quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Tizuka Yamazaki grava filme sobre episódio importante da história de Pernambuco///Filmagens de "1817 - A revolução esquecida", dirigido pela cineasta radicada em São Paulo, ocorrem até a próxima sexta-feira na capital pernambucana///

Tizuka Yamazaki grava filme sobre episódio importante da história de Pernambuco
Filmagens de "1817 - A revolução esquecida", dirigido pela cineasta radicada em São Paulo, ocorrem até a próxima sexta-feira na capital pernambucana

Por: Daniel Medeiros, da Folha de Pernambuco em 18/07/17 às 07H03, atualizado em 17/07/17 às 18H28

Bruno Ferrari (ao centro) vive Domingos Martins
Bruno Ferrari (ao centro) vive Domingos Martins
Foto: Henrique Genecy/Folha de Pernambuco
Um dos mais importantes momentos históricos de Pernambuco, em breve, deve ser levado à telinha pelas mãos de Tizuka Yamazaki. A cineasta gaúcha (que dirigiu "Parahyba mulher macho" e "Gaijin", entre outros) está no Recife para as filmagens de "1817 - A revolução esquecida", filme produzido para a TV Escola e que mistura ficção e documentário.

As gravações das cenas ficcionais terminaram ontem, no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José. A partir de amanhã, a equipe retoma os trabalhos, colhendo depoimentos de especialistas sobre o tema.

Tizuka e sua equipe chegaram à capital pernambucana no início de julho e permanecem até o dia 21. Desde então, eles têm realizado filmagens em locações espalhadas pela cidade, como o Sítio de Pai Adão, o Forte do Brum, a ponte Maurício de Nassau, o Marco Zero e a Avenida Cruz Cabugá e o Pátio de São Pedro.

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De acordo com a diretora, o mau tempo no Recife não prejudicou as atividades. "Quando a chuva dava uma trégua, a gente corria para filmar. Conseguimos nos adequar a esse clima meio instável e o cronograma seguiu sem problemas", revela.

Baseado no romance "A noiva da revolução", do jornalista Paulo Santos de Oliveira, o filme aborda o movimento emancipatório pernambucano, que eclodiu há 200 anos. No filme, passado e presente se encontram.

"A gente sabia que não teria nem verba, nem tempo para reconstruir os cenários ao modo da época. Então, fizemos uma mistura. Na ponte, por exemplo, gravamos com figurinos de época, mas com carros passando", conta a cineasta.

Para estas gravações, foi necessário interditar, por algumas horas, a Ponte Maurício de Nassau, entre os bairros de Santo Antônio e do Recife, gerando engarrafamento no trânsito no final da tarde e começo da noite da última quinta-feira (13).

"Os protagonistas contracenam entre si e, às vezes, falam para a câmera. Eles são também narradores. Há várias brincadeiras. Por exemplo: o Domingos Martins encontra com o Cabugá na Avenida Cruz Cabugá, quando ele está apontando para uma placa com o nome dele. Depois, eles começam a conversar e voltam para a ficção", afirma a diretora.

Os atores Klara Castanho ("Amor à vida") e Bruno Ferrari ("Liberdade, liberdade") vivem a pernambucana Maria Teodora da Costa e o comerciante capixaba Domingos Martins, casal central da trama. O elenco conta ainda com 24 atores pernambucanos, além de 170 figurantes.

O intérprete paraibano Paulo Vieira interpreta o comandante Leão Coroado, que matou com golpes de espada o brigadeiro Barbosa de Castro (o pernambucano Walmir Chagas, mais conhecido por interpretar o Veio Mangaba), dando início ao levante. "Está sendo um trabalho muito rico. A cena do assassinato, em especial, foi muito emocionante, pois exigia uma contenção, no primeiro momento, e depois, bastante dinamismo", relata Tizuka.

Estreia em outubro

Para a parte documental da obra, serão entrevistadas personalidades como o historiador Leonardo Dantas e o arquiteto José Luiz da Mota Menezes. Além deles, também estão na lista o antropólogo Caesar Sobreira, a historiadora Socorro Ferraz, e a arquiteta Betânia Corrêa de Araújo, diretora do Museu da Cidade.

Com 50 minutos de duração, o filme deve estrear em outubro, abrindo a série "História". A produção foi aprovada graças ao incentivo do banco de projetos da Roquette Pinto Comunicação Educativa, instituição ligada ao Ministério da Educação (MEC), responsável pelos canais públicos TV Escola e TV INES.

Rô Nascimento, figurinista de "1817 - A revolução esquecida", participa de um bate-papo sobre a produção do filme hoje, a partir das 19h, no Marco Pernambucano Da Moda (Rua Da Moeda, 46, Recife Antigo). Na ocasião, a profissional irá falar sobre o processo de criação dos figurinos do longa-metragem. A entrada é gratuita.


Documentário “1817, a Revolução esquecida”, de Tizuka Yamasaki, abre nova série da TV Escola para apoio ao mercado audiovisual
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Documentário “1817, a Revolução esquecida”, de Tizuka Yamasaki, abre nova série da TV…
 27 de abril de 2017  MEC, Roquette Pinto, TV Escola, TV INES


O projeto da cineasta Tizuka Yamasaki de filmar o documentário “1817, a Revolução Esquecida” foi aprovado pelo Banco de Projetos da Roquette Pinto Comunicação Educativa/TV Escola e vai ser produzido em Pernambuco. O documentário, de 50 minutos, baseado no livro “A Noiva da Revolução”, do escritor Paulo Santos, será lançado em outubro, em comemoração ao segundo centenário da Revolução Pernambucana.

O filme de Tizuka é o primeiro projeto aprovado na nova série de documentários e produtos audiovisuais produzidos pela Roquette Pinto Comunicação Educativa – “História na TV Escola”. Os produtos da nova série serão exibidos nos dois canais públicos da instituição, a TV Escola e a TV INES (único canal brasileiro que transmite 24 horas diárias de programação bilíngue – Português e Libras, a Língua Brasileira de Sinais). Demais projetos serão examinados pelo Comitê de Seleção do Banco de Projetos e podem ser inscritos pelo site “roquettepinto.org.br”.

O Termo de Cooperação entre a produtora de Tizuka Yamasaki, a Rio de Cinema Produções Culturais, a TV Escola e o Ministério da Educação será assinado na Fundação Joaquim Nabuco, no próximo dia 5, com a presença do Ministro da Educação, Mendonça Filho, e do Diretor Geral da Roquette Pinto Comunicação Educativa, Fernando Veloso.



Sobre a TV Escola e a TV INES

A TV Escola é o canal do Ministério da Educação, distribuído em multiplataforma, que tem como objetivo democratizar o ensino básico e elevar a qualidade da educação brasileira. Há mais de 20 anos no ar, o canal tem como público professores, coordenadores e gestores escolares, além de alunos da Pré-escola ao Ensino Médio da Rede Pública. Mas sua programação também procura atender às demandas de pais preocupados com a educação de seus filhos e de todos os interessados em aprender. Ele pode ser acessado através de satélite, parabólica, DTH, TV a cabo e TV Digital, somando mais de 80 milhões de espectadores, além da web, presente em aplicativos para smartphones, tablets, smartTVs e computadores. Em sua grade, destaca-se o “Hora do Enem” – programa diário apresentado pelo jovem Land Vieira, com participação de professores experientes e voltado para estudantes que se preparam para o ENEM.

No ar desde 2013, a TV INES é uma parceria da Roquette Pinto com o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), sendo o primeiro canal brasileiro para surdos e ouvintes. Sua programação é 100% bilíngue (Libras e Português) com legendas descritivas, disponível 24 horas na web, além de ser acessado através de satélite e parabólica em todo território nacional. O principal objetivo é levar educação, informação, cultura e entretenimento a uma grande parcela da população brasileira que se comunica em Libras. No Brasil, cerca de 9 milhões de pessoas apresentam algum grau de deficiência auditiva, sendo 2 milhões deles com surdez profunda, que não conseguem assimilar integralmente as informações disponíveis nos veículos de comunicação tradicionais. Por isso, grande parte de sua produção é pensada para o público surdo, desde a roteirização até a exibição, com destaque para os apresentadores surdos da TV INES.



Sobre a obra: “1817 – A Revolução esquecida”

Obra audiovisual em formato de DocuDrama com conteúdo referente a revolução de 1817, com duração de 50 (cinquenta) minutos.

Prazo de produção de seis meses, entrega prevista para outubro de 2017.

Trata-se de uma obra audiovisual em comemoração a efeméride do segundo centenário da revolução de 1817. O conteúdo será roteirizado tendo como base uma obra literária reconhecida, “A noiva da Revolução” de Paulo Santos de Oliveira, complementado com imagens, depoimentos e entrevistas, feitas a partir de pesquisa dos fatos históricos ocorridos durante o período. A adaptação da obra literária com cenas de dramaturgia e outros materiais captados de forma documental e entrevistas terá como resultado audiovisual o formato de um DocuDrama.

No dia seis de março de 1817, aconteceu no nordeste brasileiro a primeira revolução popular de cunho republicano e democrático. Planejado para se iniciar em abril simultaneamente em Pernambuco, Rio de Janeiro e na Bahia, o movimento é denunciado. A revolução então eclode prematuramente em Recife, logo se estendendo à Paraíba e ao Rio Grande do Norte. O levante acabou de forma violenta, vitimada por uma terrível repressão dos portugueses. Mas a Revolução de 1817, mesmo derrotada, deixou plantadas sementes que germinaram. Ela influenciaria o caminho para independência do Brasil, em 1822.

Dois personagens permeiam a narrativa: o líder revolucionário Domingos José Martins e a jovem Maria Teodora da Costa, que, segundo a literatura viveram um caso do amor em meio a revolução.

A direção geral do DocuDrama deverá ficar a cargo de um profissional reconhecido no mercado da área do audiovisual, assim como a equipe da produtora que realizará o serviço e o autor da obra literária a ser adaptada.

Sobre a produtora

A empresa proponente, Rio de Cinema Produções Culturais, atua desde 2002 na atividade audiovisual e tem como sócio e administrador Ricardo Favilla, Diretor e Produtor com larga atuação e reconhecimento no mercado audiovisual.

Sobre a direção geral e artística

A direção geral do DocuDrama ficará a cargo da premiada diretora Tizuka Yamasaki que é a coprodutora e responsável pela direção artística da obra, tendo em vista o seu currículo que atesta a sua notória especialidade.

Sobre a obra literária adaptada

A Rio de Cinema Produções Culturais detém, também, contrato de exclusividade de liberação dos direitos autorais e patrimoniais para adaptação audiovisual da obra literária “A noiva da Revolução” de Paulo Santos de Oliveira, na qual se baseia a obra “1817 – A Revolução”.



Informações para a imprensa:

ASCOM – Roquette Pinto Comunicação Educativa

Veronica Cobas – Assessora de Comunicação

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Rafael Lima – Analista de Comunicação

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