domingo, 30 de março de 2014
Forças policiais ocupam favelas da Maré sem violência
Forças policiais ocupam favelas da Maré sem violência
RIO DE JANEIRO, 30 Mar (Reuters) - Em cerca de vinte minutos e sem nenhum disparo de arma de fogo, tropas militares do Rio de Janeiro, com apoio das Forças Armadas, ocuparam neste domingo o conjunto de favelas da Maré, na zona norte da cidade, local próximo a importantes vias expressas da capital fluminense e do aeroporto internacional da cidade.
A ocupação já havia sido anunciada na última sexta-feira e moradores das comunidades da Maré informaram que traficantes já tinham fugido. Por isso, não houve resistência à ocupação. Operações rotineiras já vinham sendo feitas pela Polícia Militar em algumas comunidades da Maré e um dos chefes do tráfico de drogas, conhecido como Menor P, foi preso na última quarta-feira.
Aproximadamente 1,5 mil militares foram empregados na dominação da Maré. Vinte e um blindados da Marinha deram apoio logístico e operacional à ocupação. "É um local estratégico para nós, uma cidade dentro da cidade e com a presença de traficantes durante anos", disse a jornalistas o secretário de segurança pública do Estado, José Mariano Beltrame.
O complexo da Maré reúne cerca de 15 favelas onde moram aproximadamente 130 mil pessoas. O conjunto de favelas é um dos locais mais perigosos da cidade e um importante entreposto de armas, drogas e munições.
Ali perto, passam vias expressas como Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela. Todas foram interditadas ainda de madrugada para a passagem das forças de segurança que entraram na Maré. O aeroporto internacional do Rio de Janeiro também fica a poucos quilômetros da comunidade.
Operações paralelas foram feitas pela PM do Rio em favelas do Rio de Janeiro e Grande Rio, onde foram apreendidos armas, drogas e suspeitos. Na Maré, também houve prisão de suspeitos e apreensão de drogas.
A ocupação do conjunto de favelas ocorre após uma onda de ataques de traficantes a policiais e bases de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em diversos pontos da cidade.
"Fomos provocados e intimidados nos últimos dois, três meses pelo poder paralelo em uma tentativa de enfraquecer uma política de segurança. É uma resposta que o povo do Rio de Janeiro e do Brasil reconhece", disse a jornalistas o Governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB).
A ideia do governo estadual é manter temporariamente os policiais militares na Maré por um tempo e depois transferir o controle da região às Forças Armadas, que devem permanecer no local até que a secretaria de segurança tenha efetivo suficiente para implantar uma UPP no complexo de favelas no segundo semestre.
Especula-se que o Exército entrará na Maré a partir da primeira semana de abril com ao menos 4 mil pessoas.
(Por Rodrigo Viga Gaier)
Van Gogh, Pintor holandês
Pintor holandês
Van Gogh
30/03/1853, Groot-Zundert, Holanda
29/07/1890, Auvers-sur-Oise, França
Auto-retrato do pintor holandês Vincent Van Gogh
A genialidade de Vincent Van Gogh somente foi reconhecida após a sua morte. Em vida, o artista holandês, que passou fome e frio, viveu em barracos e conheceu a miséria, vendeu apenas uma pintura _ "O Vinhedo Vermelho". Em maio de 1990, uma de suas mais conhecidas obras, "O Retrato de Dr. Gachet", pintado um século antes, justamente no ano de sua morte, foi comercializado por US$ 82,5 milhões.
Maior expoente do pós-impressionismo, ao lado de Paul Gauguin e Paul Cézanne, Vicent Willen Van Gogh, foi sempre sustentado pelo irmão Theodorus, com quem trocou mais de 750 correspondências, documentos fundamentais para um estudo mais aprofundado de sua arte. Na sua fase mais produtiva (1880/90), Van Gogh foi completamente ignorado pela crítica e pelos artistas. Atualmente, os seus quadros estão entre os mais caros do mundo.
Na infância, Van Gogh aprendeu inglês, francês e alemão. Mas, com apenas 15 anos, deixou os estudos para trabalhar na loja de um tio, em Haia (Holanda). Com 24 anos, achou que a sua vocação era trabalhar com a evangelização, chegando a estudar teologia, em Amsterdã. Pouco tempo depois, dividiu os seus poucos bens com os pobres e passou a ser sustentado pelo irmão, ao mesmo tempo em que iniciava a carreira profissional como pintor.
Van Gogh, que também morou na França e na Bélgica (onde conviveu com mineiros extremamente pobres), pintou mais de 400 telas _os três anos anteriores à sua morte foram os mais produtivos. Uma mudança fundamental na vida do pintor holandês aconteceu quando Van Gogh trocou Paris por Arles, mais ao sul da França. Na pequena cidade, Van Gogh aluga uma casa e intensifica o seu trabalho, ao lado de Gauguin.
Após um período de ótima convivência, os dois pintores começam a discutir muito e Van Gogh ataca Gauguin com uma navalha em dezembro de 1888. Inconformado com o fracasso do ataque e completamente transtornado, Van Gogh corta o lóbulo de sua orelha esquerda com a própria arma. Em seguida, embrulha o lóbulo e o entrega a uma prostituta. Internado em um hospital, recebe a visita do irmão Theodorus. No começo de janeiro de 1889, Van Gogh deixa o hospital, mas apresenta sinais evidentes de disfunção mental _às vezes, aparenta tranqüilidade, em outras oportunidades, demonstra alucinações.
Internado pelo irmão em um asilo, Van Gogh não deixa de pintar. Por ironia, à medida que a sua saúde fica ainda mais deteriorara, a classe artística começa a reconhecer o seu talento, expondo alguns de seus trabalhos em museus. Quando deixou o asilo, o pintor holandês foi morar nas imediações da casa de seu irmão. Nesta época, pinta, em média, um quadro por dia. Depois de ver os seus problemas mentais serem agravados, Theodorus decide que Van Gogh será tratado pelo médico Paul Gachet. Em maio de 1890, aparentando estar recuperado, Van Gogh passa a morar em Auvers-sur-Oise, a noroeste de Paris, onde pinta freneticamente.
Em julho, uma nova recaída no estado de saúde do pintor holandês, que também demonstra inconformismo com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo seu irmão. No dia 27, Van Gogh sai para fazer um passeio e toma uma decisão drástica _atira contra si mesmo, no tórax. Cambaleando, volta para a sua casa, mas não comenta com ninguém que tinha tentado o suicídio. Encontrado por amigos, Van Gogh passa as últimas 48 horas de sua vida, conversando com o seu irmão _os médicos não conseguiram retirar a bala do tórax. No dia 29, pela manhã, o pintor morreu e o seu caixão foi coberto com girassóis, flor que ele amava. Aliás, a tela "Os Girassóis" é uma das obras-primas de Van Gogh. uol educação
domingo, 23 de março de 2014
Reedição da Marcha da Família pede intervenção militar no País Por Carolina Garcia - iG - São Paulo
Reedição da Marcha da Família pede intervenção militar no País
Por Carolina Garcia - iG - São Paulo
Com o objetivo de "salvar o Brasil do comunismo", manifestantes percorreram as ruas do centro de São Paulo; quatro pessoas foram detidas.
50 anos após o golpe, SP é palco de marchas a favor e contra a ditadura
A reedição da "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", em São Paulo, contou com mil pessoas, sendo grande parte formada por curiosos, de acordo com a Polícia Militar. O número de manifestantes neste sábado foi menor do que a página do grupo no Facebook previa. Nas redes sociais, ao menos 2 mil pessoas confirmaram presença. Entre faixas, camisetas e adereços militares, todos gritavam por uma imediata intervenção militar no Brasil, um golpe contra a atual presidente Dilma Rousseff, chamada de terrorista pelos presentes.
Ao menos 150 homens da Polícia Militar, entre a Força Tática e a chamada Tropa do Braço, foram deslocados para fazer a segurança da manifestação. O ato percorreu as ruas do centro da capital. Por volta das 16h, o movimento marchou da Praça da República até a Praça da Sé, que era ponto de encontro para a segunda manifestação do dia, a Antifacista, que relembrou os violentos e crimes contra os direitos humanos da Ditadura.
Já na concentração da Marcha ocorreram os primeiros atritos com manifestantes chamados de "petistas", por usarem peças de roupa vermelhas, cor do Partido dos Trabalhadores (PT). A PM precisou ser acionada para intervir aos gritos de "Lula ladrão" e "PT roubou". Um fotógrafo chegou a ser agredido no tumulto. Outros dois incidentes chamaram a atenção nesta tarde. Um grupo de 30 pessoas que seguia para o show do Metallica passou por apuros. Os metaleiros vestiam preto e foram confundidos com black blocks. Logo, manifestantes da Marcha começaram a gritar "lixo, lixo". Felizmente, o equívoco foi desfeito e não houve embate.
Dois homens não tiveram a mesma sorte dos metaleiros. Carregando cartazes da "Marcha da quase Família" e com vestes de empregadas domésticas, eles não foram bem recebidos pelos manifestantes. Rapidamente tiveram seus cartazes rasgados e foram hostilizados. "Vai para Cuba", gritaram os manifestantes. Muitos jornalistas homens foram hostilizados e chamados de comunistas por participantes porque tinham barba. Durante todo o trajeto a Marcha contou como plano de fundo o Hino Nacional, que foi cantado ao menos dez vezes.
O ato terminou por volta das 18h30 já no seu destino final, a Praça da Sé, com um saldo de quatro pessoas detidas pela PM. Todos teriam sido encaminhados ao 8º DP. Entre os presos, uma jovem que irá responder por crime ambiental, por ter pichado a faixa de um manifestante e outros três homens foram enquadrados por agressão, um deles teria atirado uma pedra na cabeça de um tenente da PM. Outro teria acertado um policial com uma lâmpada.
Marcha para quê?
Os organizadores do evento dizem que há ameaça comunista no Brasil e pedem a volta dos militares ao poder para acabar com a corrupção e moralizar o País. Para tanto, decidiram fazer a reedição da Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
Em 19 de março de 1964, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, convocada por parte da elite paulistana e da classe média, reuniu mais de 200 mil pessoas e protestava contra a "ameaça comunista". O ato virou símbolo do golpe que tirou o presidente eleito João Goulart do poder em 1º de abril.
Às 15 horas deste sábado (22), manifestantes chegaram à Praça da República, no centro de São Paulo, com roupas camufladas que lembravam o Exército e carregando imagens de santos, uma alusão à Igreja. Muitos seguravam cartazes e estavam enrolados em bandeiras do Brasil.
Aos gritos de “um, dois, três, quatro, cinco, mil, queremos os militares no comando do Brasil”, os manifestantes seguiram em direção à Praça da Sé, às 4h20. Foram deslocados 150 homens da PM, Força Tática e Tropa do Braço para fazer a segurança da manifestação.
“O País esta perdendo o seus valores e indo para o ralo. Não podemos suportar isso. Queremos resgatar os valores com os militares no poder”, disse o técnico em enfermagem, Abraão Alberto Silva, 54 anos, durante a reedição da Marcha.
Mesmo com a decepção com o País, o ufanismo era forte entre os manifestantes. Nas duas primeiras horas de evento, foi possível escutar três vezes o hino nacional. No carro que abria a marcha, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, agradou religiosos. Um grupo de seminaristas apoiou o uso da imagem já que para eles, ela representa o mais puro sentimento de humanismo e família.
O seminarista Gabriel Piccoli, 20 anos, veio prestar apoio ao movimento e acredita que a intervenção militar pode ser uma opção. Ele só discorda do tom dado ao movimento, como ofensas a presidente Dilma, tratada como terrorista e comunista pela maioria dos manifestantes.
“Ao contrário do que muitos pensam, nós seminaristas estamos muito ligados no que acontece no Brasil. Se os militares resgatarem os valores morais da sociedade eles são uma opção sim. Tudo é bem vindo menos o comunismo e o socialismo que são abomináveis”, disse.
sexta-feira, 21 de março de 2014
quinta-feira, 20 de março de 2014
As Cruzadas
As Cruzadas
As Cruzadas foram expedições organizadas pela nobreza sob a inspiração do Papado para libertar a Terra Santa, isto é, a Palestina, onde Jesus Cristo nascera, pregara e morrera, do domínio dos turcos. Estes, originários do Turquestão, haviam se convertido ao islã, e uma de suas tribos, os Seldjúlcidas ocupara, em meados do século XI, a Mesopotâmia, a Síria, a Palestina e parte da Ásia Menor, proibindo as peregrinações de cristãos.
Para "salvar" a Europa Oriental e a Terra Santa o Papa Urbano II convocou a nobreza européia dando origem em 1095 a 1ª Cruzada, transformava assim a guerra tão comum no Ocidente, em "guerra contra os infiéis". As Cruzadas, que se estenderam até o século XIII, tiveram como principal motivação a fé, seguida do gosto pela aventura e pelo interesse de cidades italianas em incentivarem o comércio, que já existia, com os muçulmanos.
As Causas das Cruzadas
Vitral de As Cruzadas
A população da Europa Medieval possuía mentalidade profundamente religiosa; vivia apegada a superstições e profecias que prenunciavam o fim do mundo. Eles acreditavam que os problemas que estavam acontecendo eram causados pela ocupação do túmulo de Cristo (o Santo Sepulcro na Terra Santa, ou Jerusalém) pelos mulçumanos. Portanto, em sua mentalidade, a solução para seus problemas era acabar com o poder islâmico sobre a região. Além disso, a Igreja pregava aos fiéis que se lutassem contra a ocupação da Terra Santa estariam agradando a Deus e conquistando um lugar no paraíso.
As Cruzadas representavam vantagens para a nobreza secundogênita, uma vez que apenas os primogênitos teriam direito de herança sobre a terra e os bens da família. Assim, os movimentos cruzadistas davam a esses nobres a chance de possuir terras, motivando-os a lutar contra os "infiéis".
A explosão demográfica foi outro fator para que ocorressem as expedições. A necessidade de obter terras para diminuir a pressão populacional na Europa foi decisiva o início do movimento.
Além disso, a Igreja queria diminuir a violência que era comum na Idade Média e estava presente em festas e banquetes com o intuito de divertir. Para isso, o clero decidiu redirecionar essa violência para causas mais "úteis". No caso, expulsar os mulçumanos de Jerusalém.
Os europeus tinham interesse também nos produtos orientais: especiarias(pimenta, cravo, canela, etc), tecidos, jóias, etc.
1ª Cruzada (1095-1099)
Convocada, na França, como uma guerra santa, pelo papa Urbano II. Teve inicio efetivamente com a partida rumo à Jerusalém em 1096. Obtiveram sucesso, conquistaram a Terra Santa, o principado de Antioquia, e os condados de Trípoli e Edessa, ficando estes praticamente independentes do rei de Jerusalém. Os expedicionários fundaram vários "Estados" no Oriente Próximo, conhecidos, então, pela denominação de Outremer, ou seja, "Além mar". Esses "Estados" estavam organizados segundo os padrões feudais.
2ª Cruzada (1147-1149)
Foi estimulada por São Bernardo, em vista da retomada, pelos islâmicos, da cidade de Edessa. O fracasso só não pode ser considerado pleno, porque Lisboa acabou sendo conquistada dos muçulmanos pelos soldados cruzados que saíram de Flandres e da Inglaterra em direção à Palestina. O resultado ali obtido foi de fundamental importância para a formação do Reino de Portugal. Fora isso, também, conseguiram os cruzados normandos conquistar aos infiéis, possessões anteriormente pertencentes ao Império Bizantino, Corfu, Corinto e Tebas. Na Segunda Cruzada não houve aquele calor ardente nem o empenho da primeira, como conseqüência suas forças pereceram na Ásia Menor e as que alcançaram a Palestina sofreram grave derrota em 1148, quando intentavam tomar Damasco. Foi um desastre total deixando profundo ressentimento no Ocidente contra o Império do Oriente em face do insucesso.
3ª Cruzada (1189-1192)
Decidida pelo papa Gregório VIII, essa Cruzada foi organizada depois que o sultão Saladino retomou Jerusalém, a Cidade Santa. Teve a participação de Ricardo Coração de Leão, da Inglaterra; do imperador Frederico Barbarossa, ou Barba-Ruiva, do Sacro Império Romano Germânico; e Filipe Augusto, de França. Essa Cruzada ficou conhecida como a Cruzada dos Reis. Nela Frederico Barba-Ruiva, então com 67 anos, morreu afogado e Ricardo Coração de Leão assinou com Saladino um acordo que permitia aos cristãos peregrinar com segurança até Jerusalém.
4ª Cruzada (1202-1204)
A Quarta Cruzada teve grandes conseqüências políticas e religiosas. Em vez de se dirigirem para a Terra Santa que era o ponto crucial do conflito entre cristãos e mulçumanos, resolveu se deslocar na direção de Constantinopla. O papa Inocêncio III não gostou desta idéia e proibiu este desvio do propósito inicial, que tinha como meta derrubar o Imperador Aleixo III. Tudo isto por causa da promessa de Aleixo, filho do deposto Isaque II, que prometeu aos cruzados bom pagamento pelo auxílio para que assumisse o Império. O imperador foi derrubado, mas Aleixo não conseguiu cumprir suas promessas, motivo pelo qual os cruzados tomaram Constantinopla em 1204 e saquearam seus tesouros. As relíquias das igrejas foram as mais visadas. O Império Oriental foi dividido. Balduíno de Flandres foi feito imperador e um patriarca latino foi nomeado papa. Esta conquista latina tornou-se um desastre porque enfraqueceu o Império Oriental e agravou o ódio entre a cristandade grega e latina.
A Cruzada das crianças (1212)
Constituída por crianças e adolescentes que acreditavam estarem possuídas do poder Divino e, por isso, alcançariam com facilidade e sucesso a posse de Jerusalém. Multidões de crianças e jovens partiram da França e do Sacro Império em direção aos portos do litoral, querendo dali embarcar em direção a Palestina. Teve fim trágico pois, além de muitos perecerem na viagem, assim que alcançaram o porto de Alexandria, no Egito, foram vendidos, pelos mercadores de Marselha, como escravos para os muçulmanos.
5ª Cruzada (1217-1221)
Essa Cruzada ficou conhecida pelo completo fracasso que conseguiu. Chefiada primeiro por André II, rei da Hungria e depois por João Brienne, não conseguiu suportar as enchentes do rio Nilo, no Egito, e viu-se obrigada a desistir de seus objetivos. Era constituída por austríacos, cipriotas, francos da Síria, frísios, húngaros e noruegueses. Foi motivada pela decisão de Inocêncio III em tomar uma fortaleza muçulmana existente sobre o monte Tambor, no Egito.
6ª Cruzada (1228-1229)
A Sexta Cruzada teve como líder o Imperador Frederico II que partiu em 1227, adoeceu e retornou. Ao chegar o Papa Gregório IX o considerou desertor e, tendo outros motivos para hostilizá-lo, o excomungou. Em 1228 partiu novamente e no ano seguinte, assinou um tratado feito com o sultão do Egito, obteve a posse de Jerusalém, Belém, Nazaré e um ponto da costa. Jerusalém ficou em poder dos cristãos novamente. Mas, em 1244 foi definitivamente perdida mais uma vez. Quando o espírito das Cruzadas estava morrendo o Rei Francês Luís IX, levou uma expedição desastrosa contra o Egito. Foi preso e num ataque em Túnis em 1270 foi morto.
7ª Cruzada (1248-1250)
Foi organizada a partir de pregação de Inocêncio IV feita no Concílio de Lyon (1245). Teve por comandante Luís IX, de França. Também enfrentou problemas com as cheias do Nilo, onde debateu-se e foi eliminada pelo tifo. Luís IX acabou capturado na derrota que sofreu em Mansurá e seus correligionários, para reavê-lo, submeteram-se a pagar um pesado resgate de 500 mil moedas de ouro.
8ª Cruzada (1270)
Também foi comandada por Luís IX. A situação no Oriente Próximo apresentava-se bem mais complicada que em qualquer outro período anterior às demais Cruzadas. As ordens religiosas cristãs existentes na região para defendê-la e auxiliar os peregrinos encontravam-se em discórdia umas com as outras. Os turcos encontravam, além de desunidos, enfrentando a ameaça de outro poderosos inimigo: os mongóis, chefiados por Gêngis Khan. Por outro lado, os cristãos estavam sendo atacados e conduzidos em direção ao mar Mediterrâneo pelos muçulmanos seldjúcidas, ou mamelucos, do Egito. Nem bem desembarcou em Túnis, Luís IX veio a falecer devido à peste. Devido, entre outras coisas, a sua abnegação, Luís IX, mais tarde, passou a ser conhecido como São Luís.
Conclusão
Considerando pelos objetivos as cruzadas foram um fracasso. Não conquistaram de modo permanente a Terra Santa. Não se tem certeza de ter evitado o avanço do Islamismo. O seu custo foi muito caro em vidas e em bens.
Acredita-se porém que as cruzadas motivaram o crescimento da Europa, principalmente no comércio das cidades ao Norte da Itália e a grande rota comercial dos Alpes e do Reno cresceram de importância. A rica civilização do Oriente contribuiu para o enriquecimento da cultura européia.
Por toda a Europa houve melhora do desenvolvimento intelectual. O desenvolvimento teológico através do escolaticismo se desenvolveu. A Igreja presenciou muitos movimentos religiosos populares. As universidades se desenvolveram. Grande desenvolvimento na literatura vernácula e artística. A Europa no período das Cruzadas despertou-se e iluminou-se se comparada com séculos anteriores
Texto Escrito pela Professora Patrícia Barboza da Silva Licenciada pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande – FURG.
Referências Bibliográficas:
FERREIRA, José Roberto Martins, História. São Paulo: FTD; 1997.
MORAES, José Geraldo. Caminho das Civilizações. São Paulo: Atual. 1994. Cola da web
Governo ucraniano ameaça Crimeia após forças russas tomarem base naval
Governo ucraniano ameaça Crimeia após forças russas tomarem base naval
Por Aleksandar Vasovic e Gabriela Baczynska
SEBASTOPOL/KIEV, 19 Mar (Reuters) - O governo central da Ucrânia, em Kiev, ameaçou nesta quarta-feira adotar represálias contra as autoridades da Crimeia se persistirem as "provocações" contra as tropas ucranianas na península, depois que forças russas tomaram o controle da base naval ucraniana e içaram a bandeira da Rússia.
A tomada do controle da sede naval ucraniana no porto do Mar Negro de Sebastopol, em clima tenso, mas pacífico, indicou a intenção de Moscou de neutralizar qualquer oposição armada.
Soldados da Rússia e as chamadas unidades de autodefesa, formadas principalmente de voluntários desarmados que estão apoiando as tropas russas em toda a península, chegaram no início da manhã e rapidamente assumiram o controle do local.
O porta-voz militar ucraniano Vladislav Seleznyov disse que o comandante da Marinha da Ucrânia, almirante Serhiy Haiduk, foi expulso por unidades que pareciam forças especiais russas. Em Kiev, o presidente interino, Oleksander Turchinov, ameaçou tomar medidas se a pressão sobre as forças ucranianas na Crimeia não parar.
"Se até as 21h todas as provocações contra as tropas ucranianas não pararem e o almirante Haiduk e todos os outros reféns ... não forem liberados, as autoridades vão tomar as medidas adequadas, inclusive de natureza técnica e tecnológica", disse ele em um comunicado publicado on-line.
A maior parte da eletricidade, água e comida consumidas na Crimeia vem da parte continental da Ucrânia e os comentários de Turchinov deram a entender que o país poderia reduzir os suprimentos.
"Os militares russos estão cinicamente se recusando a negociar o fim das provocações e a libertação dos reféns", disse Turchinov.
A agência de notícias russa Itar-Tass informou que Alexander Vitko, comandante da frota russa do Mar Negro, cuja sede fica em Sebastopol, estava participando das conversações na base.
Logo após a ocupação da base, o ministro interino da Defesa da Ucrânia, Ihor Tenyukh, disse em Kiev que as forças do país não se retirarão da Crimeia ainda que o presidente russo, Vladimir Putin, tenha assinado uma lei que torna a região parte da Rússia.
No entanto, uma hora depois, militares ucranianos, desarmados e à paisana, começaram a caminhar para fora da base. Em poucos minutos, um grupo de soldados usando uniforme ucraniano, parecendo em estado de choque pela virada dramática dos acontecimentos, também saiu do local.
PROTEÇÃO DE ‘FASCISTAS'
Mais tarde, o primeiro-ministro ucraniano, Arseniy Yatsenyuk, pró-Ocidente, ordenou que o ministro da Defesa Tenyukh e seu primeiro vice-primeiro ministro, Vitaly Yarema, voassem para a Crimeia para "resolver a situação".
Mas o novo primeiro-ministro da Crimeia desde a invasão russa, Sergey Askyonov, declarou que Yarema e Tenyukh não seriam autorizados a aterrissar na região.
Milhares de soldados russos assumiram o controle da Crimeia depois que em um referendo no fim de semana na região -- onde a maioria da população é de etnia russa -- os eleitores votaram amplamente pela secessão da Ucrânia e integração à Federação Russa.
Putin disse que a sua decisão de ocupar a Crimeia foi justificada pelo que ele definiu como "fascistas" que derrubaram do poder no mês passado o presidente ucraniano Viktor Yanukovich, pró-Rússia, depois de três meses de protestos de rua violentos.
A Ucrânia e os governos de países ocidentais rejeitaram o referendo, que qualificaram de "farsa" e dizem que as ações de Putin são injustificáveis.
(Reportagem adicional de Mike Collett-White, em Simferopol; de Steve Gutterman, em Moscou; de Natalia Zinets, em Kiev)
quarta-feira, 19 de março de 2014
A Declaração de Independência dos EUA
A Declaração da Independência dos Estados Unidos da América foi o documento no qual as Treze Colônias na América do Norte declararam sua independência do Reino Unido, bem como justificativas para o ato. Foi ratificada no Congresso Continental em 4 de julho de 1776, considerado o dia da independência dos Estados Unidos para estar pronto quando o Congresso votou sobre a independência. Adams convenceu a comissão para selecionar Thomas Jefferson para compor o projeto original do documento, que o Congresso deve editar para produzir a versão final.
Consideramos estas verdades como auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade.
Isso tem sido chamado de "uma das frases mais conhecidas no idioma Inglês" , que contém "as palavras mais potentes e conseqüentes da história americana". A passagem passou a representar um padrão moral para que os Estados Unidos deve se esforçar. Este ponto de vista, nomeadamente, foi promovido por Abraham Lincoln, que considerou que a Declaração de ser o alicerce de sua filosofia política, e argumentou que a declaração é uma declaração de princípios através dos quais a Constituição dos Estados Unidos deve ser interpretada. Ela inspirou o trabalho de os direitos das pessoas marginalizadas em todo o mundo.
A Declaração de Independência dos EUA
No Congresso, 4 de julho de 1776
Declaração Unânime dos Treze Estados Unidos da América
Quando, no curso dos acontecimentos humanos, se torna necessário um povo dissolver laços políticos que o ligavam a outro, e assumir, entre os poderes da Terra, posição igual e separada, a que lhe dão direito as leis da natureza e as do Deus da natureza, o respeito digno às opiniões dos homens exige que se declarem as causas que os levam a essa separação.
Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens foram criados iguais, foram dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade.
Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objeto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos-Guardas para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colônias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo. A história do atual Rei da Grã-Bretanha compõe-se de repetidos danos e usurpações, tendo todos por objetivo direto o estabelecimento da tirania absoluta sobre estes Estados. Para prová-lo, permitam-nos submeter os fatos a um cândido mundo.
Recusou assentimento a leis das mais salutares e necessárias ao bem público.
Proibiu aos governadores a promulgação de leis de importância imediata e urgente, a menos que a aplicação fosse suspensa até que se obtivesse o seu assentimento, e, uma vez suspensas, deixou inteiramente de dispensar-lhes atenção.
Recusou promulgar outras leis para o bem-estar de grande distritos de povo, a menos que abandonassem o direito à representação no Legislativo, direito inestimável para eles temível apenas para os tiranos,
Convocou os corpos legislativos a lugares não usuais, ser conforto e distantes dos locais em que se encontram os arquivos públicos, com o único fito de arrancar-lhes, pela fadiga o assentimento às medidas que lhe conviessem.
Dissolveu Casas de Representantes repetidamente porque: opunham com máscula firmeza às invasões dos direitos do povo.
Recusou por muito tempo, depois de tais dissoluções, fazer com que outros fossem eleitos; em virtude do que os poderes legislativos incapazes de aniquilação voltaram ao povo em geral para que os exercesse; ficando nesse ínterim o Estado exposto a todos os perigos de invasão externa ou convulsão interna.
Procurou impedir o povoamento destes estados, obstruindo para esse fim as leis de naturalização de estrangeiros, recusando promulgar outras que animassem as migrações para cá e complicando as condições para novas apropriações de terras.
Dificultou a administração da justiça pela recusa de assentimento a leis que estabeleciam poderes judiciários.
Tornou os juízes dependentes apenas da vontade dele para gozo do cargo e valor e pagamento dos respectivos salários.
Criou uma multidão de novos cargos e para eles enviou enxames de funcionários para perseguir o povo e devorar-nos a substância.
Manteve entre nós, em tempo de paz, exércitos permanentes sem o consentimento de nossos corpos legislativos.
Tentou tornar o militar independente do poder civil e a ele superior.
Combinou com outros sujeitar-nos a jurisdição estranha à nossa Constituição e não reconhecida por nossas leis, dando assentimento a seus atos de pretensa legislação:
por aquartelar grandes corpos de tropas entre nós;
por protegê-las por meio de julgamentos simulados, de punição por assassinatos que viessem a cometer contra os habitantes destes estados;
por fazer cessar nosso comércio com todas as partes do mundo;
pelo lançamento de taxas sem nosso consentimento;
por privar-nos, em muitos casos, dos benefícios do julgamento pelo júri;
por transportar-nos para além-mar para julgamento por pretensas ofensas;
por abolir o sistema livre de leis inglesas em província vizinha, aí estabelecendo governo arbitrário e ampliando-lhe os limites, de sorte a torná-lo, de imediato, exemplo e instrumento apropriado para a introdução do mesmo domínio absoluto nestas colônias;
por tirar-nos nossas cartas, abolindo nossas leis mais valiosas e alterando fundamentalmente a forma de nosso governo;
por suspender nossos corpos legislativos, declarando se investido do poder de legislar para nós em todos e quaisquer casos.
Abdicou do governo aqui por declarar-nos fora de sua proteção e movendo guerra contra nós.
Saqueou nossos mares, devastou nossas costas, incendiou nossas cidades e destruiu a vida de nosso povo.
Está, agora mesmo, transportando grandes exércitos de mercenários estrangeiros para completar a obra da morte, desolação e tirania, já iniciada em circunstâncias de crueldade e perfídia raramente igualadas nas idades mais bárbaras e totalmente indignas do chefe de uma nação civilizada.
Obrigou nossos concidadãos aprisionados em alto-mar a tomarem armas contra a própria pátria, para que se tornassem algozes dos amigos e irmãos ou para que caíssem por suas mãos.
Provocou insurreições internas entre nós e procurou trazer contra os habitantes das fronteiras os índios selvagens e impiedosos, cuja regra sabida de guerra é a destruição sem distinção de idade, sexo e condições.
Em cada fase dessas opressões solicitamos reparação nos termos mais humildes; responderam a nossas apenas com repetido agravo. Um príncipe cujo caráter se assinala deste modo por todos os atos capazes de definir tirano não está em condições de governar um povo livre. Tampouco deixamos de chamar a atenção de nossos irmãos britânicos. De tempos em tempos, os advertimos sobre as tentativas do Legislativo deles de estender sobre nós jurisdição insustentável. Lembramos a eles das circunstâncias de nossa migração e estabelecimento aqui. Apelamos para a justiça natural e para a magnanimidade, e os conjuramos, pelos laços de nosso parentesco comum, a repudiarem essas usurpações que interromperiam, inevitavelmente, nossas ligações e nossa correspondência. Permaneceram também surdos à voz da justiça e da consangüinidade. Temos, portanto, de aquiescer na necessidade de denunciar nossa separação e considerá-los, como consideramos o restante dos homens, inimigos na guerra e amigos na paz.
Nós, Por conseguinte, representantes dos Estados Unidos da América, reunidos em Congresso Geral, apelando para o Juiz Supremo do mundo pela retidão de nossas intenções, em nome e por autoridade do bom povo destas colônias, publicamos e declaramos solenemente: que estas colônias unidas são e de direito têm de ser Estados livres e independentes, que estão desoneradas de qualquer vassalagem para com a Coroa Britânica, e que todo vínculo político entre elas e a Grã-Bretanha está e deve ficar totalmente dissolvido; e que, como Estados livres e independentes, têm inteiro poder para declarar guerra, concluir paz, contratar alianças, estabelecer comércio e praticar todos os atos e ações a que têm direito os estados independentes. E em apoio desta declaração, plenos de firme confiança na proteção da Divina Providência, empenhamos mutuamente nossas vidas, nossas fortunas e nossa sagrada honra.
John Hancock
New Hampshire
Josiah Bartlett
William Whipple
Matthew Thornton
Rhode Island
Step. Hopkins
William Ellery
Connecticut
Roger Sherman
Sam'el Huntington
Wm. Williams
Oliver Wolcott
New York
Wm. Floyd
Phil. Livingston
Frans. Lewis
Lewis Morris
New Jersey
Richd. Stockton
Jno. Witherspoon
Fras. Hopkinson
John Hart
Abra. Clark
Pennsylvania
Robt. Morris
Benjamin Rush
Benj. Frankllin
John Morton
Geo. Clymer
Jas. Smith
Geo. Taylor
James Wilson
George Ross
Massachusetts-Bay
Saml. Adams
John Adams
Robt. Treat Paine
Elbridge Gerry
Delaware
Caesar Rodney
Geo. Read
Tho. M'Kean
Maryland
Samuel Chase
Wm. Paca
Thos. Stone
Charles Carroll of Carrollton
Virginia
George Wythe
Richard Henry Lee
Th. Jefferson
Benj. Harrison
Ths. Nelson, Jr.
Francis Lightfoot Lee
Carter Braxton
North Carolina
Wm. Hooper
Joseph Hewes
John Penn
South Carolina
Edward Rutledge
Thos. Heyward, Junr.
Thomas Lynch, Junr.
Arthur Middletown
Georgia
Button Gwinnett
Lyman Hall
George Walton
www.historianet.com.br e Wikipedia
quarta-feira, 12 de março de 2014
Escrita cuneiforme mesopotâmica
Escrita cuneiforme
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Escrita cuneiforme.
A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3500 a.C. Inicialmente a escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por praticidade as formas foram se tornando mais simples e abstratas.
Os primeiros pictogramas eram gravados em tabuletas de argila, em sequências verticais de escrita com um estilete feito de cana que gravava traços verticais, horizontais e oblíquos. Até então duas novidades tornaram o processo mais rápido e fácil: as pessoas começaram a escrever em sequências horizontais (rotacionando os pictogramas no processo), e um novo estilete em cunha inclinada passou a ser usado para empurrar o barro, enquanto produzia sinais em forma de cunha. Ajustando a posição relativa da tabuleta ao estilete, o escritor poderia usar uma única ferramenta para fazer uma grande variedade de signos.
Tabuletas cuneiformes podiam ser tostadas em fornos para prover um registro permanente; ou as tabuletas poderiam ser reaproveitadas se não fosse preciso manter os registros por longo tempo. Muitas das tabuletas achadas por arqueólogos foram preservadas porque foram tostadas durante os ataques incendiários de exércitos inimigos, contra os edifícios nos quais as tabuletas eram mantidas.
A escrita cuneiforme foi adotada subsequentemente pelos acadianos, babilônicos, elamitas, hititas e assírios e adaptada para escrever em seus próprios idiomas; foi extensamente usada na Mesopotâmia durante aproximadamente 3 mil anos, apesar da natureza silábica do manuscrito (como foi estabelecido pelos sumérios) não ser intuitiva aos falantes de idiomas semíticos. Antes da descoberta da civilização Suméria, o uso da escrita cuneiforme apesar das dificuldades levou muitos filólogos a suspeitar da existência de uma civilização precursora à babilônica. A sua invenção ficou a dever-se às necessidades de administração dos palácios e dos templos (cobrança de impostos, registro de cabeças de gado, medidas de cereal, etc.).
O registro mais antigo até agora encontrado data do século XIV a.C. e está escrito em símbolos cuneiformes da língua acadiana. O pedaço de barro escrito foi achado em Jerusalém por arqueólogos israelitas.
Montesquieu, filósofo iluminista
Montesquieu, filósofo iluminista
Montesquieu: importante filósofo do Iluminismo
Introdução
Charles de Montesquieu foi um importante filósofo, político e escritor francês. Nasceu em 18 de janeiro de 1689, na cidade de Bordeaux (França). É considerado um dos grandes filósofos do iluminismo.
Biografia
Montesquieu nasceu numa família nobre francesa. Estudou numa escola religiosa de oratória. Após concluir a educação básica, foi estudar na Universidade de Bordeaux e depois em Paris. Nestas instituições teve contato com vários intelectuais franceses, principalmente, com aqueles que criticavam a monarquia absolutista.
Com a morte do pai em 1714, retornou para a cidade de Bordeaux, tornando-se conselheiro do Parlamento da cidade. Nesta fase,viveu sob a proteção de seu tio, o barão de Montesquieu. Com a morte do tio, Montesquieu assume o título de barão, a fortuna e o cargo de presidente do Parlamento de Bordeaux.
Em 1715, Montesquieu casou-se com Jeanne Lartigue. Tornou-se membro da Academia de Ciências de Bordeaux e, nesta fase, desenvolveu vários estudos sobre ciências. Porém, após alguns anos nesta vida, cansou-se, vendeu seu título e resolveu viajar pela Europa. Nas viagens começou a observar o funcionamento da sociedade, os costumes e as relações sociais e políticas. Entre as décadas de 1720 e 1740, desenvolveu seus grandes trabalhos sobre política, principalmente, criticando o governo absolutista e propondo um novo modelo de governo.
Em 1729, enquanto estava em viagem pela Inglaterra, foi eleito membro da Royal Society.
Montesquieu morreu em 10 de fevereiro de 1755, na cidade de Paris.
Visão política e idéias
- Era contra o absolutismo (forma de governo que concentrava todo poder do país nas mãos do rei).
- Fez várias críticas ao clero católico, principalmente, sobre seu poder e interferência política.
- Defendia aspectos democráticos de governo e o respeito as leis.
- Defendia a divisão do poder em três: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Obras principais
- Cartas Persas (1721)
- O Espírito das Leis (1748)
- Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência
- Contribuições para a Encclopédia (organizada por Diderot e D'Alembert)
Frases de Montesquieu
- "Um governo precisa apenas vagamente o que a traição é, e vai contribuir para o despotismo".
- "A pessoa que fala sem pensar, assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar."
- "Leis inúteis enfraquecem as leis necessárias."
- "Quanto menos os homens pensam, mais eles falam"
Montesquieu: importante filósofo do Iluminismo
Introdução
Charles de Montesquieu foi um importante filósofo, político e escritor francês. Nasceu em 18 de janeiro de 1689, na cidade de Bordeaux (França). É considerado um dos grandes filósofos do iluminismo.
Biografia
Montesquieu nasceu numa família nobre francesa. Estudou numa escola religiosa de oratória. Após concluir a educação básica, foi estudar na Universidade de Bordeaux e depois em Paris. Nestas instituições teve contato com vários intelectuais franceses, principalmente, com aqueles que criticavam a monarquia absolutista.
Com a morte do pai em 1714, retornou para a cidade de Bordeaux, tornando-se conselheiro do Parlamento da cidade. Nesta fase,viveu sob a proteção de seu tio, o barão de Montesquieu. Com a morte do tio, Montesquieu assume o título de barão, a fortuna e o cargo de presidente do Parlamento de Bordeaux.
Em 1715, Montesquieu casou-se com Jeanne Lartigue. Tornou-se membro da Academia de Ciências de Bordeaux e, nesta fase, desenvolveu vários estudos sobre ciências. Porém, após alguns anos nesta vida, cansou-se, vendeu seu título e resolveu viajar pela Europa. Nas viagens começou a observar o funcionamento da sociedade, os costumes e as relações sociais e políticas. Entre as décadas de 1720 e 1740, desenvolveu seus grandes trabalhos sobre política, principalmente, criticando o governo absolutista e propondo um novo modelo de governo.
Em 1729, enquanto estava em viagem pela Inglaterra, foi eleito membro da Royal Society.
Montesquieu morreu em 10 de fevereiro de 1755, na cidade de Paris.
Visão política e idéias
- Era contra o absolutismo (forma de governo que concentrava todo poder do país nas mãos do rei).
- Fez várias críticas ao clero católico, principalmente, sobre seu poder e interferência política.
- Defendia aspectos democráticos de governo e o respeito as leis.
- Defendia a divisão do poder em três: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Obras principais
- Cartas Persas (1721)
- O Espírito das Leis (1748)
- Considerações sobre as causas da grandeza dos romanos e de sua decadência
- Contribuições para a Encclopédia (organizada por Diderot e D'Alembert)
Frases de Montesquieu
- "Um governo precisa apenas vagamente o que a traição é, e vai contribuir para o despotismo".
- "A pessoa que fala sem pensar, assemelha-se ao caçador que dispara sem apontar."
- "Leis inúteis enfraquecem as leis necessárias."
- "Quanto menos os homens pensam, mais eles falam"
Câmara convoca ministros, um dia após derrotar governo em votação
Câmara convoca ministros, um dia após derrotar governo em votação
BRASÍLIA, 12 Mar (Reuters) - Na esteira do clima de rebeldia que rendeu uma derrota ao governo na véspera, deputados aprovaram convocações a quatro ministros, em comissões da Câmara nesta quarta-feira, além de convites a outros ministros e à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.
Foram convocados para comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que tem status de ministro, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e ainda o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage.
A CFFC também aprovou convite ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, e à presidente da Petrobras.
Já os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo; da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp; da Integração Nacional, Francisco Coelho; e da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, receberam convites em outras comissões da Câmara para prestarem informações sobre as ações de suas pastas.
Ao serem convocados, os ministros são obrigados a comparecem às comissões, sob o risco de serem acusados de crime de responsabilidade. Já no caso de convites, pedido mais sutil, podem recusar.
Os requerimentos de convocação aprovados nesta quarta-feira, na maioria apresentados pela oposição, mas apoiados por rebeldes da base, refletem o ambiente turbulento que tomou a Casa nos últimos dias.
O vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), no entanto, minimizou as convocações e afirmou que o momento é de acalmar os ânimos para retomar a "normalidade democrática" na Casa.
"Isso não é o fim do mundo… Temos que baixar a temperatura. Não coloquemos mais um litro de querosene na fogueira", disse a jornalistas.
Na terça-feira, a Câmara aprovou a criação de uma comissão externa para acompanhar investigações que estariam ocorrendo na Holanda sobre suposto pagamento de propina da empresa holandesa SBM a funcionários da Petrobras, numa clara demonstração de força do recém-criado "blocão", grupo de deputados insatisfeitos, composto na maioria por parlamentares de partidos da base. Esse bloco, que pede melhorias na articulação política com o Planalto, liberação de emendas parlamentares e maior participação nas mudanças ministeriais promovidas pela presidente Dilma Rousseff, é comandado pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ).
O PMDB, aliás, tem protagonizado a crise com o Planalto que culminou com a declaração de independência da bancada de deputados do partido nas votações na Casa, também na terça-feira. A sigla já havia alertado que pretendia levar ministros e a presidente da Petrobras à Câmara.
As convocações aprovadas nesta quarta na CFFC pedem que Graça compareça à Câmara para explicar denúncias envolvendo contratos firmados entre a estatal e a empresa SBM Offshore, alvo de suspeitas sobre pagamento de suborno para obter contratos em países em que mantém negócios.
Graça já havia informado em entrevista que a estatal abriu auditoria interna em fevereiro para apurar as suspeitas envolvendo a empresa holandesa.
Já Gilberto Carvalho, Manoel Dias e Jorge Hage foram convocados para audiência pública sobre denúncias de irregularidades em convênios com Organizações Não-Governamentais (ONGs).
O ministro das Cidades foi convocado para expor o andamento de obras de mobilidade urbana.
A CFFC aprovou ainda um requerimento para a realização de audiência pública em conjunto com outras comissões sobre o sistema elétrico brasileiro, que deve contar com a presença do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. A Audiência deve ocorrer no dia 19 deste mês.
Chioro, por sua vez, foi convidado a comparecer à Câmara para esclarecer o modelo de contratação de médicos cubanos pelo governo brasileiro.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
BRASÍLIA, 12 Mar (Reuters) - Na esteira do clima de rebeldia que rendeu uma derrota ao governo na véspera, deputados aprovaram convocações a quatro ministros, em comissões da Câmara nesta quarta-feira, além de convites a outros ministros e à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.
Foram convocados para comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que tem status de ministro, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, e ainda o ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage.
A CFFC também aprovou convite ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, e à presidente da Petrobras.
Já os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo; da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp; da Integração Nacional, Francisco Coelho; e da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, receberam convites em outras comissões da Câmara para prestarem informações sobre as ações de suas pastas.
Ao serem convocados, os ministros são obrigados a comparecem às comissões, sob o risco de serem acusados de crime de responsabilidade. Já no caso de convites, pedido mais sutil, podem recusar.
Os requerimentos de convocação aprovados nesta quarta-feira, na maioria apresentados pela oposição, mas apoiados por rebeldes da base, refletem o ambiente turbulento que tomou a Casa nos últimos dias.
O vice-líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), no entanto, minimizou as convocações e afirmou que o momento é de acalmar os ânimos para retomar a "normalidade democrática" na Casa.
"Isso não é o fim do mundo… Temos que baixar a temperatura. Não coloquemos mais um litro de querosene na fogueira", disse a jornalistas.
Na terça-feira, a Câmara aprovou a criação de uma comissão externa para acompanhar investigações que estariam ocorrendo na Holanda sobre suposto pagamento de propina da empresa holandesa SBM a funcionários da Petrobras, numa clara demonstração de força do recém-criado "blocão", grupo de deputados insatisfeitos, composto na maioria por parlamentares de partidos da base. Esse bloco, que pede melhorias na articulação política com o Planalto, liberação de emendas parlamentares e maior participação nas mudanças ministeriais promovidas pela presidente Dilma Rousseff, é comandado pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ).
O PMDB, aliás, tem protagonizado a crise com o Planalto que culminou com a declaração de independência da bancada de deputados do partido nas votações na Casa, também na terça-feira. A sigla já havia alertado que pretendia levar ministros e a presidente da Petrobras à Câmara.
As convocações aprovadas nesta quarta na CFFC pedem que Graça compareça à Câmara para explicar denúncias envolvendo contratos firmados entre a estatal e a empresa SBM Offshore, alvo de suspeitas sobre pagamento de suborno para obter contratos em países em que mantém negócios.
Graça já havia informado em entrevista que a estatal abriu auditoria interna em fevereiro para apurar as suspeitas envolvendo a empresa holandesa.
Já Gilberto Carvalho, Manoel Dias e Jorge Hage foram convocados para audiência pública sobre denúncias de irregularidades em convênios com Organizações Não-Governamentais (ONGs).
O ministro das Cidades foi convocado para expor o andamento de obras de mobilidade urbana.
A CFFC aprovou ainda um requerimento para a realização de audiência pública em conjunto com outras comissões sobre o sistema elétrico brasileiro, que deve contar com a presença do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. A Audiência deve ocorrer no dia 19 deste mês.
Chioro, por sua vez, foi convidado a comparecer à Câmara para esclarecer o modelo de contratação de médicos cubanos pelo governo brasileiro.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
Crimeia quer assumir estatais da Ucrânia e campos de gás em seu território
Crimeia quer assumir estatais da Ucrânia e campos de gás em seu território
MOSCOU/LONDRES, 12 Mar (Reuters) - A Crimeia vai assumir a propriedade das empresas estatais ucranianas em seu território, incluindo os campos de gás natural no mar Negro, disse o primeiro vice-premiê da região, consolidando a independência da península antes de um referendo sobre a anexação à Rússia.
A Crimeia, uma região no sul da Ucrânia que abriga a frota russa do mar Negro, votará no domingo a adesão à Rússia. Desde que separatistas pró-Rússia tomaram o controle do Parlamento regional há quase duas semanas, a região foi declarada parte da Federação Russa.
Em uma entrevista coletiva transmitida pela televisão russa, Rustam Temirgaliev disse: "Nos próximos dias, a transferência está sendo preparada... para uma série de bens, pertencentes ao Estado ucraniano, que estão localizados no território da Crimeia".
Ele disse que empresa de energia Chornomornaftohaz e a companhia ferroviária estatal seriam incluídas, além de vários resorts de propriedade de ministérios em Kiev.
"A propriedade de empresas privadas e particulares permanece propriedade dessas entidades", disse ele, acrescentando que os proprietários devem voltar a registrar seus bens sob a lei russa.
GÁS DO MAR NEGRO
Caso a Chornomornaftohaz deixe de ser ucraniana, Kiev perderia um elemento essencial em seus esforços para reduzir a dependência crescente das importações de gás russo.
A Ucrânia usa mais de 50 bilhões de metros cúbicos de gás por ano, avaliados em cerca de 20 bilhões de dólares em termos atuais do mercado europeu, sendo mais de metade importada da Rússia. As disputas entre a Rússia e a Ucrânia já levaram a cortes de abastecimento, provocando esforços de Kiev para desenvolver novas fontes de energia. A busca da Ucrânia por novos campos de gás no mar Negro têm atraído vários investidores do setor de energia, incluindo Exxon Mobil, Royal Dutch Shell, Eni e OMV.
A Ucrânia espera que sua produção de gás no Mar Negro passe de apenas 1 bilhão de metros cúbicos por ano atuais para mais de 3 bilhões de metros cúbicos em 2015, e 5 bilhões de metros cúbicos até o final da década.
Os planos são apoiados pela União Europeia através da adesão da Ucrânia à comunidade energética da UE. Como parte dessa associação, a Comissão Europeia pretende converter a Ucrânia de uma nação de trânsito de gás em um centro de produção de energia.
Andrew Swiger, vice-presidente sênior da Exxon Mobil, disse a investidores na semana passada que as atividades da empresa na Ucrânia estavam suspensas devido às circunstâncias atuais.
A Crimeia está ligada à infraestrutura de gás da Ucrânia, não da Rússia. Se for anexada à Rússia após o referendo, analistas dizem que a Ucrânia provavelmente cortará o suprimento de gás da Crimeia.
A Rússia poderia tentar usar os campos de gás no mar Negro para abastecer Crimeia.
(Reportagem de Dale Hudson)
domingo, 9 de março de 2014
Avião desaparecido da Malásia pode ter se desintegrado no ar, diz fonte
Avião desaparecido da Malásia pode ter se desintegrado no ar, diz fonte
KUALA LUMPUR/PHU QUOC ISLAND, Vietnã, 9 Mar (Reuters) - Autoridades que investigam o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo suspeitam de um desintegração em pleno voo, disse uma fonte sênior neste domingo, enquanto o Vietnã informou ter encontrado possíveis destroços da aeronave.
A agência internacional de polícia Interpol confirmou que ao menos dois passaportes registrados nos arquivos como perdidos ou roubados foram usados por passageiros no voo.
Uma porta-voz da Interpol disse que uma verificação de todos os documentos utilizados para embarcar no avião havia revelado mais "passaportes suspeitos" que estavam sendo mais investigados. Ela não soube detalhar quantos ou de que país ou países eram estes documentos.
Cerca de 48 horas após o último contato com o voo MH370, o seu destino ainda é cercado de mistério. O chefe da Força Aérea da Malásia disse que o avião com destino a Pequim pode ter se desviado de sua rota programada antes de desaparecer dos radares.
"O fato de não termos encontrado quaisquer destroços até agora parece indicar que a aeronave provavelmente pode ter se desintegrado a cerca de 35.000 pés", uma fonte envolvida nas investigações na Malásia, à Reuters.
Se o avião tivesse mergulhado intacto dessa altura, rompendo-se apenas no impacto com a água, as equipes de busca deveriam encontrar uma quantidade bastante concentrada de destroços, disse a fonte, em condição de anonimato, porque não foi autorizada a falar publicamente sobre a investigação.
A fonte falou pouco antes das autoridades vietnamitas dizerem que um avião militar tinha avistado um objeto, que suspeitava que fosse parte do avião desaparecido.
Questionado sobre a possibilidade de ter havido uma explosão, como uma bomba, a fonte disse que não havia ainda nenhuma evidência de que tenha acontecido um ataque e que a aeronave poderia ter se partido devido a problemas mecânicos.
Dezenas de embarcações militares e civis têm cruzando as águas no trajeto da aeronave, mas não encontraram nenhum traço confirmado do avião perdido, embora vestígios de óleo no mar tenham sido registrados no sul do Vietnã e leste da Malásia.
Mais tarde neste domingo, a Autoridade de Aviação Civil do Vietnã disse em seu site que um avião da Marinha vietnamita avistou um objeto no mar que suspeita ser parte do avião, mas que estava muito escuro para ter certeza. Aviões de investigação devem para voltar para avaliar os destroços durante o dia.
INVESTIGAÇÃO ABRANGENTE
"O resultado até agora é que não há sinal do avião", disse o chefe da aviação civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman.
"Sobre a possibilidade de sequestro, nós não estamos descartando qualquer possibilidade", disse a repórteres.
As autoridades malaias disseram que estão ampliando a busca para cobrir vastas áreas de mar ao redor da Malásia e fora do Vietnã, e estavam investigando pelo menos dois passageiros que estavam usando documentos de identidade falsos.
A lista de passageiros divulgada pela companhia aérea incluiu os nomes de dois europeus --o austríaco Christian Kozel e o italiano Luigi Maraldi-- que, de acordo com as suas chancelarias, não estavam no avião. Ambos, aparentemente, tiveram seus passaportes roubados na Tailândia nos últimos dois anos.
A BBC informou que os homens falsamente usando seus passaportes tinham comprado bilhetes juntos e deveriam voar para a Europa a partir de Pequim, o que significa que não tiveram que solicitar um visto chinês ou passar por verificações adicionais.
A Interpol mantém um vasto banco de dados de documentos de viagem perdidos e roubados mais de 40 milhões, e desde há muito reclama que os países membros deveriam utilizá-los mais para impedir que as pessoas atravessem as fronteiras com documentos falsos.
A organização policial mundial confirmou que haviam adicionado os passaportes de Maraldi de Kozel ao banco de dados após os roubo em 2012 e 2013, respectivamente. Mas disse que nenhum país tinha consultado o banco de dados para verificar qualquer um deles, desde o momento em que foram roubados
"Embora seja muito cedo para especular sobre qualquer conexão entre esses passaportes roubados e o avião desaparecido, é claramente uma grande preocupação que qualquer passageiro consiga embarcar em um vôo internacional usando passaporte roubado listado nos bancos de dados da Interpol", disse o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, em um comunicado.
Em um sinal de que os controles de aeroporto da Malásia podem ter sido violados, o primeiro-ministro Najib Razak disse que os procedimentos de segurança estavam sendo revistos.
SUSPEITOS
O ministro dos Transportes da Malásia, Hishamuddin Hussein, disse que as autoridades também estavam checando as identidades dos outros dois passageiros. Ele disse que também estava buscando ajuda do Federal Bureau of Investigation (FBI), dos Estados Unidos. No entanto, um ataque é apenas uma das possibilidades investigadas.
"Nós estamos olhando para todas as possibilidades", disse ele. "Nosso foco agora é encontrar o avião."
O avião, um Boeing 777-200ER com 11 anos, movido por motor Rolls-Royce Trent, decolou na tarde de sábado do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, com 227 passageiros e 12 tripulação a bordo.
Teve seu último contato com controladores de tráfego aéreo a 120 milhas náuticas a largo da costa leste da cidade de Kota Bharu Malásia. O site de rastreamento de vôo flightaware.com mostrou que ele voou para o nordeste após a decolagem, subiu a 35.000 pés (10.670 metros) e ainda estava subindo quando desapareceu dos registros de rastreamento.
Não houve relatos de mau tempo.
(Por Siva Govindasamy e Nguyen Phuong Linh)
KUALA LUMPUR/PHU QUOC ISLAND, Vietnã, 9 Mar (Reuters) - Autoridades que investigam o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo suspeitam de um desintegração em pleno voo, disse uma fonte sênior neste domingo, enquanto o Vietnã informou ter encontrado possíveis destroços da aeronave.
A agência internacional de polícia Interpol confirmou que ao menos dois passaportes registrados nos arquivos como perdidos ou roubados foram usados por passageiros no voo.
Uma porta-voz da Interpol disse que uma verificação de todos os documentos utilizados para embarcar no avião havia revelado mais "passaportes suspeitos" que estavam sendo mais investigados. Ela não soube detalhar quantos ou de que país ou países eram estes documentos.
Cerca de 48 horas após o último contato com o voo MH370, o seu destino ainda é cercado de mistério. O chefe da Força Aérea da Malásia disse que o avião com destino a Pequim pode ter se desviado de sua rota programada antes de desaparecer dos radares.
"O fato de não termos encontrado quaisquer destroços até agora parece indicar que a aeronave provavelmente pode ter se desintegrado a cerca de 35.000 pés", uma fonte envolvida nas investigações na Malásia, à Reuters.
Se o avião tivesse mergulhado intacto dessa altura, rompendo-se apenas no impacto com a água, as equipes de busca deveriam encontrar uma quantidade bastante concentrada de destroços, disse a fonte, em condição de anonimato, porque não foi autorizada a falar publicamente sobre a investigação.
A fonte falou pouco antes das autoridades vietnamitas dizerem que um avião militar tinha avistado um objeto, que suspeitava que fosse parte do avião desaparecido.
Questionado sobre a possibilidade de ter havido uma explosão, como uma bomba, a fonte disse que não havia ainda nenhuma evidência de que tenha acontecido um ataque e que a aeronave poderia ter se partido devido a problemas mecânicos.
Dezenas de embarcações militares e civis têm cruzando as águas no trajeto da aeronave, mas não encontraram nenhum traço confirmado do avião perdido, embora vestígios de óleo no mar tenham sido registrados no sul do Vietnã e leste da Malásia.
Mais tarde neste domingo, a Autoridade de Aviação Civil do Vietnã disse em seu site que um avião da Marinha vietnamita avistou um objeto no mar que suspeita ser parte do avião, mas que estava muito escuro para ter certeza. Aviões de investigação devem para voltar para avaliar os destroços durante o dia.
INVESTIGAÇÃO ABRANGENTE
"O resultado até agora é que não há sinal do avião", disse o chefe da aviação civil da Malásia, Azharuddin Abdul Rahman.
"Sobre a possibilidade de sequestro, nós não estamos descartando qualquer possibilidade", disse a repórteres.
As autoridades malaias disseram que estão ampliando a busca para cobrir vastas áreas de mar ao redor da Malásia e fora do Vietnã, e estavam investigando pelo menos dois passageiros que estavam usando documentos de identidade falsos.
A lista de passageiros divulgada pela companhia aérea incluiu os nomes de dois europeus --o austríaco Christian Kozel e o italiano Luigi Maraldi-- que, de acordo com as suas chancelarias, não estavam no avião. Ambos, aparentemente, tiveram seus passaportes roubados na Tailândia nos últimos dois anos.
A BBC informou que os homens falsamente usando seus passaportes tinham comprado bilhetes juntos e deveriam voar para a Europa a partir de Pequim, o que significa que não tiveram que solicitar um visto chinês ou passar por verificações adicionais.
A Interpol mantém um vasto banco de dados de documentos de viagem perdidos e roubados mais de 40 milhões, e desde há muito reclama que os países membros deveriam utilizá-los mais para impedir que as pessoas atravessem as fronteiras com documentos falsos.
A organização policial mundial confirmou que haviam adicionado os passaportes de Maraldi de Kozel ao banco de dados após os roubo em 2012 e 2013, respectivamente. Mas disse que nenhum país tinha consultado o banco de dados para verificar qualquer um deles, desde o momento em que foram roubados
"Embora seja muito cedo para especular sobre qualquer conexão entre esses passaportes roubados e o avião desaparecido, é claramente uma grande preocupação que qualquer passageiro consiga embarcar em um vôo internacional usando passaporte roubado listado nos bancos de dados da Interpol", disse o secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, em um comunicado.
Em um sinal de que os controles de aeroporto da Malásia podem ter sido violados, o primeiro-ministro Najib Razak disse que os procedimentos de segurança estavam sendo revistos.
SUSPEITOS
O ministro dos Transportes da Malásia, Hishamuddin Hussein, disse que as autoridades também estavam checando as identidades dos outros dois passageiros. Ele disse que também estava buscando ajuda do Federal Bureau of Investigation (FBI), dos Estados Unidos. No entanto, um ataque é apenas uma das possibilidades investigadas.
"Nós estamos olhando para todas as possibilidades", disse ele. "Nosso foco agora é encontrar o avião."
O avião, um Boeing 777-200ER com 11 anos, movido por motor Rolls-Royce Trent, decolou na tarde de sábado do Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur, com 227 passageiros e 12 tripulação a bordo.
Teve seu último contato com controladores de tráfego aéreo a 120 milhas náuticas a largo da costa leste da cidade de Kota Bharu Malásia. O site de rastreamento de vôo flightaware.com mostrou que ele voou para o nordeste após a decolagem, subiu a 35.000 pés (10.670 metros) e ainda estava subindo quando desapareceu dos registros de rastreamento.
Não houve relatos de mau tempo.
(Por Siva Govindasamy e Nguyen Phuong Linh)
sexta-feira, 7 de março de 2014
Putin rejeita advertência de Obama e agrava crise na Ucrânia
Putin rejeita advertência de Obama e agrava crise na Ucrânia
Um ativista pró-Rússia segura uma bandeira russa atrás de um militar armado no topo de um veículo do exército russo, próximo a um posto de controle de fronteira na cidade de Balaclava, na Crimeia. O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou a advertência do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a intervenção militar de Moscou na Crimeia, afirmando nesta sexta-feira que a Rússia não pode ignorar pedidos de ajuda de cidadãos de língua russa na Ucrânia. 01/03/2014 REUTERS/Baz Ratner
Por Lidia Kelly e Alissa de Carbonnel
MOSCOU/SIMFEROPOL, Ucrânia, 7 Mar (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou a advertência do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a intervenção militar de Moscou na Crimeia, afirmando nesta sexta-feira que a Rússia não pode ignorar pedidos de ajuda de cidadãos de língua russa na Ucrânia.
Depois de um telefonema de uma hora, Putin disse em um comunicado que Moscou e Washington ainda estavam distantes de um acordo sobre a situação na ex-república soviética onde, segundo ele, as novas autoridades tinham "tomado decisões absolutamente ilegítimas nas regiões do leste, sudeste e na Crimeia".
"A Rússia não pode ignorar pedidos de ajuda e age consequentemente, em plena conformidade com o direito internacional", disse Putin.
Guardas de fronteira da Ucrânia disseram que Moscou tem enviado tropas para a península do sul, onde as forças russas tomaram o controle.
Serhiy Astakhov, assessor do comandante da guarda da fronteira, disse haver no momento 30.000 soldados russos na Crimeia, em comparação com 11.000 antes da crise, baseados permanentemente com a frota russa do mar Negro em Sebastopol.
Putin nega que as forças sem a insígnia nacional que estão cercando as tropas ucranianas em suas bases estejam sob o comando de Moscou, apesar de os veículos terem placas militares russas. O Ocidente tem ridicularizado esta alegação.
O mais sério confronto leste-oeste desde o fim da Guerra Fria, resultado da derrubada no mês passado do presidente Viktor Yanukovich após violentos protestos em Kiev, se agravou na quinta-feira, quando o Parlamento da Crimeia, controlado por membros de origem russa, votaram pela adesão à Rússia. O governo da região marcou um referendo para o dia 16 de março.
Os líderes da União Europeia e o presidente dos Estados Unidos denunciaram o referendo como ilegítimo, dizendo que violaria a Constituição da Ucrânia. A líder da câmara alta do Parlamento russo afirmou após se reunir com parlamentares da Crimeia, nesta sexta-feira, que a região tem o direito de auto-determinação e descartou qualquer risco de guerra entre as duas "nações fraternais".
Antes de ligar para Putin, Obama anunciou as primeiras sanções contra a Rússia desde o início da crise, ordenando a proibição de vistos dos Estados Unidos e o congelamento de bens de pessoas ainda não identificadas que seriam responsáveis pela ameaça à soberania da Ucrânia.
O Japão endossou a posição das nações ocidentais de que as ações da Rússia, cujas forças tomaram o controle da península da Crimeia, constituem "uma ameaça à paz e à segurança internacionais", depois de Obama ter falado com o primeiro-ministro Shinzo Abe.
A China, muitas vezes aliada da Rússia no bloqueio de movimentos ocidentais no Conselho de Segurança da ONU, foi mais cautelosa, dizendo que as sanções econômicas não eram a melhor maneira de resolver a crise e evitou comentar sobre a legalidade de um referendo sobre a secessão da Crimeia.
A União Europeia, o maior parceiro econômico e cliente do setor energético russo, aprovou um plano em três etapas para tentar forçar uma solução negociada, mas não chegou a impor sanções imediatas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia condenou furiosamente a decisão da UE de congelar as negociações sobre o facilitamento de vistos como "extremamente improdutiva" e advertiu que Moscou iria retaliar em caso de sanções.
Bruxelas e Washington também se apressaram em fortalecer as novas autoridades na Ucrânia economicamente abalada, anunciando tanto a assistência política como a financeira.
As promessas de bilhões de dólares em ajuda ocidental para o governo de Kiev e a percepção de que as tropas russas não estão dispostas a ir além Crimeia para outras partes da Ucrânia ajudaram a reverter as perdas da moeda local.
Nos últimos dois dias, a moeda foi negociada acima de 9,0 em relação ao dólar pela primeira vez desde que a crise da Crimeia começou na semana passada. Comerciantes locais disseram que as restrições cambiais impostas em caráter emergencial na semana passada também beneficiaram a moeda.
Um ativista pró-Rússia segura uma bandeira russa atrás de um militar armado no topo de um veículo do exército russo, próximo a um posto de controle de fronteira na cidade de Balaclava, na Crimeia. O presidente russo, Vladimir Putin, rejeitou a advertência do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a intervenção militar de Moscou na Crimeia, afirmando nesta sexta-feira que a Rússia não pode ignorar pedidos de ajuda de cidadãos de língua russa na Ucrânia. 01/03/2014 REUTERS/Baz Ratner
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DIFERENÇAS IMPORTANTES
Em seu telefonema, Obama disse ter pedido a Putin para aceitar os termos de uma solução diplomática sobre a Crimeia, que levaria em conta os legítimos interesses da Rússia na região.
Putin foi desafiador em relação à Ucrânia, afirmando que Yanukovich, pró-Rússia, havia sido deposto em um "golpe inconstitucional". Mas ele destacou o que chamou de "importância primordial das relações russo-americanas para garantir a estabilidade e a segurança no mundo", disse o Kremlin.
"Essas relações não devem ser sacrificadas por diferenças individuais, embora muito importantes, sobre os problemas internacionais", disse Putin.
Os 28 países da UE se reuniram com o primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, para uma cúpula de emergência, mesmo Kiev não sendo um membro do grupo nem um candidato reconhecido para se juntar ao bloco. Ficou acordada na reunião a antecipação da assinatura das partes políticas de um acordo para a aproximação, antes das eleições de 25 de maio na Ucrânia.
Yatseniuk disse depois de voltar para a Ucrânia que ninguém no mundo civilizado iria reconhecer o resultado do "chamado referendo" na Crimeia. Ele reforçou a disposição de Kiev para negociar com a Rússia e disse que havia solicitado uma conversa telefônica com primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev.
A Comissão Europeia disse que a Ucrânia poderia receber até 11 bilhões de euros (15 bilhões de dólares) nos próximos anos, desde que chegasse a um acordo com o Fundo Monetário Internacional, que exige reformas econômicas drásticas como o fim dos subsídios de gás.
Apesar das duras palavras de Putin, manifestantes que permaneciam acampados no centro de Praça da Independência de Kiev para defender a revolução que depôs Yanukovich disseram não acreditar que a Crimeia conseguiria permissão para se separar da Ucrânia.
Alguns disseram estar dispostos a ir à guerra contra a Rússia, apesar do descompasso entre as Forças Armadas dos dois países.
"Estamos otimistas. A Crimeia vai ficar conosco e vamos lutar por isso", disse Taras Yurkiv, de 35 anos, da cidade oriental de Lviv. "Como vamos lutar depende das decisões da nossa liderança. Se necessário, iremos com armas. Se você quer paz, você deve se preparar para a guerra."
(Reportagem adicional de Luke Baker e Martin Santa, em Bruxelas; Steve Holland e Jeff Mason, em Washington; Lina Kushch, em Donetsk; e Pavel Polityuk, em Kiev)
Edson Marinho (O Papa do conhecimento) aprovado em matemática na UFRPE e na UFPE, parabéns cara você merece muito mais.
Querido Edson Marinho, estamos todos felizes pelo seu grande êxito de ser aprovado nos cursos de matemática da UFRPE e UFPE. Estamos todos felizes por mais uma meta alcançada continue em frente pois muitas realizações virão. Parabéns grande intelectual que Deus o abençoe nesta nova trajetória de sua vida. Com carinho professor Alarcon.
Mais dois morrem em ato na Venezuela; n° de mortos vai a 20 em um mês
Mais dois morrem em ato na Venezuela; n° de mortos vai a 20 em um mês
Do UOL, em São Paulo
Manifestantes antigoverno entram em confronto com membros da Guarda Nacional Bolivariana em Altamira
Manifestantes antigoverno entram em confronto com membros da Guarda Nacional Bolivariana em Altamira
Um soldado venezuelano e um motociclista foram mortos em um confronto com manifestantes de oposição que montaram uma barricada ao longo de uma avenida em Caracas, disse nesta quinta-feira (6) o vice-presidente do governista Partido Socialista.
Manifestantes que exigem a renúncia do presidente Nicolás Maduro têm realizado protestos e montado barricadas há semanas, resultando em confrontos com as forças de segurança e com apoiadores do governo. Ao menos 20 pessoas morreram.
Tropas foram convocadas ao bairro de Los Ruices, no leste de Caracas, hoje, e usaram gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar centenas de manifestantes que estavam em uma barreira ao longo de uma avenida bastante movimentada.
Protestos na Venezuela
4.mar.2014 - Um manifestante é detido por oficiais da Guarda Nacional Bolivariana durante protestos contra o governo em Caracas, Venezuela, nesta terça-feira (4). Após quase um ano depois da morte de Hugo Chávez, a Venezuela tem sido abalada por protestos violentos contra o presidente Nicolás Maduro Leia mais Fernando Llano/AP
"Fomos informados que um motociclista foi morto por um atirador", disse Diosdado Cabello em entrevista coletiva sobre outro assunto na Assembleia Nacional. "E um membro da Guarda Nacional também foi morto no mesmo lugar por um atirador."
O prefeito de Sucre, onde aconteceram as mortes, disse via Twitter que um membro da Guarda Nacional havia morrido. Autoridades não responderam a pedidos por informações sobre como o soldado foi morto e detalhes adicionais sobre o incidente.
Na quarta-feira (5), Maduro pediu aos grupos pró-governo conhecidos como "coletivos", que são descritos por líderes de oposição como paramilitares, para quebrar barricadas montadas por manifestantes principalmente em bairros prósperos.
terça-feira, 4 de março de 2014
Portela e Unidos da Tijuca fecham Carnaval como favoritas; Vila decepciona
Portela e Unidos da Tijuca fecham Carnaval como favoritas; Vila decepciona
Anderson Baltar
Do UOL,
Um duelo entre a tradição e a modernidade. Esta é a expectativa de resultado do Carnaval 2014 após a segunda noite de desfiles na Marquês de Sapucaí. Portela e Unidos da Tijuca, cada uma dentro de suas características, dividiram as preferências de público e crítica e saem da avenida como as grandes favoritas ao título do Grupo Especial.
Quinta escola a desfilar, a Portela desfilou imponente e majestosa como há muitos anos não se via. Exaltando a tradicional Avenida Rio Branco, a escola de Oswaldo Cruz e Madureira se impôs desde o primeiro momento, com um desfile luxuoso que encheu de orgulho seus componentes e torcedores. O bom samba embalou seus componentes, que realizaram um desfile com ótimo canto e sem qualquer percalço com suas alegorias, a despeito do imenso abre-alas e de um tripé que trazia a maior escultura desse carnaval – um gigante, de 18 metros de altura, em alusão às manifestações que agitaram o país em junho do ano passado.
Um desfile tão competente, nas condições normais de temperatura e pressão, colocaria a escola seguinte em situação complicada. Não com a Unidos da Tijuca. Paulo Barros, em ótima forma, promoveu um verdadeiro espetáculo de criatividade para, através das mais diversas facetas da velocidade, homenagear Ayrton Senna. Teve de tudo: velocidade da luz, animais velozes, personagens de desenhos animados e até uma ala que imitou o corredor Usain Bolt. Os componentes, com fantasias belas e leves, deram um show de evolução. A comissão de frente, destaque dos últimos carnavais da escola, teve direito até um carro de fórmula 1 roncando alto na pista.
Duas escolas foram as surpresas agradáveis da noite e podem sonhar com voos mais altos na classificação. A União da Ilha do Governador, de volta ao convívio das grandes desde 2010, realizou o seu melhor desfile dos últimos 20 anos. Com um enredo alegre e leve, dentro das características da escola, trouxe as mais diversas brincadeiras e brinquedos infantis. Em um verdadeiro show de animação, simpatia e criatividade, a tricolor insulana arrancou gritos entusiasmados da plateia e tem tudo para chegar entre as seis primeiras e participar do Desfile das Campeãs, o que não consegue desde 1994.
A Mocidade Independente de Padre Miguel mandou para longe toda a desconfiança. Nos últimos meses, a escola sofreu com um barracão atrasado e a destituição de seu presidente. Homenageando o lendário carnavalesco Fernando Pinto e, por consequência, o estado de Pernambuco, a verde e branco fez um desfile bonito e animado, embalado por uma bateria inspirada e pelo belo samba que tem Dudu Nobre entre o grupo de compositores.
A Imperatriz Leopoldinense prometia sacudir a avenida com sua homenagem ao ex-jogador de futebol Zico. Porém, problemas com seus carros alegóricos prejudicaram sensivelmente a apresentação. O carro abre-alas teve problemas de direção e acabou se distanciando da ala que o antecedia. O buraco foi de 40 metros, bem em frente à cabine de jurados. O último carro, que trazia o homenageado sobre a coroa, símbolo da escola, teve sérios problemas para entrar na avenida e atrapalhou a evolução da escola, que teve que correr para não estourar o tempo. Erros que tiram a Imperatriz do páreo, mas não abafam o sonho de voltar entre as seis primeiras.
A decepção da noite foi a Vila Isabel. A campeã de 2013 fez uma exibição decepcionante, apresentando carros com péssimo acabamento e várias alas com fantasias incompletas ou com poucos componentes. A comissão de frente apresentou problemas com seus tripés e um pedaço da roupa da porta-bandeira Giovanna caiu em sua exibição em frente a uma das cabines de julgamento. Uma sucessão de erros que faz ser possível uma situação inédita na história do carnaval carioca: uma campeã ser rebaixada no carnaval seguinte ao título.
Carnaval de Pernambuco: Silvio Botelho e seus bonecos gigantes
Silvio Botelho e seus bonecos gigantes
Lúcia Gaspar
Bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco
pesquisaescolar@fundaj.gov.br
A minha vida está toda montada na arte. E eu me chamo BAZAR DAS ÉPOCAS. Para cada seis meses eu tenho uma função. Logo que acaba o Carnaval, eu descanso um período e vou pintar meus quadros, vou montar quadros para pintores meus clientes, vou fazer móveis, vou decorar ambientes... E, também, uma coisa que me deixa de certa maneira organizado é que, quando termina o Carnaval, já recomeça o trabalho para o Carnaval do ano que vem! Quando paro é para projetar na prancheta, durante a noite, o Carnaval do próximo ano... Riscando fantasias, modelos e máscaras de gigantes, porque eu também sou desenhista... (Silvio Botelho citado por BONALD NETO, 2007).
Silvio Romero Botelho de Almeida nasceu no dia 14 de maio de 1956, no bairro do Amparo, em Olinda, Pernambuco. Autodidata, desde cedo começou a trabalhar com esculturas em madeira, gesso e barro, influenciado pelos ceramistas de Caruaru, principalmente pelo Mestre Vitalino.
Aprendiz do artesão olindense Roque de Lima, conhecido como Roque Fogueteiro, Silvio aprendeu com ele diversas técnicas, como a implantação de cabelo nos bonecos, fazer a massa da modelagem, combinar cores, misturar solventes e tintas, além de preparar pólvora para os fogos de artifícios. Posteriormente, foi descobrindo outras técnicas em viagens pelo Brasil.
Iniciou-se em projetos carnavalescos na década de 1970, confeccionando máscaras e alegorias. Em 1974, criou seu primeiro boneco gigante O Menino da Tarde, “filho” do encontro entre O Homem da Meia-Noite e A Mulher do Dia (SILVIO, 2007).
O primeiro boneco que fiz [...] foi O Menino da Tarde. Ernandes Lopes foi a pessoa que me pediu para fazer. Nessa época, só existia O Homem da Meia-Noite e A Mulher do Dia. Era o filho dos dois. O maior desafio foi entender o que era fazer um boneco gigante. Um boneco com 2 metros e 90 centímetros de altura. Em dois meses O Menino da Tarde ficou pronto. O boneco pesava 35 quilos e foi confeccionado em madeira, capim, papelão duro e papel. Ao ver o resultado, o renomado artesão Roque Fogueteiro ficou impressionado com a beleza da obra e me aconselhou a prosseguir no caminho da arte.
Silvio Botelho vem aperfeiçoando cada vez mais a sua técnica de criação de bonecos, evoluindo da tradicional modelagem em barro para a modelagem direta em bloco de isopor, conseguindo leveza e versatilidade nos Gigantes. O corpo é feito com fibra de vidro. Atualmente, os bonecos chegam a medir três metros de altura e pesar de treze a quinze quilos, bem diferente dos primeiros que pesavam cerca de cinquenta quilos.
Há 20 anos eu fazia meus bonecos utilizando em primeiro lugar argila para levantar as peças e depois cobria com papel empastelando-os até formar uma camada grossa para depois tirá-los e fechar com outro papel, dando assim o acabamento com massa acrílica. Em 1995, introduzi a fibra de vidro, possibilitando a rapidez na execução. Pra você ter uma ideia, O Homem da Meia Noite por exemplo, pesa 50 quilos. (ENTREVISTA..., 2012).
A confecção de cada boneco leva em torno de vinte dias e se constitui em um processo de criação contínua para o aprimoramento das técnicas. Por ser o látex uma matéria prima muito cara, o artesão se ressente da impossibilidade de utilizá-lo nas suas criações.
Foi o idealizador do Encontro de Bonecos Gigantes de Olinda, cuja 26ª edição, aconteceu em 2013, reunindo bonecos dele e de outros artesãos, na terça-feira de Carnaval, em Olinda.
O primeiro Encontro dos Bonecos Gigantes de Olinda aconteceu num sábado de 1987. Fiz o encontro para brincar. Fechava a rua com os bonecos para pedir dinheiro as pessoas que passavam e, depois, tomar cerveja. A ideia ficou e vem acontecendo todos os anos. Em 1990, fizemos uma inovação com o casamento d’O Homem da Meia-Noite com A Mulher do Dia para legitimar os filhos O Menino do Dia e A Menina da Tarde. (SILVIO, 2007).
Silvio já criou centenas de bonecos gigantes para o Carnaval, campanhas publicitárias e políticas, casamentos e até enterros:
Recebo encomendas o ano inteiro para os mais diversos eventos, como feiras e festas. Já fiz muitos bonecos para casamentos. A encomenda parte da família, geralmente como uma surpresa para os noivos. Também já fiz bonecos que foram utilizados em enterro, como forma de homenagem. Os gigantes são a cara do Carnaval, mas vão além, é uma tradição consolidada da nossa cultura. (GATIS, 2011).
Com mais de novecentos bonecos gigantes, criados e confeccionados por ele e sua equipe, Silvio Botelho é considerado o “Pai dos Bonecos Gigantes de Olinda” e o mais conhecido bonequeiro de Pernambuco, com reconhecimento nacional e internacional. A seguir uma relação alfabética com alguns dos seus bonecos gigantes:
A BOCHECHA
A BRUXA
O CALIFA
CAPIBA
CAPITÃO ALCEU VALENÇA
CARLINHOS BROWN
O CUECÃO
O DEMO
DEVASSO
DONA CAROLINA
DR. FAISÃO
ENÉAS FREIRE
A ESPOTELA
O FILHO DO HOMEM DA MEIA NOITE
FOFOQUEIROS DE OLINDA
GAROTO DA VASSOURA
O GONZAGÃO
A HOMELHADA
O INCRÍVEL HUCK
O JACARÉ
JOHN TRAVOLTA
LADY OLINDA
LAMPIÃO
LIA DE ITAMARACÁ
LUIZ GONZAGA
A LUANA EM FOLIA
MÃE OLINDA
MAESTRO FORRÓ
MANOEL BOMBARDINO
MARIA BATALHÃO DO PORTO SEGURO
MARIA BONITA
MAROCAS DE OLINDA
A MENINA DA TARDE
O MENINO DA TARDE
O MENINO DO RIO DOCE
MENINO SERAPIÃO
A NORDESTINA
A PADILHA
PALHAÇO DE GRAVATÁ
PALHAÇO TRINCA DE ÁS
PARALELO
PEDRINHO DA PILAR
O PERIQUITO
O PROFESSOR
O PROFETA
RAPOSÃO (ANTIGO FAUSTÃO)
RECRIANÇA
SEXTA-FEIRA
A SOLDADA DA MEIA-NOITE
O SOLDADO DA MEIA-NOITE
TABACO
O TARADO DA SÉ
ZÉ PEREIRA
ZEU DE OLINDA
Em 1993, a boneca LADY OLINDA, com três metros de altura, desfilou no Carnaval de Santa Fé (Novo México, Estados Unidos), a convite da antropóloga americana Katarina Real (Kate), uma apaixonada pelo Carnaval pernambucano.
Em setembro de 2008, o ateliê do artista situado na Rua do Amparo, nos Quatro Cantos, Olinda, sofreu um incêndio sendo interditado. Antes da interdição recebia a anualmente a visita de milhares de pessoas interessados na sua arte. Hoje o ateliê passa por reformas estruturais.
Segundo Silvio Botelho o boneco que lhe deu mais alegria foi O Menino da Tarde. Boneco não me dá tristeza, só me dá alegria. Vivo deles. (SILVIO, 2007).