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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Brasil tem déficit primário de R$19,6 bi em novembro, pior resultado para o mês



Brasil tem déficit primário de R$19,6 bi em novembro, pior resultado para o mês
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
 Sede do Banco Central, em Brasília.    23/09/2015    REUTERS/Ueslei Marcelino
BRASÍLIA (Reuters) - O setor público brasileiro registrou um déficit primário de 19,567 bilhões de reais em novembro, o pior para o mês na série histórica do Banco Central iniciada em 2001, acumulando em 12 meses o maior rombo para as contas públicas já registrado como proporção do Produto Interno Bruto (PIB).

O resultado ressalta a forte deterioração fiscal, afetada pela arrecadação em queda num ano de recessão, e com medidas de ajuste atenuadas ou emperradas no Legislativo em meio à intensa crise política. Segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira, o saldo negativo de novembro foi provocado pelo déficit do governo central (-21,671 bilhões de reais) e de empresas estatais (-249 milhões de reais), sendo apenas ligeiramente compensado pelo superávit de Estados e municípios (+2,352 bilhões de reais).Ele veio maior que projeções de analistas de um déficit de 14 bilhões de reais para o mês, conforme pesquisa da Reuters. No acumulado dos onze primeiros meses do ano, o déficit ficou em 39,520 bilhões de reais, bem acima do saldo negativo de 19,642 bilhões de reais em igual período de 2014.

Com isso, nos 12 meses até novembro o déficit do setor público consolidado alcançou 0,89 por cento Produto Interno Bruto (PIB), o pior patamar da série do BC. Em julho, o déficit em 12 meses também havia atingido esse nível, mas foi revisado para 0,88 por cento posteriormente.

Mais cedo neste mês, o Congresso aprovou a reversão da meta fiscal de 2015 de um superávit primário para um déficit do setor público consolidado de 48,9 bilhões de reais, equivalente a 0,85 por cento do PIB. O rombo pode subir a 117 bilhões de reais, ou 2,03 por cento do PIB, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com a frustração do ingresso neste ano das receitas com leilão de hidrelétricas.

(Por Marcela Ayres)

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domingo, 20 de dezembro de 2015

Barbosa diz ao Estadão que irá “aperfeiçoar" a política econômica

Barbosa diz ao Estadão que irá “aperfeiçoar" a política econômica
domingo, 20 de dezembro de 2015
(Reuters) - O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, prometeu aperfeiçoar a política econômica do governo para promover uma retomada mais rápida do crescimento da economia, e disse que espera a aprovação da CPMF no Congresso até maio, apesar da crise política, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo publicada neste domingo.

Barbosa, que deixou o Ministério do Planejamento para substituir Joaquim Levy no comando da Fazenda na sexta-feira, disse ainda que a reforma da Previdência será uma das prioridades para 2016, e garantiu que, com tempo, irá "resolver todos os problemas".

"Vamos aperfeiçoar a política econômica. Promover uma estabilização mais rápida e uma retomada mais rápida do crescimento. Com aprovação das medidas que estão no Congresso e com a adoção de medidas institucionais e regulatórias que melhorem o funcionamento da economia", disse o ministro na entrevista.

"Os desafios continuam os mesmos. Todos defendem a recuperação do crescimento com geração de emprego. Para que tenhamos uma recuperação sustentável do crescimento é preciso ter estabilidade fiscal e controle da dívida pública, que passa pela elevação do resultado primário", acrescentou.

Barbosa tem um pensamento mais alinhado com o da presidente Dilma Rousseff, desejosa de um discurso e uma política econômica mais voltados para o crescimento, do que seu antecessor Levy, que deixou o cargo após menos de um ano.

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Nelson Barbosa é o novo ministro da Fazenda



Nelson Barbosa é o novo ministro da Fazenda

Fernando Rodrigues 18/12/2015

Ele sai do Planejamento para o lugar de Levy

Indicação agrada ao PT e aos desenvolvimentistas

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Nelson Barbosa (esq.) com Renan Calheiros: novo titular da Fazenda tem trânsito no PMDB

A presidente Dilma Rousseff definiu na tarde desta 6ª feira (18.dez.2015) que Nelson Barbosa vai substituir Joaquim Levy no Ministério da Fazenda.

Barbosa tem 46 anos e até agora era o titular do Ministério do Planejamento. No segundo mandato de Dilma Rousseff, travou uma batalha constante com o seu colega da Fazenda.

Enquanto Levy buscava sempre uma política econômica mais contracionista, Barbosa defendia alguma flexibilidade na meta fiscal (a economia que o governo faz).

Levy sempre quis uma meta fiscal de 0,7% do PIB para 2016. Barbosa defendia algo perto de zero ou uma banda na qual a meta poderia variar. O Congresso acabou aprovando, com anuência do Planalto, uma meta de 0,5%.

Barbosa foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda de 2011 a 2013, quando se desentendeu com o então titular, Guido Mantega, e deixou a função.

Por ter uma visão mais flexível sobre como cortar gastos, Barbosa desfrutou nos últimos meses de boa relação com políticos no Congresso. Tem ótimo trânsito na ala governista do PMDB, liderada por Renan Calheiros, o presidente do Senado.

Joaquim Levy já havia decidido sair do governo há algum tempo. Foi convencido pelo seu ex-patrão, Luiz Carlos Trabuco (presidente do Bradesco), a permanecer na cadeira até o final deste ano.

A nomeação de Levy para a Fazenda se deu depois de uma extensa procura por parte de Dilma Rousseff no final de 2014, quando ela havia decidido substituir o então titular, Guido Mantega.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pressionou para que o nomeado fosse Henrique Meirelles, que havia comandado o Banco Central nos primeiros 8 anos do PT no poder. Dilma rejeitou Meirelles.

A segunda opção foi o nome de Luiz Carlos Trabuco, um consenso entre Dilma e Lula. Mas aí o próprio Trabuco não demonstrou muito interesse e ofereceu um de seus funcionários no lugar –Joaquim Levy.

Levy foi nomeado com duas missões principais. Primeiro, reequilibrar as contas públicas (que apresentavam déficit por causa das políticas compensatórias adotadas por Lula, na crise econômica de 2008/2009, e depois ampliadas por Dilma). A segunda meta de Levy era convencer as agências classificadoras de risco a não tirarem do Brasil o selo de bom pagador. O ex-funcionário do Bradesco falhou nas duas tarefas.

Para Levy, foi difícil atuar num governo no qual não havia consenso a respeito do que ele fazia. Mais de uma vez a presidente Dilma Rousseff não o apoiou em disputas internas. Mas, ao mesmo tempo, o agora ex-ministro da Fazenda tinha dificuldades no relacionamento com deputados e senadores, que são os que ao final decidem como deve ser aprovado o Orçamento.

GUINADA NA ECONOMIA
Ao escolher Nelson Barbosa, a presidente Dilma Rousseff faz um agrado na ala mais à esquerda do PT e em grande parte de seus aliados no Congresso, sobretudo os que defendem uma política mais desenvolvimentista e menos ortodoxa.

O PMDB, principal partido no apoio ao Planalto, está há meses reclamando com Dilma Rousseff a respeito da atuação de Levy. Numa reunião ontem (17.dez.2015) à noite, Renan Calheiros e outros senadores listaram o que a presidente deveria fazer a partir de agora. Uma das recomendações é dar uma “guinada na economia” para promover algum alívio para os brasileiros no início de 2016.
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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Lula é intimado a depor em investigação da Operação Zelotes envolvendo seu filho

Lula é intimado a depor em investigação da Operação Zelotes envolvendo seu filho
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
 Lula durante reunião com governador do Rio, Luiz Fernando Pezão.
REUTERS/Ricardo Moraes

BRASÍLIA (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi intimado pela Polícia Federal a depor em uma investigação de suborno envolvendo seu filho Luís Cláudio, de acordo com um documento de intimação obtido pela Reuters.

Lula não está sob investigação, mas será interrogado sobre a suspeita da polícia de que um pagamento de 2,5 milhões de reais para uma empresa de Luís Cláudio poderia ter sido suborno para influenciar a aprovação de legislação favorecendo empresas do setor automotivo.

A intimação de 1º de dezembro determina que Lula compareça à sede da PF em Brasília na próxima quinta-feira para "prestar esclarecimentos". A intimação foi entregue à Reuters por uma fonte próxima da investigação.

O Instituto Lula informou que ele não foi notificado oficialmente a depor, mas que estará "à disposição das autoridades".

"A Medida Provisória em questão foi editada e aprovada pelo Congresso em 2013, quando ele não era mais presidente da República", disse o instituto em nota.

A PF fez buscas nos escritórios de uma empresa de propriedade de Luís Cláudio em 26 de outubro, como parte da Operação Zelotes, que investiga fraudes em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

De acordo com declarações da PF na época, evidência de suborno, extorsão e tráfico de influência levou à operação.

"O ex-presidente não tem qualquer relação com tais fatos, mas se notificado irá prestar esclarecimentos", disse o advogado Cristiano Zanin Martins do escritório Teixeira, Martins & Advogados, que representa a família Lula.     O ex-presidente é alvo de investigação da Procuradoria da República no Distrito Federal por suposto tráfico de influência depois que deixou o cargo em 2010 como o presidente mais popular do Brasil.

Na quarta-feira, um juiz autorizou um pedido da polícia para quebrar os sigilos bancário e fiscal da empresa LFT Marketing Esportivo, de Luís Cláudio, e do ex-ministro do governo Lula Gilberto Carvalho.

(Reportagem de Anthony Boadle)

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Dilma diz ter combinado com Temer relação "profícua" e considerando os interesses do país

Dilma diz ter combinado com Temer relação "profícua" e considerando os interesses do país
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse em nota, nesta quarta-feira, após encontro com o vice-presidente Michel Temer, que ambos combinaram ter uma relação pessoal e institucional "profícua" e que leve em conta os interesses do país.

A nota divulgada pelo Palácio do Planalto veio em linha com declaração dada minutos antes por Temer, quando afirmou ter combinado com a presidente que ambos teriam uma relação pessoal e institucional "que será a mais fértil possível".

(Por Eduardo Simões)

domingo, 6 de dezembro de 2015

Mary J. Blige - Have Yourself A Merry Little Christmas

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS




ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS

 Súplica – Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao comtemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).
         Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas.
         E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.

Rezar 3 Ave-Marias.

– Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

Oração Final – Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Oração a Deus Pai





Oração a Deus Pai

Ó MEU PAI DOS CÉUS, como é doce e suave saber que Vós sois meu PAI e que eu sou Vossa filha(o). É, sobretudo, quando o céu da minha alma é negro e a minha cruz mais pesada, que sinto a necessidade de Vos dizer: PAI, eu creio no Vosso Amor por mim!

Sim, eu creio que Vós sois meu PAI e que eu sou Vossa filha! Eu creio que Vós me amais com um amor infinito!
Eu creio que Vós velais dia e noite por mim, e que nem um cabelo cai da minha cabeça, sem o Vosso consentimento!
Eu creio que, infinitamente Sábio, Vós sabeis muito melhor do que eu o que me convém!
Eu creio que, infinitamente Poderoso, Vós tirais o bem do mal; creio que infinitamente Bom, Vós fazeis que tudo concorra para o bem daqueles que Vos amam; por detrás das mãos que ferem eu beijo a Vossa Mão que cura!
Eu creio, mas aumentai a minha Fé e, sobretudo, a minha Esperança e a minha Caridade! Ensinai-me a saber ver o Vosso Amor dirigir todos os acontecimentos da minha vida. Ensinai-me a abandonar-me à Vossa condução, como urna criança nos braços de sua mãe.

Pai. Vós sabeis tudo. Vós vedes tudo. Vós conheceis-me melhor que eu mesma. Vós podeis tudo e Vós amais-me! Oh meu Pai, já que desejais que nós Vos peçamos tudo, eu venho com confiança pedir-Vos, com Jesus e Maria: dai-Vos a conhecer a todos os homens!

Dai-me a Luz, a Força e a Graça do Vosso Espírito!

Confirmai-me neste Espírito, para que nunca O perca, não O entristeça, nem O enfraqueça em mim.

Meu Pai, é em Nome de Jesus Cristo, Vosso Filho, que eu Vo-lo peço. E Vós, ó Jesus, abri o Vosso Coração e colocai n'Ele o meu e, com o de Maria, oferecei-o ao nosso Divino Pai. Em troca, obtende-me esta graça de que temos tanta necessidade!

Meu Divino Pai, dai-Vos a conhecer a todos os homens!

Que todo mundo proclame a Vossa Bondade e a Vossa Misericórdia! Sede o meu terno Pai e protegei-me em toda a parte como a pupila dos Vossos Olhos. Que eu seja para sempre a Vosso digna filha. Tende piedade de mim! Pai Divino, doce esperança das nossas almas, sede conhecido, honrado e amado pelos homens!

Pai Divino, Bondade infinita que se exerce para com todos os povos, sede conhecido, honrado e amado pelos homens!
Pai Divino, orvalho benfazejo da humanidade, sede conhecido, honrado e amado pelos homens.
Amém.
Madre Eugénia
+ João Cardeal Verdier + Girard. Vie. Apost. Arcebispo de Paris 9 de Outubro de 1935 8 de Maio de 1936

Obs: Deus Pai concede muitas graças por intercessão de Madre Eugénia, rezando-se a oração DEUS É MEU PAI, que o próprio Pai lhe transmitiu.
O Próprio Pai disse à Madre Eugénia que todas as vezes que as pessoas lessem a Sua Mensagem, Ele estaria presente com o seu Amor e a Sua Presença Viva, para comunicar à alma.

Oração enviada por: Maria Filomena



 ORAÇÃO A DEUS PAI TODO PODEROSO


Senhor Deus,
Criador do céu e da terra,
poderoso é o Vosso nome,
grande é a Vossa misericórdia.
Em nome de Vosso Filho Jesus Cristo,
recorro a Vós, neste momento, para pedir benção para a minha vida.
Que a divina luz incida sobre mim.
Com Vossas mãos retirai todo o mal,
todos os problemas e todos os perigos
que estejam ao meu redor.
Que as forças negativas que me abatem e
me entristecem se desfaçam ao sopro da Vossa benção.
O Vosso poder destrua todas as barreiras que impedem o meu progresso,
E do céu Vossas virtudes encham meu ser, dando paz, saúde e prosperidade
abra senhor, os meus caminhos.
Que meus passos sejam dirigidos para que eu não tropece na caminhada da vida.
Meu viver, meu lar e meu trabalho sejam por vós abençoados.
Entrego-me em Vossas mãos na certeza de que tudo vou alcançar.
Agradeço em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.
AMÉM!!


quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Planalto reage e embate com Cunha se acirra

Planalto reage e embate com Cunha se acirra
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
 Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, deixa sua residência oficial em Brasília. 03/12/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - O governo abriu mais um capítulo no embate com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apesar dos conselhos do vice-presidente da República, Michel Temer, de que a presidente Dilma Rousseff não deveria comprar uma briga pública com o parlamentar, aque aceitou na quarta-feira a abertura de processo de impeachmente contra a presidente.

No final desta manhã, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, chamou uma entrevista para dizer que Cunha, que havia acusado a presidente de mentir ao negar que houvesse barganha para salvá-lo no Conselho de Ética em troca do arquivamente dos pedidos de impeachment, foi quem mentiu.

Segundo Cunha, o deputado André Moura (PSC-SE) teria sido levado por Wagner até o gabinete de Dilma, que teria proposto que houvesse um "comprometimento com a aprovação da CPMF", em troca de apoio no Consehlho de Ética, onde o presidente da Câmara enfrenta processo por falta de decoro parlamentar.

Wagner admitiu ter estado na quarta-feira com o deputado André Moura, mas que discutiu com ele pautas econômicas e não o levou à presidente.

O ministro acusou Cunha de usar sempre a ameaça como ferramenta e ter tentado apoio do governo quando não o teve mais na oposição.

“Quando ficou feio para a oposição ele veio tentar conosco, e também não levou. Vai ter que enfrentar sem ameaças um Conselho de Ética”, disse o ministro.

“Ele não conquistou aquilo que ele alardeia e que foi o motivo de chantagem. Eu não sou obrigado a ser verdadeiro com alguém que usa seu próprio poder para paralisar um país e a vida do Congresso.”
REAÇÃO

Cedo na manhã desta quinta-feira, Michel Temer, em reunião com Dilma e o próprio Jaques Wagner, aconselhou a presidente a não entrar em embate público com Cunha, e a agir de “forma institucional” para diminuir a temperatura política, informou à Reuters fonte ligada ao vice-presidente.

Mas, depois da entrevista de Cunha, o Planalto resolveu responder. Além da entrevista de Wagner, o governo estuda uma nota oficial.

A avaliação foi de que o Planalto não poderia deixar passar as pesadas acusações do presidente da Casa.

O próprio Jaques Wagner informou que Dilma ligou para Temer esta manhã para chamá-lo para uma reunião de coordenação política ampliada na tarde desta quinta-feira. O vice-presidente estava na Base Aérea, onde embarcaria para São Paulo, mas voltou para se reunir por cerca de meia hora com a presidente.

Na conversa, os dois analisaram os cenários daqui para a frente, e Temer se prontificou a ajudar, como jurista, na construção da defesa de Dilma no processo de impeachment. E Temer fez a recomendação de que o Planalto evitasse subir o tom.

Nesta tarde, a presidente chamou uma reunião da coordenação política ampliada, cerca de 12 ministros, para preparar o governo, de acordo com Wagner, para o embate dos próximos meses. Devem estar presentes representantes de todos os partidos.

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Próximos passos do processo de impeachment: o que acontece agora?

Próximos passos do processo de impeachment: o que acontece agora?
Gabriela Voskelis
Do UOL, no Rio 02/12/2015

Ueslei Marcelino/Reuters

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou no início da noite desta quarta-feira (2) que acolheu o principal pedido de impeachment protocolado por partidos de oposição contra a presidente Dilma Rousseff (PT). O processo, no entanto, pode durar vários meses até que haja uma definição, o que deve ocorrer somente em 2016.

Veja o passo a passo do pedido de impeachment da presidente:

1 Leitura da denúncia

A decisão deverá ser publicada ainda nesta quarta-feira (2) no Diário da Câmara dos Deputados, e deverá ser lida no plenário na quinta-feira (3). Em seguida, será entregue a uma comissão especial, com representantes de todos os partidos, de acordo com a devida proporção

2 Defesa

Caso a denúncia seja acolhida, a presidente Dilma terá até dez sessões da Câmara para se manifestar

3 Parecer

Depois de a presidente apresentar sua defesa, a comissão especial terá até cinco sessões de prazo para apresentar o seu parecer. O parecer deverá ser lido na íntegra no plenário da Câmara

4 Votação nominal

Quarenta e oito horas depois da apresentação do parecer sobre a denúncia, o documento deverá ser incluído na "ordem do dia" da Câmara. Só então, ele será votado, nominalmente, pelos 513 deputados. A abertura do processo de impeachment será autorizada pela Câmara caso o pedido tenha pelo menos dois terços dos votos da Câmara, ou 342 votos. Se os deputados decidirem que a denúncia não deve ser objeto de deliberação, o pedido de impeachment é arquivado

5 Afastamento

Se a Câmara instaurar o processo de impeachment, a presidente é automaticamente afastada de suas funções e terá seu salário reduzido pela metade. Ela deve deixar suas atribuições e as residências oficiais em Brasília

6 Envio ao Senado

Se a Câmara decidir pela instauração do processo, o pedido será encaminhado ao Senado, que é a Casa responsável pela sua tramitação. Na prática, a Câmara decidirá se o processo deve ser ou não aberto, mas é no Senado que ele irá tramitar

7 Processo

O Senado tem 180 dias para finalizar o processo, durante os quais Dilma terá oportunidade de se manifestar a respeito. Se o processo não for finalizado em 180 dias, a presidente retorna às suas funções enquanto o processo termina de tramitar

8 Votação

Para que o impeachment seja aprovado, pelo menos dois terços dos 81 senadores precisam votar a favor

9 Se inocentada

Se for considerada "inocente", a presidente retoma suas funções imediatamente

10 Se culpada

Se for considerada "culpada", Dilma Rousseff será novamente afastada e impedida de concorrer a cargos eletivos por oito anos

11 Vice assume

No caso de culpa, a partir do momento em que a presidente Dilma for afastada de suas funções, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o cargo

12 Novas eleições

Se Temer estiver definitivamente impedido de exercer a função (em caso de cassação, morte ou renúncia, por exemplo), novas eleições serão convocadas em até 90 dias. Como o processo de impeachment ocorre nos dois primeiros anos do mandato, as eleições serão diretas.

Dilma diz estar "indignada" com pedido de impeachment

Dilma diz estar "indignada" com pedido de impeachment
Do UOL, em Brasília 02/12/2015


A presidente Dilma Rousseff (PT) se disse "indignada" com a abertura de um processo de impeachment contra ela na Câmara dos Deputados, conforme anunciado nessa quarta-feira (2) pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara.

"Ainda hoje recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara de processar pedido impeachment contra mandato democraticamente concedido a mim pelo povo brasileiro", declarou a presidente em pronunciamento no Palácio do Planalto.

Dilma disse ainda nunca ter cometido "ato ilícito" e disse crer no arquivamento do pedido. Ela aproveitou o pronunciamento para criticar Cunha. "Não possuo contas no exterior e nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais.  Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público", disse, em referência às investigações da Operação Lava Jato sobre Cunha, suspeito de ter ocultado contas na Suíça.

A abertura do processo de impeachment ocorre no mesmo dia em que deputados do PT anunciaram que votarão contra o peemedebista no Conselho de Ètica da Câmara, onde ele é investigado  por suposta participação no escândalo da Lava Jato. Segundo o líder do PT na Câmara, deputado  Sibá  Machado (AC), houve uma pressão externa para que os petistas votassem contra o peemedebista.  O presidente da Câmara disse ainda que não conversou "com ninguém do Planalto" e negou que seja uma retaliação.

"Nos últimos tempos, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment. Eu jamais aceitaria quaisquer tipos de barganha, muito menos aquelas que atentem contra o funcionamento das livres instituições democráticas deste país", disse a presidente sobre o processo contra Cunha no Conselho de Ética da Câmara. O Palácio do Planalto foi acusado de orientar os deputados do PT a votarem pela improcedência do processo contra o peemedebista.

"Não podemos deixar as conveniências abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país", disse a presidente, que declarou ainda que é necessário "confiar em nossas instituições e no Estado Democrático de Direito".

Leia a íntegra do pronunciamento de Dilma:
"Eu dirijo agora uma palavra de esclarecimento a todas as brasileiras e a todos os brasileiros.

No dia de hoje, foi aprovado pelo Congresso Nacional o projeto de lei que atualiza a meta fiscal, permitindo a continuidade dos serviços públicos fundamentais para todos os brasileiros.

Ainda hoje, recebi com indignação a decisão do senhor presidente da Câmara dos Deputados de processar pedido de impeachment contra mandato democraticamente conferido a mim pelo povo brasileiro.

São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam este pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim, nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais.
Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses. Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública.

Nos últimos tempos, em especial nos últimos dias, a imprensa noticiou que haveria interesse na barganha dos votos de membros da base governista do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Em troca, haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment.

Eu jamais aceitaria ou concordaria com quaisquer tipo de barganha, muito menos aquelas que atentam contra o livre funcionamento das instituições democráticas do meu país, bloqueiam a justiça ou ofendam os princípios morais e éticos que devem governar a vida pública.

Tenho convicção e absoluta tranquilidade quanto à improcedência desse pedido, bem como quanto ao seu justo arquivamento. Não podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade de nosso país. Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas instituições e no Estado Democrático de Direito. Obrigado a todos vocês e muito boa noite."

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

oração pra prosperar na vida e ganhar muito dinheiro

Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris

Líderes mundiais se mobilizam em busca de avanço em cúpula do clima em Paris
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
 Presidente dos EUA, Barack Obama, discursa durante  a COP 21, em Paris. 30/11/2015 REUTERS/Stephane Mahe

Por Bruce Wallace e Alister Doyle

PARIS (Reuters) - Líderes de todo o globo lançaram nesta segunda-feira uma iniciativa ambiciosa para conter o aumento das temperaturas da Terra, e o presidente da França, François Hollande, disse que o mundo está em um "ponto de ruptura" na luta contra o aquecimento global.

Cerca de 150 chefes de Estado e governo, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o líder chinês, Xi Jinping, a presidente Dilma Rousseff incitaram uns aos outros a abraçar a causa comum nas duas semanas de negociações de forma a distanciar a economia global da dependência de combustíveis fósseis.

Os líderes chegaram para a cúpula do clima da Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris acompanhados de grandes expectativas e armados com promessas de ação. Após décadas de tratativas penosas e do fracasso da cúpula de Copenhague seis anos atrás, alguma modalidade de acordo histórico parece quase assegurada até meados de dezembro.

Alertas de cientistas do clima, as exigências de ativistas e as exortações de líderes religiosos, como o papa Francisco, se uniram aos avanços significativos nas fontes de energia limpa, como a solar, para aumentar a pressão por cortes nas emissões de carbono, responsabilizadas pelo aquecimento do planeta.

A maioria dos cientistas afirma que um fracasso na adoção de medidas rígidas no encontro da capital francesa condenaria o mundo a temperaturas médias cada vez mais elevadas, que trariam junto tempestades devastadoras, secas mais frequentes e a elevação do nível dos mares em decorrência do derretimento das calotas polares.

Diante de projeções tão alarmantes, os líderes das nações responsáveis por cerca de 90 por cento das emissões de gases de efeito estufa foram à cúpula munidos de compromissos para reduzir sua produção nacional de carbono através de medidas diferentes em ritmos diferentes.

Para algumas delas, a mudança climática se tornou um assunto premente em casa. Na abertura do encontro parisiense, as capitais de dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia, estavam cobertas por um nevoeiro nocivo e sufocante – Pequim estava sob alerta de poluição "laranja", o segundo nível de maior gravidade.
DESAFIO "URGENTE"

Ao longo da próxima quinzena, os negociadores irão firmar o pacto climático internacional mais robusto da história e que irá marcar um progresso impactante na busca frequentemente frustrante por um acordo global, embora por si só ele não baste para evitar que as temperaturas ultrapassem um patamar desastroso.

"O que nos deveria dar esperança de que este é um divisor de águas, de que este é o momento em que finalmente determinamos que iremos salvar nosso planeta, é o fato de que nossas nações compartilham a noção da urgência deste desafio e uma compreensão crescente de que está no nosso poder fazer algo a respeito dele", afirmou Obama, um dos primeiros líderes a discursar na cúpula.

A cúpula acontece sob clima de tensão. A segurança foi reforçada depois dos ataques de militantes islâmicos em 13 de novembro que deixaram 130 mortos em Paris, e Hollande disse que não se pode separar "a luta contra o terrorismo da luta contra o aquecimento global".

Os líderes globais devem enfrentar ambos os desafios, deixando para suas crianças "um mundo livre do terror", assim como "protegido de catástrofes", disse.

Em seu pronunciamento na conferência, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil não está alheio aos problemas das mudanças climáticas, tendo enfrentado secas no Nordeste e chuvas fortes e inundações no Sul e no Sudeste.

"O fenômeno El Niño nos tem golpeado com força", afirmou a presidente, que também abordou o rompimento de barragem de rejeitos da mineradora Samarco em Mariana (MG), que definiu como "o maior desastre ambiental da história do país", provocado por "ação irresponsável de uma empresa".

(Reportagem adicional de Jeff Mason e John Irish)


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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi

Dilma cancela viagem por problema orçamentário; Planalto vai contingenciar mais de R$10 bi
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
 Presidente Dilma Rousseff chega a cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino?

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria ao Japão e ao Vietnã em dezembro por problema orçamentário, informou o Palácio do Planalto em nota nesta sexta-feira, acrescentando que será publicado na segunda-feira decreto com um contingenciamento de mais de 10 bilhões de reais.

Na nota, o Planalto afirmou que a partir de dezembro "o governo não pode mais empenhar novas despesas discricionárias, exceto às essenciais ao funcionamento do Estado e ao interesse público".

"Não se trata de um problema financeiro, mas orçamentário... Pelo mais recente posicionamento do Tribunal de Contas da União, a não aprovação da revisão da meta (fiscal) obriga o governo a contingenciar as verbas discricionárias", informou o Planalto.

O contingenciamento é necessário pois o Congresso Nacional ainda não votou a alteração da meta de resultado primário para este ano.

A votação estava prevista para quarta-feira, mas foi afetada pela prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ex-líder do governo no Senado, por suspeita de obstrução no andamento da operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras. A sessão acabou sendo adiada para terça-feira da próxima semana.

A meta de resultado primário que ainda está valendo determina que o setor público consolidado faça superávit de 66,3 bilhões de reais em 2015, sendo 55,3 bilhões de reais para o governo central (governo federal, Banco Central e INSS).

O governo solicitou ao Congresso uma revisão desse alvo, diante da economia em recessão e queda nas receitas. O projeto que aguarda aval dos parlamentares prevê déficit do setor público entre 48,9 bilhões e 117 bilhões de reais. Para o governo central, o rombo poderá ir a 119,9 bilhões de reais, contando, no pior dos cenários, com o pagamento das chamadas pedaladas fiscais e com frustração de ingresso de receitas neste ano com o leilão de hidrelétricas.

O governo deve publicar o decreto de contingenciamento até segunda-feira para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal, após ter assumido em relatório de receitas e despesas do 5ª bimestre uma queda expressiva nas receitas no ano. [nL1N13I0C7]

No documento, publicado há uma semana, o governo já tinha assinalado que, para alcançar a meta ainda vigente, deveria contingenciar despesas discricionárias em 107,1 bilhões de reais, o que seria impossível pois só contava com um saldo para contingenciamento de 10,7 bilhões de reais, excluídos os gastos mínimos obrigatórios de saúde e as emendas impositivas.   O governo ressaltou ainda que o corte de 10,7 bilhões de reais paralisaria a máquina pública, com "interrupção das atividades essenciais em todos os órgãos federais e da execução de investimentos necessários à manutenção da infraestrutura do país e à retomada do crescimento econômico".

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Levy não vê necessidade de aporte de recursos imediato na Petrobras



Levy não vê necessidade de aporte de recursos imediato na Petrobras

sexta-feira, 20 de novembro de 2015


 Ministro da Fazenda, Joaquim Levy. 04/11/2015. REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Rory Carroll

HALF MOON BAY, Califórnia (Reuters) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira que não vê necessidade imediata de um aporte de capital na Petrobras, embora não tenha descartado que isso venha a ocorrer no futuro, afirmando que a estatal tem dinheiro para uma quantidade de tempo razoável.

Segundo ele, há uma série de aspectos que precisam ser levados em conta antes de se considerar uma injeção de recursos na petroleira brasileira, uma das empresas mais endividadas do mundo.

Os comentários de Levy, feitos nos bastidores de uma conferência sobre infraestrutura na região de San Francisco, foram feitos após reportagens na imprensa brasileira de que haveria discussões preliminares para um socorro da União à Petrobras nos moldes de operações feitas com bancos públicos nos últimos anos, com o uso de instrumentos híbridos de capital e dívida.

"O mais importante sobre a Petrobras é que a companhia está tomando medidas para enfrentar seus desafios", afirmou Levy, citando a estratégia de desinvestimentos, a revisão de contratos e a disciplina de custos.

"Eles têm dinheiro suficiente para trabalhar. O Brasil está no meio de uma consolidação fiscal. Estamos no meio de políticas que realmente estão fortalecendo cada área do setor público. Neste momento, eu não vejo necessidade imediata para isso (injeção de capital na Petrobras)", disse Levy.

"É claro que o governo pode sempre agir como o acionista controlador. Mas não devemos buscar soluções fáceis. Temos restrições orçamentárias... É algo que você precisa evitar neste momento", prosseguiu.

Perguntado quando um aporte de recursos na Petrobras seria necessário, ele disse que isso depende dos acontecimentos e que não há razão para especular sobre o assunto.

A Petrobras encerrou setembro com dívida bruta próxima a 130 bilhões de dólares.

A empresa, no epicentro do escândalo bilionário de corrupção investigado pela operação Lava Jato, terminou o terceiro trimestre com cerca de 26 bilhões de dólares em caixa e prevê acabar 2015 com cerca de 22 bilhões de dólares em disponibilidades.

O diretor financeiro da petroleira, Ivan Monteiro, disse em 12 de novembro que a companhia tem privilegiado manter um nível de liquidez bastante elevado, da ordem de mais de 20 bilhões de dólares em caixa, e que continuará a fazer isso.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Presidente francês ordena "intensificação" de ataques contra o EI na Síria e no Iraque

Presidente francês ordena "intensificação" de ataques contra o EI na Síria e no Iraque
Do UOL, em São Paulo 19/11/2015

Stephane de Sakutin/AP

O presidente francês, François Hollande, ordenou a "intensificação" dos ataques contra o grupo EI (Estado Islâmico) na Síria e no Iraque, anunciou a presidência francesa nesta quinta-feira (19) à noite, seis dias após os ataques em Paris, reivindicados pelo EI, que mataram 129 pessoas.

O chefe de Estado deu ao governo "as instruções pertinentes" para esse fim, segundo um comunicado oficial divulgado ao término de um encontro, do qual participaram também o primeiro-ministro, Manuel Valls, e os titulares das pastas de Defesa, Jean-Yves Le Drian, Interior, Bernard Cazeneuve, e Relações Exteriores, Laurent Fabius.

A ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos informou ontem que nos bombardeios de aviões franceses na cidade de Raqqa, efetuados nos três dias anteriores, pelo menos 33 combatentes da organização terrorista morreram.

O objetivo desta nova reunião do governo francês, segundo o Palácio do Eliseu, era fazer um balanço sobre as operações realizadas até o momento para capturar os responsáveis e seus cúmplices dos atentados de 13 de novembro em Paris.

O conselho examinou "todas as medidas destinadas a reforçar a proteção" dos franceses no país e debateu também "as modalidades do tratamento diplomático" da situação na Síria, segundo a nota.

Rússia
O Exército russo anunciou ter realizado nesta quinta-feira uma terceira série de bombardeios "em massa" contra o Estado Islâmico na Síria, onde Moscou atua desde 30 de setembro.

"Hoje (...) a aviação russa realizou uma terceira série de bombardeios maciços contra grupos armados ilegais em território sírio", declarou o ministério da Defesa em um comunicado.

Entre 13h40 e 14h30 GMT (11h40 e 12h30 de Brasília), um "esquadrão de bombardeiros estratégicos de longo alcance Tu-22 realizou um ataque concentrado em 6 alvos nas províncias de Raqqa (nordeste) e Deir Ezzor (leste)", incluindo contra refinarias de petróleo utilizadas pelos "terroristas", um armazém de munições e uma oficina de fabricação de morteiros, informa o comunicado.

Todos os alvos dos ataques realizados foram destruídos, indicou a fonte. O EI controla a maioria dos campos de petróleo na Síria, especialmente na província de Deir Ezzor.

Além disso, entre 6h e 6h20 GMT, bombardeiros estratégicos Tu-95 lançaram a partir do espaço aéreo russo 12 mísseis de cruzeiro contra alvos do EI nas províncias sírias de Aleppo (noroeste) e Idleb (noroeste), segundo o comunicado.

Desde 30 de setembro, a Rússia realiza ataques aéreos diários contra alvos "terroristas" para apoiar as operações militares do regime de Damasco, do qual é aliado.

Na terça-feira, Moscou anunciou a primeira série de bombardeios maciços contra posições do EI na Síria, depois de admitir que a queda de um avião russo em 31 de outubro no Sinai egípcio, que fez 224 mortos, foi de fato devido a um ataque reivindicado pelo EI.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Mulher-bomba instaura nova era de jihad feminina na França


Mulher-bomba instaura nova era de jihad feminina na França
AFP Em Paris 18/11/2015

Joel Saget/AFP
Polícia forense recolhe material onde foi realizada operação policial contra suspeitos de terrorismo em Saint-Denis
Polícia forense recolhe material onde foi realizada operação policial contra suspeitos de terrorismo em Saint-Denis
Ao detonar seu cinturão de explosivos para não ser capturada, a mulher que morreu nesta quarta-feira em ação policial em Saint-Denis instaurou uma nova era na França e se somou a uma longa lista de mulheres-bomba.

Ao amanhecer, quando os policiais derrubaram a porta do apartamento ao norte de Paris em que se encontrava com quatro homens, a jovem optou por se explodir.

"Este caso é, sobretudo, uma prova de determinação", explica à AFP Fatima Lahnait, pesquisadora e autora do relatório "Mulheres-bomba, a jihad no feminino".

"O doutrinamento e recrutamento são tais que ela preferiu morrer antes de ser detida. Fazendo isso, contribuiu para a luta. O sexo pouco importa, mas o fato de ser mulher seguramente multiplicará o impacto de seu ato na sociedade", afirma.

Embora nos últimos anos várias mulheres tenham alcançado as "terras da jihad", na Síria e no Iraque, são poucas as que optam pelo martírio. Entre elas, Muriel Degaugue, uma jovem belga convertida ao islã que se explodiu em novembro de 2005 no Iraque durante a passagem de um comboio americano.

"Desejo de morte"
Ao preferir a morte à redenção, suicida de Saint-Denis não tentou - ao contrário dos que se detonaram na noite de sexta-feira em Paris, deixando ao menos 129 mortes - perpetrar um atentado suicida contra eventuais passantes.

"A participação de mulheres em atos devastadores de assassinato e dor sempre provocou uma mescla de estupefação, repugnância e interesse público", escreveu Lahnait. "Como compreender o desejo de morte destas mulheres que aspiram a morrer, mas também a matar?", prossegue.

"A religião muçulmana condena formalmente o suicídio", acrescentou. "Mas isso vem sido frequentemente ignorado, especialmente por libaneses, palestinos, Al-Qaeda e chechenos", explicou.

Em 1985, uma libanesa de apenas 16 anos, Sana Jyadali, lançou seu carro carregado de explosivos contra um comboio israelense, matando dois soldados. Foi a primeira de uma larga lista de mulheres candidatas ao martírio em seu país. O mesmo já aconteceu em Israel, Turquia, Índia, Paquistão, Uzbequistão, Chechênia e Iraque.

A partir desta data até 2006, "mais de 220 mulheres-bomba se sacrificaram, o que representa quase 15% do número total contabilizado", indicou a investigadora em seu informe.

Inclusive meninas
Entre elas figura a iraquiana Sajida al-Rashawi, que tentou se explodir entre os convidados de um casamento palestino em um grande hotel de Amã, a capital jordana. Os chefes da Al-Qaeda, que a consideraram uma heroína, pediram por sua liberdade. Após a morte do piloto jordano Moaz al-Kasasbeh, queimado vivo em uma jaula pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI), foi enforcada em fevereiro passado.

Atualmente é outro grupo jihadista, o nigeriano Boko Haram, o que mais recorre às mulheres-bomba, chegando a enviar meninas à morte, entre as quais a mais jovem teria 7 anos. Nestes casos, frequentemente os chefes têm o controle da exploração da carga que transportam, que ativam à distância mediante telefones móveis.

"Em Maiduguri" (grande cidade do norte da Nigéria), "os atentados suicidas são cotidianos", disse à AFP Marc-Antoine Pérouse de Montclos, investigador do Instituto de Investigação para o Desenvolvimento (IRD). "São especialmente mulheres e meninas que vêm após a morte de seus maridos e pais, abatidos em confrontos com o exército nigeriano", explica.

A vingança pela perda de um parente também tem sido o motivo das suicidas chechenas, as famosas "viúvas negras", que provocaram dezenas de vítimas mortais.

Enquanto ímãs dos grupos jihadistas prometem aos candidatos ao martírio as maravilhas do paraíso, especialmente as famosas 72 virgens, não há nada disso para as mulheres-bomba: "O que podem lhes prometer é o reencontro, no paraíso, com um ente querido, um marido desaparecido, por exemplo", precisa Fatima Lahnait.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Comissão do Congresso autoriza déficit primário do governo de até R$117 bi em 2015

Comissão do Congresso autoriza déficit primário do governo de até R$117 bi em 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão Mista de Orçamento (CMO) deu carta branca nesta terça-feira para o governo registrar rombo primário de até 117 bilhões de reais em 2015 que, se confirmado, será o segundo déficit seguido do setor público, impactado pelo pagamento de pedaladas fiscais e pela queda na arrecadação em meio à fraca atividade econômica.

Após reunião marcada por questionamentos da oposição, a CMO aprovou projeto de lei que altera a meta de superávit primário do setor público consolidado --economia para pagamento de juros da dívida pública-- para déficit de no mínimo 48,9 bilhões de reais e no máximo de 117 bilhões de reais no ano.

No pior dos cenários, o resultado será afetado pelo pagamento de até 57 bilhões de reais das chamadas pedaladas fiscais e pela frustração de receitas de 11,1 bilhões de reais com leilão de hidrelétricas.

O projeto de lei ainda precisará ser aprovado em sessão plenária no Congresso. Segundo a presidente da CMO, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), o governo pediu que a matéria entrasse na pauta da sessão conjunta marcada para esta terça-feira.

Mas ela mesma disse ser contra a votação imediata de um projeto recém-aprovado pela comissão. Por isso, completou ela, o texto deverá ser apreciado pelo Legislativo na próxima quinta ou na terça-feira da semana que vem, se houver consenso entre os líderes para tanto.

Antes da votação ser aberta, parlamentares da oposição criticaram veementemente a revisão de contas proposta pelo governo, chamando o orçamento inicialmente previsto pelo governo de "peça fictícia", "lambança" e "conta de padaria".

Este será o segundo ano consecutivo que o Brasil registrará déficit primário, ou seja, gastos maiores do que as receitas, após saldo negativo de 32,5 bilhões de reais em 2014, o primeiro em mais de dez anos.

Em julho, o governo já havia proposto expressiva redução da meta de superávit primário em 2015 para 8,7 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante a meta inicial de 66,3 bilhões de reais, ou 1,1 por cento do PIB.

Para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o governo deve encerrar o ano com a meta de 2015 já alterada pelo Congresso. Na prática, o texto votado pela CMO nesta terça, abrirá espaço para um rombo do setor público de 0,85 por cento a 2,03 por cento do PIB.

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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Rebobinando as Charts: há 40 anos, Donna Summer Estreou LOVE to LOVE you BABY





Rebobinando as Charts: há 40 anos, Donna Summer Estreou

Por Trevor Anderson | 01 novembro de 2015 11:05 EST


Em 1975, se uniu com um pioneiro disco, Summer canalizada Marilyn Monroe e gemeu seu caminho até as paradas com 'Love to Love You Baby ".

ON novembro 1, 1975, Donna Summer, então com 26 anos, entrou discretamente no Billboard 200 no número 190 com seu álbum Love to Love You Baby. Menos de quatro meses depois, o LP alcançou a posição No. 11, em grande parte, a força do, sensual, faixa título ofegante quase 17-longo minuto, que a cantora pontuado com 23 gemidos eróticos, de acordo com a BBC.

A versão do álbum da música - que verão co-escreveu com disco pioneiro Giorgio Moroder e produtor Pete Bellotte - foi muito longo e muito atrevido para muitas estações de rádio, mas o editada ficha 7 polegadas se tornou o primeiro hit do verão na Billboard Hot 100, subindo para No. 2.



Em 2008, o cantor disse Billboard que os vocais eram sugestivos sua idéea: "Eu estava imaginando [que] se Marilyn Monroe cantou a música, isso é o que ela faria."

Nascido LaDonna Gaines, o nativo de Boston mudou-se para Munique, no final dos anos 1960 para estrelar uma produção do musical do cabelo. Lá, ela conheceu Moroder e Bellotte, e "Love to Love You Baby" acendeu uma corrida de visitas para o verão que durou quase uma década.

Ela se distanciou a canção depois de se tornar um cristão nascido de novo em 1979 e parou de se apresentar ao vivo até meados dos anos 2000. Embora ela marcou seu último top 10 Hot 100 single em 1989 ("This Time I Know It é para o Real"), Verão continuou a ter sucesso na Songs Dance Club. Seu último álbum de estúdio, de 2008 Crayons, rendeu três sucessos número 1 do clube.

Verão morreu de câncer de pulmão aos 63 anos em 17 de maio de 2012. Ela é sobrevivido por seu segundo marido, o produtor Bruce Sudano, e as filhas Mimi, Brooklyn e Amanda.

Uma versão deste artigo apareceu pela primeira vez na novembro 7 questão de Billboard revista.

A moda no Brasil Anos 20




a moda propriamente dita se restringe às camadas mais altas da sociedade. Pode-se ver então a dicotomia entre as roupas de Gabriela, de pouca variedade e confeccionadas em tecido barato, e as das senhoras da sociedade bahiana que, embora conservadoras, mostravam influência da cultura europeia, sobretudo a francesa, sendo Paris o centro de referência de moda.

Após um período de austeridade vivido durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Europa se viu diante de uma nova forma de pensamento, na qual a noção de modernidade veio substituir valores tradicionais. Como acontece em todo período de turbulência, a guerra se refletiu também na mudança de vestuário feminino que, diante da escassez de materiais e de novas funções assumidas pelas mulheres, teve de se adaptar à nova ordem. Assim, os vestidos encurtaram, as cinturas foram liberadas dos espartilhos e as formas se tornaram mais retas, criando um modelo que seria chamado de tubular dress, e que permaneceria no período de pós-guerra. Além disso, contribuíram também para a efervescência cultural do pós-guerra o trabalho de estilistas como Coco Chanel, Madeleine Vionnet, Paul Poiret e Jeanne Lanvin, que, apesar de estilos diversos, demonstravam vontade de quebrar paradigmas em relação à forma feminina e influência art déco em suas criações. O art déco foi um movimento decorativo apresentado ao público na Exposição Internacional de Artes Decorativas de Paris, em 1925, e combinava o uso de formas geométricas e cores contrastantes, sobretudo nos acessórios femininos como bolsas, joias e cigarreiras.

No início do século, observa-se também a emergência de uma nova classe cuja preocupação com a aparência a torna uma referência estética: a classe artística feminina, personificada pelas figuras de Josephine Bakek e Gloria Swanson. Presentes em cabarés e teatros, tais mulheres suscitavam um sentimento ambíguo de admiração, inveja e repúdio, mas se tornaram igualmente uma fonte da moda que transpira modernidade. Em Gabriela, a classe artística é representada pelas mulheres do cabaré Bataclan, local onde prevalece o uso de vestidos de noite confeccionados em cetim, tule ou crepe georgette (o tecido favorito de Vionnet) com rendas, franjas, bordados e pedrarias. Como acessórios, meias de seda, cigarreiras e piteiras. No rosto, a maquiagem é feita com pó-de-arroz, ruge, batom, sombra escura e sobrancelhas depiladas. O cabelo é curto, arrumado com gomalina e enfeitado com plumas de avestruz.

No Brasil, a Semana de Arte Moderna de 1922, sob influência das vanguardas europeias, balançou a estrutura de pensamento, trazendo a modernidade para a esfera cultural. Os centros urbanos seguiam a moda parisiense, cuja influência se traduzia nas roupas e nos costumes: o encurtamento dos vestidos, a androginia, os cabelos à la garçonne, os chapéus cloche e, sobretudo, o sopro de um sentimento de emancipação feminina. As mulheres se abasteciam nas casas de fazendas e nos armarinhos, que anunciavam “a última moda de Paris”. Revistas de moda circulavam através de assinaturas, e viagens eram também uma ampla forma de intercâmbio de ideias e de referências. Em Gabriela, a dicotomia entre novo e velho, moderno e tradição, é representada pela jovem Malvina (Vanessa Giacomo) e sua mãe Marialva (Bel Kutner). Marialva, ainda que faça uso de vestidos soltos até o joelho, como manda a época, apresenta um visual austero, sinalizado através de cores neutras e apagadas, confeccionados com tecidos mais pesados, como o linho. Conservadora e submissa ao marido, Marialva é o oposto de sua filha Malvina, cujo pensamento crítico e liberal se traduz no uso de um penteado na altura do queixo, com franja, e de vestidos curtos e leves, com cintura baixa marcada e cores alegres.

A atmosfera dos anos 20, em Gabriela, é insinuada nos detalhes, o que fornece um charme extra à novela. Objetos art nouveau, estilo decorativo do final do século 19 ainda em voga, podem ser vistos, como pano de fundo, na decoração da casa de Marialva e Malvina. Da mesma forma, o vestido usado por uma menina recém-chegada ao Bataclan parece inspirado nas criações da estilista francesa Jeanne Lanvin, conhecida na época por seus vestidos de noite em tecido fino de várias camadas, com aplicações de flores e pérolas coloridas.


James Laver. A roupa e a moda, uma história concisa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
Maria Rita Moutinho. A moda no século XX. Rio de Janeiro: Senac, 2000.
Silvana Gontijo. 80 anos de moda no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1987.
Stella Moutinho. Dicionário de artes decorativas & decoração de interiores. Rio de Janeiro: Lexicon, 2011.

9º Ano B Musica popular Brasileira nos Anos 20





Pixinguinha grande nome da musica popular brasileira nos anos 20.

No Brasil, o choro havia deixado de ser somente instrumental para também ser cantado. Influenciado pelo maxixe e pelo samba, passa a ser tocado em ritmo mais veloz e alegra; surge, então, o chorinho, ou samba-choro, estilo que se espalhou pelos salões de dança cariocas. Um dos fundadores do gênero foi o compositor Pixinguinha, que ao receber o convite para tocar na sala de espera do cinema Palais montou o conjunto Os Oito Batutas. Sucesso absoluto na acirrada concorrência da sala do Odeon, onde Ernesto Nazaré se apresentava no piano, o grupo embarcou, em 1922, para uma temporada no cabaré Scherazade, em Paris. O brilhantismo da flauta de Pixinguinha consagrou-o como o primeiro divulgador da autêntica música popular.
Em 1922, ano da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, que os Oito Batutas ganharam o mundo. Em janeiro de 22, eles foram para Europa como o primeiro regional brasileiro a sair do país para uma excursão. Foram para ficar 30 dias e ficaram seis meses. Tocaram só música brasileira para os nobres europeus. Só voltaram por saudades do Brasil e para não perder as comemorações do Centenário da Independência.
Foi também na década 20, durante algumas apresentações em São Paulo, que Pixinguinha conheceu Mário de Andrade, uma das maiores personalidades da Semana de Arte de 22. Mário queria conversar com alguém que lhe contasse coisas da macumba, de maneira que pudesse sintetizar a cerimônia colocando as diversas formas como se apresentava no país. O resultado desse encontro está no sétimo capítulo de Macunaíma, onde "negrão filho de Ogum, bexiguento e fadista de profissão" do texto, não é outro senão Pixinguinha.

Alfredo da Rocha Vianna Jr. (1897 - 1973), o Pixinguinha, é o pai da música brasileira. Normalmente reconhecido "apenas" por ser um flautista virtuoso e um Foto Pixinguinhacompositor genial, costuma-se desprezar seu lado de maestro e arranjador. Pixinguinha criou o que hoje são as bases da música brasileira. Misturou a então incipiente música de Ernesto Nazareh , Chiquinha Gonzaga e dos primeiros chorões com ritmos africanos, estilos europeus e a música negra americana, fazendo surgir um estilo genuínamente brasileiro. Arrajou os principais sucessos da então chamada época de ouro da música popular brasileira, orquestrando de marchas de carnaval a choros.

Foi o primeiro maestro-arranjador contratado por uma gravadora no Brasil. Era um músico profissional quando boa parte dos mais importantes músicos eram amadores (os principais chorões eram funcionários públicos e faziam música nos horários de lazer). Pixinguinha foi antes de tudo um pesquisador de música, sempre inovando e inserindo novos elementos na música brasileira. Foi muitas vezes incompreendido, e apenas anos mais tarde passavam a dar o devido valor a suas invenções.

9º ANO B O MOVIMENTO FEMINISTA NO BRASIL ANOS 20



A partir do século XX, com a crescente industrialização do país, que a mulher passou a adentrar o mercado de trabalho como operárias, enfermeiras, secretárias e professoras. Além da inferioridade física em relação aos homens, havia a terrível diferença de salários e o constante assédio sexual, situações resolvidas a pouquíssimo tempo, lá pelos idos da década de 80.
Mas é lá na década de 20 que surgem as anarco-feministas, que propunham a emancipação da mulher em todos os planos de vida social, seja na fábrica ou no lar. Elas lutavam pela instrução da classe operária e, principalmente da mulher, pois viam nela o veículo de formação do novo homem e, por conseqüência, da nova sociedade libertária. Todavia, elas não acreditavam na representatividade feminina e repeliam a idéia do voto para a mulher.

BERTHA LUTZ

A bióloga Bertha Lutz foi uma das pioneiras do movimento feminista no Brasil, responsável direta pela articulação política que resultou nas leis que deram direito de voto às mulheres e igualdade de direitos políticos nos anos 20 e 30. Filha do importante sanitarista Adolfo Lutz, Bertha nasceu em 1894 e foi educada na Europa. Voltou ao Brasil em 1918, formada em ciências naturais pela Sorbonne para então trabalhar no Museu Nacional. Foi a segunda mulher a ingressar no serviço público brasileiro. Bertha conheceu os movimentos feministas da Europa e dos Estados Unidos nas primeiras décadas do século e foi responsável pela organização do movimento sufragista no Brasil. Com sua militância científica e política, lançou as bases do feminismo no país. Criou, em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, o embrião da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (1922). Representou o Brasil na assembleia geral da Liga das Mulheres Eleitoras, nos Estados Unidos, onde foi eleita vice-presidente da Sociedade Pan-Americana. Após a Revolução de 1930, o movimento sufragista conseguiu a grande vitória, por meio do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932, do presidente Getúlio Vargas, que garantiu o direito de voto feminino no País.

domingo, 8 de novembro de 2015

JEEP RENEGADE É O CARRO DO ANO 2016






JEEP RENEGADE É O CARRO DO ANO 2016

SUV foi o grande vencedor da principal premiação da indústria automotiva brasileira
por REDAÇÃO AUTOESPORTE

04/11/2015

Jeep Renegade Trailhawk (Foto: Marcos Camargo)

JEEP RENEGADE TRAILHAWK (FOTO: MARCOS CAMARGO)
O Jeep Renegade foi o grande vencedor do prêmio Carro do Ano 2016, entregue na noite de hoje (04) em evento realizado na Vila Vérico, em São Paulo. O SUV foi eleito por um juri de jornalistas de todo o país a partir de uma lista de cinco finalistas, que também contava com Audi A3 Sedan, Ford Focus, Honda HR-V e Peugeot 2008.
Primeiro modelo a sair do novo complexo industrial erguido pelo grupo FCA Fiat Chrsyler em Goiana, em Pernambuco, o Renegade chegou ao mercado para disputar a liderança do segmento de SUVs compactos com veterano Ford Ecosport e com o novato Honda HR-V, que também chegou este para disputar o título do Carro do Ano 2016. Mas o Jeep acabou levando o troféu na soma dos pontos.
Novo Volvo XC90

NOVO VOLVO XC90

VOLVO XC90 É O CARRO PREMIUM DO ANO 2016
O troféu de Carro Premium do Ano, voltado para os principais lançamentos do ano na faixa acima de R$ 100 mil foi para o Volvo XC90. O modelo concorreu com Audi TT, Citroën C4 Picasso, Jaguar XE e Land Rover Discovery Sport. O Volvo, no entanto, acabou levando a melhor, apesar da disputa acirrada com o Land Rover.
Renault Duster Oroch
RENAULT DUSTER OROCH É A PICAPE DO ANO 2016
O prêmio de Picape do Ano ficou com a Renault Duster Oroch, que foi a única concorrente na categoria, por ser o único produto realmente novo lançado durante o ano. O modelo começa a chegar às lojas este mês com a proposta de ser uma terceira via entre as picapes pequenas e grandes.

Volkswagen up! TSI

VOLKSWAGEN UP! TSI

1.0 TSI FLEX DA VOLKSWAGEN É O MOTOR DO ANO ATÉ 2.0 2016
O motor 1.0 TSI da Volkswagen foi premiado como o Motor do Ano até 2.0. O  três cilindros turbinado que estreou sob o capô do up! foi escolhido de uma lista de finalistas que também contava com 1.4 TSI flex da Audi, 2.0 MultiJet da Jeep, 1.0 Flex da Nissan e 1.0 Drive-E da Volvo.

Audi A6 2015


3.0 V6 TFSI DA AUDI LEVA O PRÊMIO DE MOTOR DO ANO ACIMA DE 2.0
Na categoria Motor do Ano Acima de 2.0, o prêmio foi para o 3.0 V6 da Audi, usado nos modelos A6 e A7, que foram reestilizados este ano. O propulsor concorreu pelo troféu com o 3.3 V6 da Kia, presente no novo Sorento e Kia Carnival.

http://revistaautoesporte.globo.com/



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Roberta Flack - Feel Like Making Love/ Uma das vozes mais belas dos Anos 70 Roberta Flack





ROBERTA FLACK LYRICS
Send "Feel Like Makin' Lo…" Ringtone to your Mobile
"Feel Like Makin' Love"

Strollin' in the park
Watchin' winter turn to spring
Walkin' in the dark
Seein' lovers do their thing

Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
That's the time
I feel like makin' dreams come true, oh Baby

When you talk to me
When you're moanin' sweet and low
When you're touchin' me
And my feelin's start to show

Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
That's the time
I feel like makin' dreams come true, oh Baby

In a restaurant
holdin' hands by candlelight
While I'm touchin' you
Wanting you with all my might

Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you
That's the time
I feel like makin' dreams come true, oh Baby

Strollin' in the park
Watchin' winter turn to spring
Walkin' in the dark
Seein' lovers do their thing

Oo-oo-ooh
That's the time
I feel like makin' love to you


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Governo entrega defesa sobre contas de 2014 ao Congresso e insiste que não houve irregularidade

quarta-feira, 4 de novembro de 2015
 Presidente Dilma Rousseff durante evento com ministro Jaques Wagner em Brasília. 22/10/2015.  REUTERS/Adriano Machado

BRASÍLIA (Reuters) - O governo da presidente Dilma Rousseff entregou ao Congresso Nacional nesta quarta-feira sua defesa sobre as contas de 2014 rejeitadas pelo TCU, agora em análise no Legislativo, insistindo na tese de que não cometeu irregularidades e que não há elementos para sua reprovação.

Os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, entregaram documento ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), reiterando razões já apresentadas ao Tribunal de Contas da União (TCU) quando analisou as contas do governo e acrescentando “contradições” na interpretação do órgão.

“O governo tem a segurança de que aquilo que foi feito (em relação à contas) vinha respeitando aquilo que eram as orientações e vai sustentar essa posição”, disse Wagner a jornalistas ao deixar o gabinete da Presidência do Senado.

“Óbvio que eu tenho a expectativa de que a nossas razões sejam acolhidas e que as contas da presidente Dilma sejam aprovadas”, afirmou.

A peça, de acordo com o advogado-geral, traz as recomendações feitas pelo tribunal em sua decisão sobre as contas de 2014 e argumenta que a presidente Dilma já adotou “travas” e “regras de contenção” para melhorar a “mecânica” e a transparência de operações questionadas pelo TCU – principalmente as chamadas “pedaladas”, como ficaram conhecidos atrasos em repasses a bancos públicos por parte da União.

“O debate é: há elementos para rejeitar ou não as contas do governo? Continuamos insistindo que não há”, disse Adams a jornalistas.

Segundo ele, parecer emitido por uma área técnica do TCU contradiz parte da recomendação de rejeição das contas do governo. “Ela contradiz parcialmente a questão da apuração de estatísticas fiscais que é objeto da proposta de reprovação do parecer do Tribunal de Contas”, explicou.

No início de outubro, o plenário do TCU aprovou parecer recomendando a rejeição das contas do governo de 2014 por considerar, entre outros pontos, que manobras fiscais conhecidas como “pedaladas” foram irregulares. É a primeira vez desde 1937 que o TCU pede a rejeição das contas de um governo, e ocorre justamente em um momento em que a presidente Dilma enfrenta popularidade em níveis recordes de baixa e uma base política dividida.

O governo calculou que o estoque de pedaladas fiscais, no final deste ano, é de 57,013 bilhões de reais, incluindo encargos da dívida, segundo documento enviado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) e obtido pela Reuters nesta quarta-feira. PRAZOS

Em 21 de outubro, Renan havia estabelecido um prazo de 45 dias para a apresentação da defesa, mas o governo se antecipou para tentar “resolver o passivo até o fim do ano”, segundo uma fonte do Planalto. Além disso, integrantes da Comissão Mista de Orçamento (CMO), que analisará as contas do governo antes de encaminhá-la ao plenário, pressionavam pela agilidade no processo, ameaçando atrasar votações de propostas prioritárias do governo.

Para o presidente do Congresso, o “gesto do governo de antecipar o prazo do contraditório é bom, porque colabora no resultado final”.

Presente quando a defesa do governo foi entregue, a presidente da CMO, Rose de Freitas (PMDB-ES), saiu do gabinete de Renan garantindo que o documento seria despachado ainda nesta quarta para a comissão. A senadora alimenta a expectativa de votar as contas no plenário do Congresso em 17 de dezembro.

O tempo é curto e ainda há um longo trâmite: as contas precisam ser avaliadas na CMO seguindo um rito que pode levar até 77 dias. Rose sustenta, no entanto, que o prazo pode ser encurtado a depender do relator, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que já vinha estudando o tema.

(Por Maria Carolina Marcello; Reportagem adicional de Leonardo Goy)

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Fatos marcantes das Décadas de 1920





PROCESSO POLÍTICO NA DÉCADA DE 1920

A partir da década de 20, expansão da classe média urbana –> fim da República Oligárquica e início da República Liberal. Demandas:
educação
voto secreto
jurtiça eleitoral
Ajustes entre oligarquias apareceram na sucessão de Epitácio Pessoa. Borges de Medeiros denuncia política do café-com-leite. Pernambuco, Rio de Janeiro e mais 6 estados apresentam condidatura do Nilo Peçanha.
Aparece a insatisfação militar…
Tenentismo
Em 1921, o Clube Militar é fechado com base na lei que proibia associações nocivas à sociedade. Evento das cartas falsas procura indispor Artur Bernardes e Forças Armadas. Em 1922, governo manda prender Hermes da Fonseca.
Surge o movimento Tenentista.
18 do Forte (1922): Revolta contra a repressão do Clube Militar
Revolta de 1924 de São Paulo: mais bem organizada, para derrubar Artur Bernardes que simbolizada a oligarquia odiosa. Batalharam em São Paulo e tornaram-se a Coluna Paulista que se encontrou com outra Coluna (que vinha do RS com Prestes) e marcharam o Brasil inteiro à pé no que ficou conhecido como a “Coluna Prestes“. Acabaram refugiados na Bolívia.
Revolta do Encouraçado São Paulo (1924)
A Escola Militar da Praia Vermelha havia sido fechada em 1904, pois se revoltava muito. Foi criada a Escola Militar do Realengo que não era Positivista, não se preocupava com a formação do cidadão. Tropas iam treinar na Alemanha (profissionalização).
Política das Salvações (1910) traz o exército de volta, que quer reformar o Brasil pela via autoritária. Eram membros da classe média urbana.
Elites
Artur Bernardes tinha uma relação difícil com militares e governa o tempo inteiro em Estado de Sítio (muito impopular, muito repressivo). Economia também estava em momento complicado pois o governo de Epitácio Pessoa partira para o emissionismo, desvalorizando o câmbio e causando inflação. No meio do governo de Bernardes também, teve que pagar juros novamente conforme negociado no Funding Loan.
Setor cafeeiro sentia-se abandonado, pois o Governo não queria proteger o valor do café. Bernardes decide transferir a defesa para o Estado de São Paulo com o Instituto de Defesa Permanente do Café. O governo paulista faria o controle e as compras no Porto de Santos. Isso acabou com os problemas do café.
Em 1922, dois grupos de uniram e formaram a Aliança Libertadora (união de Chimangos e Maragatos no RGS) para impedir que se reelegesse Borges de Medeiros. Tornou-se o Partido Libertador com o candidato Assis Brasil e foram derrotados. Acusam pleito de fraudulento e começam uma guerra civil. Um ano depois o estado é pacificado com mediação de Artur Bernardes. Borges continua no poder, mas não poderá se reeleger.
Sucessão de Bernardes é tranquila. Assume Washington Luis, com os objetivos de:
estabilizar a moeda
garantir a conversibilidade de todos meios de pagamento
padrão-ouro (não-fiduciária)
Em 1927, Getúlio Vargas (ex-ministro da Fazenda de Washington Luis) se elege no Rio Grande do Sul.
Em 1926, em SP, aparecem pequenos partidos (Liga Nacionalista, Partido Democrático [mais liberal e mais jovem que PRP], Liga da Mocidade). Isso contribui para enfraquecer SP em oposição ao RS que se unira.

Lucimara dos Santos Marques - Nutricionista
lucimarques2003@yahoo.com.br
A História da Saúde Pública no Brasil


A História da Saúde Pública no Brasil

A Saúde Pública no Brasil anos 1920

No Brasil a intervenção estatal nos serviços de saúde vem desde a época colonial, mas somente no período republicano que essa se efetivou.

A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil em 1808 determinou mudanças na administração pública colonial, inclusive na área da saúde.

A cidade do Rio de Janeiro apresentava o principal porto do país e com isso se tornou o centro das ações sanitárias, devido a sua importância econômica, sendo assim ocorreram grandes modificações nesse setor com o intuito de preservar a característica de pólo exportador de mercadorias.

Em 1829, foi criada a Imperial Academia de Medicina, que funcionou como órgão consultivo do imperador D.Pedro I nas questões ligadas à saúde pública nacional, época em que também surge a Junta de Higiene Pública que não apresentou eficácia no cuidado da saúde da população.

Devido ao quadro de fragilidade que apresentavam as medidas sanitárias à população era levada a buscar outros meios para lutar contras as próprias doenças e a morte. Os mais abastados buscavam assistência médica na Europa ou nas clínicas particulares que começaram a surgir no Rio de Janeiro, ao passo que a população menos favorecida buscava a ajuda de curandeiros, que eram os responsáveis pelo tratamento daqueles que tinham pouco dinheiro para arcar com os custos médicos.

A fase imperial da história brasileira encerrou-se sem que o Estado solucionasse os graves problemas de saúde da população, fato este que fez com que o Brasil, ao final do segundo reinado, fosse conhecido como um país insalubre.

A proclamação da República em 1889 sinalizou uma esperança de progresso ao povo brasileiro.

A saúde Pública até o início do século XX estava disponível, a uma parcela pequena da população, poucos tinham acesso aos serviços de saúde. O período de 1900 a 1920 foi caracterizado por um forte desenvolvimento econômico devido à expansão das indústrias cafeeiras e a chegada dos imigrantes. Com isso, eram desenvolvidas apenas ações sanitárias e o controle de endemias e epidemias como a varíola, malária, febre amarela.

Nesse contexto, a medicina tomou sobre si o papel de guia do Estado para assuntos de ordem sanitária, assumindo um comprometimento de garantir a melhoria da saúde individual e coletiva sendo esta iniciativa parte do projeto de modernização e desenvolvimento do país.

Baseados em conceitos oriundos da Europa sobre saúde, o Brasil começou a se voltar para o estudo e a prevenção das doenças e com isso desenvolver outras formas de atuação nos surtos epidêmicos. Sendo assim, desenvolveu-se uma área científica chamada de medicina pública, medicina sanitária, higiene ou somente saúde pública.

A saúde pública era complementada por um núcleo de pesquisa das enfermidades que assolavam a população, qual seja, a epidemiologia, que é caracterizada por ser o ramo da saúde que estuda na população a ocorrência, a freqüência, a distribuição e os fatores determinantes de eventos relacionados com a saúde.

Os governos republicanos despenderam grande incentivo às ações de saúde ocorrendo, devido a isto, uma reorganização dos serviços sanitários. A antiga junta e inspetorias de higiene provinciais foram substituídas pelos serviços sanitários estaduais esses serviços pouco fizeram pela melhoria da saúde popular.

A partir dessas ações é que foi desenvolvido o Modelo sanitarista - campanhista que apresentava como objetivo preservar e manter a mão-de-obra da população. Esse modelo perdurou até a década de 40.

A idéia de que a população constituía capital humano e de que precisava de indivíduos sadios que trabalhassem para o desenvolvimento do país, levou os governos republicanos pela primeira vez na história do Brasil a elaborarem planos de combate às enfermidades que reduziam a produção da população. A participação do Estado tornou-se global, pois não se estendia somente aos períodos acometidos pelos surtos epidêmicos.

O Estado intervinha nas questões relativas à saúde individual e coletiva e com isso foi criada uma “política de saúde”. Contudo, diante de tal política, que não produzia eficácia isolada, foi necessário associar projetos governamentais voltados para outros setores da sociedade como educação, habitação, alimentação, transporte e trabalho. A presença, e a atuação do Estado nessas áreas recebem o nome de política social.

Desde remotas épocas, a política social tem sido o setor menos privilegiado, o regime republicano manteve, mesmo que apenas em boa parte, a política de desigualdade que beneficiava os grupos sociais mais ricos e, conseqüentemente, prejudicando a maioria da população com condições precárias de vida. O trabalhador que se encontrava doente e mal alimentado tem a sua produtividade reduzida, pois não possui forças e condições adequadas para realizar as suas tarefas cotidianas e com isso tornando mais difícil a superação da pobreza.

Para BERTOLLI, a forte intervenção higienista em São Paulo a partir dos últimos anos do século XIX, especialmente na capital e nos portos de Santos, só foi possível porque a rica oligarquia local decidiu destinar grandes verbas para a área da saúde pública. Foram às maiores quantias até hoje investidas na saúde, em relação ao total de recursos anuais aplicados por um estado brasileiro. (2008, p. 17).

Devido ao quadro precário que se encontrava a saúde brasileira, muitos pesquisadores e estudiosos relacionavam a pobreza e a miséria como sendo as grandes causas das doenças. O sucessivo crescimento da população urbana resultou em um aumento do número de pessoas enfermas. O Brasil, devido a esses problemas, estava necessitando urgentemente de intervenção do governo no setor sanitário, posto que saúde e desenvolvimento econômico são ações paralelas, uma depende da outra.

No ano de 1913, o médico-sanitarista Oswaldo Cruz foi convocado pelo governo brasileiro para traçar um plano de ação para erradicação das várias doenças que estavam assolando a população na região da Amazônia, pois está região era de extremo interesse para a economia brasileira. No restante do país, o Estado voltou seu interesse somente para as regiões portuárias como Rio de Janeiro, Santos, Belém, Recife e Salvador.

Como mencionado anteriormente, a cidade do Rio de Janeiro foi a que mais recebeu investimentos em ações médicas, por ser considerada a porta de entrada do Brasil e também o centro exportador das mercadorias oriundas do país. Em um curto espaço de tempo a Capital Nacional ganhou novas reformulações devido aos modernos padrões sanitários e de arquitetura. Como conseqüência dessas mudanças, ocorreu à diminuição dos óbitos que eram causados pelas doenças endêmicas, foi um período de grande progresso à população carioca.

O momento mais tenso do processo de modernização das cidades, inclusive da cidade do Rio de Janeiro, foi à imposição do médico Oswaldo Cruz ao Congresso Nacional para a aprovação de uma lei que tornava obrigatória a vacinação contra a varíola.

O povo brasileiro se mostrou muito arredio ao processo de vacinação, pois a população não era esclarecida sobre a importância dessa intervenção. Foi um período muito tumultuado e de grande violência por parte das autoridades policiais.

Como conseqüência desses atos, foi deflagrada a Revolta da Vacina e inúmeras foram às manifestações contrárias as medidas impostas pelo governo, dando origem a diversos movimentos de oposição. Devido a esses fatos, o governo revogou a obrigatoriedade da vacina, tornando a mesma opcional à população.

A revolta exigiu que o Estado e as ciências médicas buscassem outras formas de relacionamento com o povo, organizando melhor as ações de saúde coletiva.

Essas medidas, em maiores ou menores proporções, foram atingindo as outras capitais estaduais e também as cidades do interior, proporcionando uma diminuição nos índices de mortalidade e morbidade (esse índice indica a incidência de uma determinada doença na população) de doenças que vitimaram grande parte da população urbana e rural por vários anos.

Cabe ressaltar que esse progresso foi significativo para a população mais rica, pois os pobres continuavam vivendo em moradas precárias e com poucas condições sanitárias. No ano de 1918, a gripe espanhola, acometeu o mundo todo inclusive o Brasil, fazendo com que vários políticos e médicos abandonassem os grandes centros urbanos, deixando a população à mercê da própria sorte. Nesse período, foi notificado mais de meio milhão de mortes ocasionadas pela gripe.

Passado o período das oligarquias, a Era Vargas foi de extrema importância no setor da saúde. As políticas sociais foram à justificativa para seu autoritarismo perante a sociedade brasileira.

A institucionalização da saúde pública estava incluída no conjunto de reformas realizadas por Getúlio Vargas desde outubro de 1930, passando a área sanitária a integrar o setor educacional. Com isto, foi formado um Ministério próprio, o Ministério da Educação e da Saúde Pública.

Com a formação do Ministério ocorreu uma grande reformulação dos serviços sanitários do país. As novas mudanças no setor da saúde mostravam o comprometimento do Estado em preservar pelo bem-estar sanitário da população brasileira, isso era uma característica do centralismo da política imposta por Vargas.

“O dever de assistência pública está em assistir o necessitado até que ele recupere a saúde, tenha readquirido as condições físicas que lhe permitam retomar as suas ocupações e ganhar o necessário para o seu sustento. Para isso, o Estado deverá procurar organizações técnicas, dotadas de pessoal competente, numa palavra, prestar a assistência dirigida e não se limitar ao auxílio individua l(...).” (Antonio Carlos Pacheco e Silva. Direito à saúde. São Paulo, s.c .p,1934.p.56. Autor, médico paulista e foi deputado Constituinte de 1934)

A saúde começou a partir do século XX, no início do período da república, a receber mais atenção e, com isso, mais verbas do governo estadual. Começou a se formar um sistema de saúde descentralizado de acordo com as necessidades de cada região.

Nesse tipo de sistema, além do atendimento à população e devido à gravidade e a necessidade, o paciente era encaminhado para internação hospitalar. Em São Paulo a situação era diferente, pois se optou por uma organização centralizadora do serviço de saúde, deixando de lado a agilidade dos atendimentos, focando somente em enfermidades específicas.

No ano de 1923, foi aprovada a Lei Elói Chaves, que criava as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS). Esse órgão é considerado o marco inicial do sistema previdenciário no Brasil.

As CAPS eram financiadas pela União, empregados e empregadores. Ofereciam aos segurados, medicina curativa, medicamentos, aposentadoria por tempo de serviço, velhice e invalidez e pensão para os dependentes. Os beneficiários eram os trabalhadores pertencentes a grandes empresas, como marítimos e ferroviários.

O modelo criado por Elói Chaves foi parcialmente adotado pelo presidente Getúlio Vargas, que na década de 30 o aplicou as diversas categorias profissionais.

No entanto, as caixas de aposentadoria e pensão apresentavam serviços irregulares, possibilitando pouca cobertura aos doentes mais graves.

A partir de 1933, surgiram os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP). Eram instituições que compreendiam os trabalhadores, agrupados de acordo com as atividades que exerciam. (PAULUS e CORDONI, 2006).

Em 1929 ocorre a crise financeira mundial e com isso o país passa por um processo de industrialização. A saúde pública então acaba por perder importância no cenário nacional, oferecendo-se somente assistência médica individual para reprodução e manutenção da força de trabalho.

Educação na Primeira República

Anísio Teixeira

Com a instauração da República (1889), a Educação sofreria mudanças mas sempre sob os princípios adotados pelo novo regime: centralização, formalização e autoritarismo.Segundo Palma Filho[3] durante a Primeira República (1889-1930) foram cinco reformas (Reforma Benjamim Constant, Reforma Epitácio Pessoa, Reforma Rivadávia, Reforma Carlos Maximiliano e Reforma João Luiz Alvez) de âmbito nacional do ensino secundário, preocupadas em implantar um currículo unificado para todo o país. Em 1891, através de Benjamim Constant quando era Ministro da Instrução, Correios e Telégrafos, o Ensino Secundário era visto como meramente preparatório para o Ensino Superior. Entre 1911-1915 vigorou a "Reforma Rivadávia", de iniciativa do Ministro Rivadavia Correa, que afastava da União a responsabilidade pelo Ensino. Nessa época também surgiu o conceito de "Grupo escolar", quando as classes deixaram de reunir alunos de várias idades e passaram a distribuí-los em séries ("ensino seriado"). As décadas de 1920 e 1930 viram surgir o "Escolanovismo", de iniciativa de liberais democraticos, os quais empreendaram reformas educacionais em diversos estados tais como Lourenço Filho (Ceará, 1923) e Anísio Teixeira (Bahia,1925), dentre vários outros. Em 1924 foi fundada a Associação Brasileira de Educação (ABE) que na primeira fase sofrera influência da militância católica mas que a partir de 1932, foi dominada pelos adeptos da Escola Nova[1] .

Efeitos da Crise Econômica de 1929 no Brasil

A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.

O CANGAÇO NO BRASIL

O cangaceiro mais famoso da história, sem dúvidas, foi Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Sua importância para o movimento é tamanha que, por vezes, é chamado de Senhor do Sertão ou Rei do Cangaço. Suas ações são bem mais recentes, junto com seu grupo, atuou nas décadas de 1920 e 1930 em quase todo o nordeste do país. Lampião tinha uma personalidade dúbia. Para as autoridades era um criminoso brutal que precisava ser eliminado. Para a população da região era o símbolo de bravura e de honra.

O cometa Halley

1910   Na madrugada do dia 18 para 19 de maio de 1910, o cometa Halley visitou mais uma vez a Terra.
Em 1910, uma série de notícias a respeito do cianogénio, gás letal presente na cauda do cometa, criou um clima de pânico à escala global.

Porem o que ocasionou tal receio foi decorrente de descobertas científicas sobre a composição química dos cometas. Pela primeira vez, os astronomos identificaram os elementos químicos de um cometa, que incluía componentes venenosos, e esta informação foi divulgada pela imprensa. Houve tentativas de explicar que, mesmo ao aproximar-se mais da Terra — na noite de 18 para 19 de Maio —, o cometa não poderia envenenar. Desenrolou-se a partir daí um conjunto de superstições, especulações e de exploração comercial sobre este cometa.[1]

Das mentes criativas das pessoas na época saíram máscaras para escapar aos gases, comprimidos que prometiam ser um antídoto ao veneno, e até guarda-chuvas para se protegerem. O Halley passou e continuou a sua órbita sem causar danos de qualquer espécie na Terra.[1]