, tinham bibliotecas.
Os estudantes da Idade Média eram também pregadores, como clérigos eram eles que ensinavam aos fiéis a sua ciência e a sua fé.
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