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quarta-feira, 29 de abril de 2015

FMI prevê maior desaceleração em mais de 20 anos, mas elogia ajustes

FMI prevê maior desaceleração em mais de 20 anos, mas elogia ajustes
Do UOL, em São Paulo



O Brasil enfrenta a maior desaceleração econômica em mais de duas décadas, afirma o FMI (Fundo Monetário Internacional) em relatório divulgado nesta quarta-feira (29).

O fundo projeta uma queda de até 1% na economia brasileira neste ano, seguida por uma recuperação em 2016, com crescimento estimado em 1%.

O órgão, no entanto, elogia os ajustes que estão sendo feitos no país, e diz que é preciso continuar com os recentes esforços para conter um aumento da dívida pública e reconquistar a confiança na política econômica.

Elogio aos ajustes do governo
O FMI diz que é inevitável o ajuste das contas públicas brasileiras, mesmo num momento de desaceleração da atividade econômica. O elevado deficit público faz com que o governo tenha pouca opção além de promover um aperto fiscal, diz o FMI, que tem elogiado o programa de ajuste comandado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Na América Latina, as decisões de políticas fiscal atuais não podem levar em conta apenas o que seria desejável de um ponto de vista cíclico, pois é preciso considerar a sustentabilidade da dívida, afirma a instituição.

Baixo investimento e falta de confiança do consumidor
O cenário atual no Brasil é marcado pelo baixo investimento do setor privado e pela queda da confiança do consumidor, diz o FMI.

O aperto da política fiscal do governo e o aumento dos juros também contribuem para a fraqueza da economia no curto prazo, mas essas medidas são fundamentais para conter a alta da dívida pública e reconstruir a confiança do mercado.

Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, o investimento privado continua um importante freio à atividade econômica no Brasil. Para o Fundo, o investimento é afetado por problemas de competitividade existentes há muito tempo, além de piores termos de troca (a relação entre preços de exportação e de importação) e de uma incerteza elevada, devido ao impacto da investigação da Petrobras e ao efeito da seca prolongada sobre a oferta de energia.

"A confiança do consumidor também piorou abruptamente, num quadro de inflação alta, crédito mais apertado e o começo da fraqueza do mercado de trabalho", diz o FMI.

"Do mesmo modo, o realinhamento em curso de preços relativos importantes, como a taxa real de câmbio, deve ajudar a melhorar as perspectivas para o investimento ao longo do tempo."

A análise faz parte do Panorama Econômico Regional para o Hemisfério Ocidental, divulgado nesta quarta-feira. As avaliações sobre o Brasil são muito parecidas com as feitas há duas semanas, durante a reunião de primavera do FMI e do Banco Mundial, realizada em Washington.

(Com Valor)


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Petrobras vai priorizar redução de alavancagem em novo plano de negócios

Petrobras vai priorizar redução de alavancagem em novo plano de negócios

quinta-feira, 23 de abril de 2015

 Petrobras no Rio de Janeiro. 2/2/2015 REUTERS/Sergio Moraes

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A redução do endividamento da Petrobras será prioridade no novo plano de investimento da empresa, a ser divulgado nos próximos 30 dias.

"O grau de alavancagem da companhia é elevado... É desejável e será feito um processo de busca de desalavancagem, com maior eficiência operacional, redução do capex, aumento dos desinvestimentos, priorização em projetos de maior retorno...", afirmou nesta quinta-feira o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, em teleconferência para comentar os resultados de 2014.

A Petrobras encerrou dezembro com endividamento bruto de 351 bilhões de reais, alta de 31 por cento sobre o fim de 2013. A relação entre dívida líquida e Ebitda, um indicador de alavancagem da companhia, subiu para 4,77 vezes, ante 3,52 vezes um ano antes.

O alto grau de alavancagem foi um dos temas mais criticados por analistas após a divulgação dos dados, na noite de quarta-feira.

Segundo o Itaú BBA, presumindo preços de diesel e gasolina estáveis até o encerramento de 2016 e um dólar a 3,4 reais, a alavancagem da Petrobras pode atingir 6,1 vezes até o fim do próximo ano.

Monteiro admitiu, ao comentar o prejuízo de 21,6 bilhões de reais do ano passado, após contabilização de perdas de 6,2 bilhões de reais por corrupção e redução de mais de 44 bilhões de reais o valor de seus ativos, que a dívida da estatal está acima das principais companhias de petróleo, mas ressaltou que essas petroleiras não tiveram a "mesma possibilidade de investimento que se vislumbrou para a Petrobras", como os campos do pré-sal.

O executivo não deu mais detalhes durante a teleconferência sobre como será feita a desalavancagem ou outras métricas do plano.

As ações ordinárias da Petrobras ampliavam a alta em quase 6 por cento na tarde desta quinta-feira, depois de terem caído mais de 6 por cento no começo do dia, com investidores digerindo declarações de executivos da estatal sobre o balanço auditado divulgado na noite da véspera.

As ações preferenciais, que chegaram a cair quase 10 por cento mais cedo, anularam perdas, por volta das 14h50.   INVESTIMENTOS

A Petrobras vai reduzir seus investimentos anuais de forma gradativa até 2016, segundo diretrizes relatadas na véspera.

A previsão da companhia é investir 29 bilhões de dólares neste ano e 25 bilhões de dólares em 2016, enquanto o investimento em 2014 somou 35 bilhões de dólares.

Os executivos da estatal explicaram ainda que a redução de investimento não poderia ser maior porque a empresa vem de um histórico de volumes investidos bastante expressivos, acordados anteriormente.

O plano atual, para o período 2014-2018, prevê investimentos de 220,6 bilhões de dólares, o maior da indústria. O novo programa deve envolver o período de 2015 a 2019.

PRÉ-SAL

A Petrobras, que anunciou um robusto plano de desinvestimentos de cerca de 13 bilhões de dólares, não prevê vender ativos do pré-sal em produção, considerados a prioridade da companhia, disse a diretora de Exploração e Produção da companhia, de Solange Guedes.  Mas a empresa avaliará a possibilidade de desinvestimentos em projetos em início de exploração, que demandarão investimentos crescentes. "Está avaliando desinvestimento sim, para buscar agregar valor", afirmou ela durante a teleconferência.

Executivos da Petrobras destacaram ainda que a carteira de desinvestimentos é "extremamente dinâmica", uma vez que a companhia procura obter o maior valor possível.

Na véspera, a empresa disse que a maior parte do desinvestimento no plano, ou 10 bilhões de dólares, deverá ser realizado em 2016.

A diretora lembrou que a Petrobras está focando a carteira exploratória em ativos de baixo risco, acrescentando que a empresa vai postergar projetos de baixo retorno ou que demandem investimento inicial prolongado.

DECLÍNIO

A diretora de Exploração e Produção afirmou aos analistas e investidores que a estatal parou uma unidade de produção e deve parar outra entre 2015 e 2016 em águas rasas da Bacia de Campos pela inviabilidade econômica.

Observou também que é esperado declínio natural de produção de cerca de 200 mil barris/dia em 2015, e que as metas de crescimento da extração nos próximos anos levam em consideração essa situação.

Na véspera, a petroleira apontou que a produção de óleo e gás, no Brasil e no exterior, deve crescer de 4,76 por cento na média deste ano frente a registrada em 2014, para 2,796 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).  Isso apesar de um impacto maior de paradas programadas de plataformas.

A Petrobras prevê, segundo a diretora, que tais paradas impactarão a produção em 50 mil barris/dia em 2015, ante 30 mil barris/dia em 2014.

DIVIDENDOS

A Petrobras pagará dividendos e juros sobre capital próprio referentes a 2015 se tiver resultados positivos neste ano, "como faz normalmente", afirmou o diretor financeiro da petroleira ao responder pergunta durante a teleconferência.

Por conta do prejuízo bilionário, a companhia anunciou que não pagará dividendos referentes a 2014.

No centro das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a empresa disse na véspera que não pagará dividendos para preservar caixa, mesmo tendo mais de 100 bilhões de reais em reservas de lucros no fim de dezembro.

(Por Roberto Samora e Marta Nogueira)

Descobrimento Do Brasil




Primeiros contatos entre portugueses e índios

História do Descobrimento do Brasil

Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.

Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.

A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela  Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores. Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária (370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha.

Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa. As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa. Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.

Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses. Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.
http://www.historiadobrasil.net/

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Murillo




São João Batista e o "Cordeiro", finais do século XVII.
Madonna
Imaculada Conceição
Murillo

 Murillo
Bartolomé Esteban Perez Murillo (Sevilha, 31 de dezembro de 1618 — Cádiz, 3 de abril de 1682) foi um pintor barroco espanhol.

Biografia
Bartolomé Esteban Murillo é, quiçá, o pintor que melhor define o barroco espanhol. Nasceu em Sevilha, onde passou a maior parte da sua vida. O dia exacto do seu nascimento é-nos desconhecido, mas terá, provavelmente, nascido nos últimos dias do ano, já que foi batizado a 1 de Janeiro de 1618, na Igreja da Madalena. Era costume na Idade Moderna, baptizar as crianças somente alguns dias após o seu nascimento, como tal é normal que os especialistas façam tal afirmação.

O seu pai chamava-se Gaspar Esteban, que era barbeiro. A sua mãe chamava-se Maria Pérez Murillo. Estes e Esteban Murillo integravam uma família muito numerosa, sendo Murillo o filho número catorze. Mesmo assim, a situação económica da família era bastante boa e, como tal, formavam uma família feliz.

Porém, o seu pai morreu em 1627 e a sua mãe, poucos meses mais tarde. Assim, Murillo ficou ao cuidado da sua irmã Ana, que era casada com um barbeiro de nome Juan Agustín de Lagares. As relações entre Murillo e o cunhado eram muito boas.

Murillo iniciou a sua aprendizagem artística com o seu (suposto) tio, Juan del Castillo. Del Castillo não era um artísta de primeira fila, mas, os seus trabalhos eram respeitados no ambiente artístico sevilhano.


São João Batista e o "Cordeiro", finais do século XVII.
Os primeiros quadros de Murillo eram muito influenciados pelo estilo do seu mestre, Del Castillo, como se pode apreciar no quadro A "Virgem do Rosário, com São Domingo".

Em 1645 recebeu a sua primeira encomenda importante: treze quadros para um claustro do Convento de São Francisco, em Sevilha. Nestas obras demonstrou uma notável influência de Van Dyck, Ticiano e Peter Paul Rubens. Foi também neste ano que Murillo casou, a 26 de Fevereiro, com uma jovem sevilhana de 22 anos, Beatriz Cabrera y Villalobos, na famosa Igreja da Madalena. Durante os dezoito anos de duração do matrimónio tiveram uma ampla descendência: um total de nove filhos.

O êxito alcançado com as pinturas no claustro do Convento de São Francisco motivou o aumento do número de encomendas.


Madonna, Rijksmuseum, Amesterdão.
Porém, em 1649 a peste assolou Sevilha, tendo morrido quatro dos filhos de Esteban Murillo. Mesmo assim, as encomendas continuaram a bom ritmo.

Em 1658 Murillo mudou-se para Madrid, onde tomou contacto co a pintura flamenga e veneziana e, para além disso, conheceu Velázquez, Francisco de Zurbarán, Alonso Cano, entre outros artistas madrilhenos. Mas, no final do mesmo ano, voltou para a sua cidade natal.

As encomendas continuram e o reconhecimento aumentou. Tal contribuiu para que Murillo pudesse desfrutar de uma economia, complementada com as propriedades de Murillo e da sua mulher e com uma escrava.

1660 foi um ano de grande importância parao pintor, tendo fundo a Academia de Desenho de Sevilha, em parceria com Francisco de Herrera el Mozo. Porém, três anos mais tarde, a sua mulher Beatriz faleceu devido ao seu último parto.

Em 1665, teve início o seu período mais produtivo, ou seja, o período em que recebeu mais encomendas. Neste ano, a fama alcançada por Murillo estendeu-se por todo o país, chegando à corte madrilhena, onde, segundo Palomino, o próprio rei Carlos II invitou Murillo a estabelecer-se em Madrid.

Em 1681 mudou-se para a paróquia de Santa Cruz, onde recebe a sua última encomenda: vários retábulos da igreja do Convento de Santa Catalina de Cádiz. Quando trabalhava nesta encomenda, sofreu uma grave queda, que resultou na sua morte, alguns meses mais tarde, já no ano de 1682.

Em sua honra, os populares fizeram um enorme funeral. Para se ter ideia da sua fama, o seu caixão foi carregado por dois marquêses e quatro cavaleiros. Mesmo hoje, na actualidade, Murillo continua a ser muito conhecido.

Origem: Wikipédia


terça-feira, 21 de abril de 2015

Caravaggio (1571-1610) Luzes e sombras, na vida e na obra




Flagelação de Cristo,
Ressurreição de Lázaro 1608-1609
A Inspiração de São Mateus c. 1602
A Captura de Cristo, 1602

Caravaggio (1571-1610)

Luzes e sombras, na vida e na obra


Michelangelo, seu primeiro nome, é igual ao de outro mestre. Michelangelo Merisi da Caravaggio nasceu em 1571, e o nome Caravaggio é referente à cidade em que viveu. Por muitos anos acreditou-se que o artista teria nascido nesta cidade, mas hoje muitos historiadores trabalham com a hipótese de sua cidade natal ser Milão. Foi somente em 1576 que a família se mudou para a vila de Caravaggio, com a intenção de fugir da peste que assolava Milão. Conhecido como um artista "tenebrista", cujo estilo de pintar mesclava fundos negros com focos de luz intensa, ficou famoso, também, por seu gênio tempestuoso.

Arte que reflete a vida de seu criador, os quadros de Caravaggio contêm traços dessa existência intensa e turbulenta, apresentando cenas religiosas com violência e crueldade, como em "A Decapitação de São João Batista". O forte contraste entre os fundos escuros (as "trevas") e os personagens banhados por uma luz que incide forte e dramática, típico da técnica do "claro-escuro", é a principal característica das obras do artista, marcadas também por um forte realismo na caracterização dos personagens, suas vestes e objetos que os cercam.

Seu pai morreu quando ele tinha apenas seis anos; a mãe, quando tinha 18. Alguns anos antes, aos 12, o então jovem artista ingressava como aprendiz no estúdio do pintor milanês Simone Peterzano. Após a morte da mãe, Caravaggio herdou parte da propriedade da família. Foi com o dinheiro da venda dessas terras que ele partiu para Roma. Lá, passou a conviver com artistas plásticos e arquitetos vindos de toda a Itália, numa época em que a Contra-Reforma católica incentivava a construção de novas igrejas e os trabalhos de decoração nos templos eram fartos.

Caravaggio teve uma vida curta: não chegou aos 40 anos e viveu a maior parte desse tempo em Roma. Após um período inicial de miséria, quando chegou a fazer pinturas em série para vender nas ruas, passou a trabalhar para o Cardeal Del Monte, clérigo sofisticado e rico, patrono da escola de pintores de Roma, a "Academia de São Lucas". Com um aposento no "palazzo" do Cardeal e uma pensão regular, Caravaggio passou a pintar vários quadros de rapazes com traços femininos, já que Del Monte, secretamente, apreciava jovens desse tipo.

Até fugir de Roma devido a uma briga, Caravaggio realizaria uma série de importantes quadros de temática religiosa, muitas vezes feitos diretamente nas paredes das novas capelas que eram erguidas. Ao recusar-se a pagar uma aposta perdida, o genioso pintor brigou com um certo Ranuccio Tommasoni, que não resistiu aos ferimentos. Começaria então o período final de sua vida, quando viveu em Nápoles, Malta, Siracusa, Messina e Palermo, geralmente fugindo de um lugar para o outro devido a desavenças e perseguições.

Morreu aos 39 anos, a poucos quilômetros de Roma, mas sem ter retornado à cidade, já que não havia conseguido o perdão papal para voltar. O artista Giovanni Baglione, que anos antes o havia processado por ofensa, narrou seus últimos momentos: "Foi colocado numa cama, com febre muito forte, e ali, sem ajuda de Deus ou de amigos, morreu depois de alguns dias, tão miseravelmente quanto viveu".

http://mestres.folha.com.br/






Caravaggio

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Levy diz que renovação do Conselho da Petrobras melhorará governança no Brasil

segunda-feira, 20 de abril de 2015
 Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante evento em São Paulo, em foto de arquivo.   30/03/2015    REUTERS/Paulo Whitaker

(Reuters) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira que há expectativas em relação a uma renovação do Conselho de Administração da Petrobras com mais profissionais do mercado em detrimento de indicações políticas e que isso melhorará a governança no Brasil.

Citando melhoria nos processos de gestão da companhia, ele afirmou que "a governança continuará a ser melhorada lá, assim como a expectativa de ter um novo Conselho que será formado por pessoas do setor privado e que podem dedicar muito mais tempo para supervisionar a companhia".

As declarações foram dadas durante a participação dele em evento da Bloomberg, em Nova York.

Nas últimas semanas, houve relatos na imprensa brasileira de que novos nomes seriam incluídos na lista dos representantes do governo no Conselho da estatal.

No fim de março, o presidente-executivo da mineradora Vale, Murilo Ferreira, foi indicado pela União para a presidência do colegiado. Além dele, foram indicados pela União Aldemir Bendine, Francisco de Albuquerque, Ivan Monteiro, Luiz Navarro, Franklin Quintella e Luciano Coutinho.

Coutinho, Albuquerque, Navarro e Quintella já ocupam assentos no Conselho por indicação do acionista controlador, enquanto Bendine tem presença garantida no colegiado por ser presidente-executivo da estatal.

O único novo nome na lista, portanto, além do presidente da Vale, será o de Monteiro, diretor financeiro da Petrobras, que na prática substitui a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior.

A assembleia geral de acionistas deverá ocorrer em 29 de abril.

Ao falar sobre a Petrobras, Levy acrescentou que a presidente Dilma Rousseff disse anteriormente não ter conhecimento do esquema de pagamento de propinas envolvendo a estatal e que os gestores envolvidos no escândalo serão pessoalmente responsabilizados.  
Questionado sobre se os investidores estariam nervosos com o Brasil após a Polícia Federal revelar esquema de corrupção em contratos da petroleira, Levy disse que respeita essa visão, mas relativizou o assunto.

"Aqueles que têm entendimento mais profundo sabem que o Brasil é um dos países mais transparentes do mundo, um país onde tudo é discutido, onde o governo é responsabilizado por tudo o que faz, onde há eleições regulares e onde as pessoas que cometem transgressões vão para a cadeia."

PROTESTOS POR MENOS GASTO

Durante sua participação, o ministro disse que os recentes protestos de rua mostraram que a população brasileira quer menor gasto público por parte do governo.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento preparam um amplo corte de gasto público no Orçamento da União deste ano a fim de contribuir para o cumprimento da meta de superávit primário de 66,3 bilhões de reais, equivalente a 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

Falando sobre medidas enviadas ao Congresso para alteração no gasto de benefícios trabalhistas e previdenciários, Levy voltou a dizer que as medidas anticíclicas adotadas no ano passado estão exauridas e que o Brasil está agora no caminho correto, após a adoção das ações do ajuste fiscal.

(Por Luciana Otoni e Marcela Ayres)


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sábado, 18 de abril de 2015

El Greco






El Greco
Biografia de El Greco, obras principais, maneirismo, pinturas, estilo artístico, bibliografia




El Greco: um dos grandes representantes do maneirismo

Quem foi

Doménikos Theotokópoulos, mais conhecido artisticamente como El Greco, foi um importante pintor, arquiteto e escultor grego. Nasceu na ilha grega de Creta em 1541 e faleceu na cidade espanhola de Toledo (Espanha) em 17 de abril de 1614. El Greco foi um dos principais representantes do Maneirismo (movimento artístico europeu do século XVI).


Biografia (principais momentos de sua vida)


- Estudou pintura ainda jovem com artistas cretenses, que valorizavam as artes bizantinas.

- Por volta dos 20 anos entrou para uma guilda (associações) de pintores.

- Entre 1567 e 1570 morou na cidade italiana de Veneza, importante centro artístico e cultural do século XVI. Neste período trabalhou no atelier do grande pintor italiano Ticiano.

- Entre 1570 e 1577 morou na cidade de Roma, período em que realizou importantes obras como, por exemplo, Purificação no Templo, Retrato de Giulio Clovio e A Piedade.

- Em 1577 foi morar na cidade espanhola de Toledo. Em 1585 montou um estúdio artístico próprio nesta cidade.

- Entre 1597 e 1607 recebeu várias encomendas, principalmente de instituições religiosas.


Técnicas e estilo artístico:


- El Greco colocou tons dramáticos e expressivos em suas obras de arte;

- Desenhou figuras de forma tortuosa e alongada;

- Juntou tradições artísticas européias e bizantinas;

- Dramatizou suas obras, valorizando os sentimentos e emoções espirituais;

- Uso de técnicas de luminosidade, onde o ponto de origem luminosa fica numa fonte não visualizada pelo observador;

- Supervalorização das cores usadas em suas pinturas.

- Abordagem de temas religiosos, paisagens e retratos.


Principais obras de El Greco:


- A morte da Virgem (1567)
- Adoração dos Magos (1567)
- Retrato de Giorgio Giulio Clovio (1570)
- A Ascensão da Virgem (1579)
- A Santíssima Trindade (1579)
- El Espolio (1579)
- O Enterro do Conde de Orgaz (1588)
- Retrato de Jorge Manuel Theotocopoulos (1605)
- Vista de Toledo (1612)
- A Abertura do Quinto Selo (1614)
- Laocoonte (1614)

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Preso, tesoureiro do PT é apontado como operador de esquema de corrupção na Petrobras

Preso, tesoureiro do PT é apontado como operador de esquema de corrupção na Petrobras
quarta-feira, 15 de abril de 2015
 Tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, em depoimento na CPI da Petrobras.
REUTERS/Ueslei Marcelino

Por Sergio Spagnuolo

CURITIBA (Reuters) - O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso nesta quarta-feira no âmbito da operação Lava Jato, foi apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras, em meio a acusações de delatores e indícios de pagamentos de propina e lavagem de dinheiro, de acordo com investigadores.

Vaccari foi preso em casa na capital paulista, em caráter preventivo, na manhã desta quarta como parte da 12ª etapa da operação Lava Jato, que investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras, empreiteiras e partidos políticos. Ele foi encaminhado à Polícia Federal de Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.

“João Vaccari já vem sendo investigado há muito tempo, já temos indicações de doações para oficiais que escondem operações de lavagem de dinheiro, operações relativas a valores da corrupção na Petrobras, e nós verificamos que ele tem uma trajetória desse tipo de operação desde 2004”, disse o procurador regional da República Carlos Fernando Lima a jornalistas.

Segundo o delegado regional de combate ao crime organizado Igor Romário de Paula, há diversas indicações sobre a atuação dele no esquema. “Vaccari já vem sendo mencionado nas delações de cinco delatores diferentes, (e) há material apreendido contundente demonstrando a responsabilidade dele.”

Os delatores que apontaram para Vaccari são o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, o doleiro Alberto Youssef e os executivos Júlio Camargo e Augusto Mendonça, da Toyo Setal, investigada na Lava Jato.

Além dos depoimentos, também foi identificado um pagamento de mais de 1,5 milhão de reais, feito por Mendonça a pedido de Vaccari, a uma gráfica em São Paulo sem que houvesse prestação de serviço. Há fortes indícios de que o dinheiro tenha sido destinado para propinas, sob orientação de Vaccari, segundo os investigadores.

“O serviço nunca foi prestado da forma como foi contratado, e para a investigação fica claro que foi feito para quitar um pagamento de propina”, disse o delegado da PF.

A Editora Gráfica Atitude, segundo a PF, tem histórico de prestação de serviços para campanhas políticas.  PAPEL DE OPERADOR

O papel de Vaccari no escândalo de corrupção da Petrobras era de operador, atuando junto à diretoria de Serviços da estatal, cujo diretor era Renato Duque, que também está preso, de acordo com os investigadores. “Acho que hoje não há mais dúvida quanto a isso”, disse o delegado Romário de Paula.

O procurador Lima comparou a atuação de Vaccari com a do doleiro Youssef, apontado como um dos maiores operadores do esquema de corrupção na estatal.

“A posição de João Vaccari é muito semelhante à (do doleiro) Alberto Youssef, no sentido de que ele aparece como um operador, um representante de um esquema político partidário dentro da Petrobras”, disse o procurador.

O Ministério Público Federal solicitou à Justiça a quebra de sigilo bancário de Vaccari, segundo a PF.

Vaccari responde a processo relacionado à Lava Jato sob acusação de receber doações para o PT oriundas de propinas pagas por empreiteiras para a obtenção de contratos com a Petrobras. Segundo o MPF, o tesoureiro do PT tinha conhecimento da origem ilícita das doações.

Vaccari e o PT negam as acusações. O partido convocou uma reunião de emergência em São Paulo nesta tarde após a prisão.

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse nesta quarta-feira que a prisão do tesoureiro não aumenta a pressão sobre o governo da presidente Dilma Rousseff e também não justifica a saída dele da Secretaria de Finanças do partido. Em depoimento à CPI da Petrobras na semana passada, Vaccari negou ter tratado das finanças do partido com executivos da Petrobras investigados no caso de corrupção na estatal, além de afirmar mais de uma vez que não cuidou da parte financeira da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Além da atual investigação, pesa contra ele o fato de ser réu em uma ação penal no Estado de São Paulo por crime contra o sistema financeiro e crime de corrupção, na época em que atuava como presidente da Cooperativa dos Bancários de São Paulo (Bancoop).

“A característica de reiteração criminosa dele é bem clara, até em tom de desafio às instituições”, afirmou o delegado da PF. A prisão preventiva do tesoureiro também teve como fundamento prevenir o perigo de ele “se evadir à aplicação de uma condenação”.

FAMILIARES

O caso contra Vaccari também atingiu alguns de seus familiares, como a mulher, Giselda Rose de Lima, a cunhada Marice Rose de Lima e até sua filha.

“São operações fragmentadas, típicas de lavagem de dinheiro para ocultar a origem dos pagamentos, que não foram justificadas e que demonstram enriquecimento provavelmente ilícito”, disse o delegado Romário de Paula.

Giselda, que teve pedido de prisão coercitiva decretado, prestou depoimento em casa e não foi encaminhada para a polícia. Investigadores dizem que ela recebeu depósitos bancários “significativos”, somando mais de 300 mil reais em três anos.

Marice teve mandado de prisão temporária decretado, mas ainda não foi localizada pela PF. Ela já vinha sendo investigada “por operar junto do João Vaccari em operações de doações partidárias ilegais e operações financeiras relativas a Petrobras”, segundo a polícia

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Honda HR-V: a revolução na sua garagem

Morre Eduardo Galeano, autor uruguaio que retratou a desigualdade na América Latina






Morre Eduardo Galeano, autor uruguaio que retratou a desigualdade na América Latina

segunda-feira, 13 de abril de 2015


Por Malena Castaldi

MONTEVIDÉU (Reuters) - O reconhecido autor uruguaio Eduardo Galeano, que em seu livro “As Veias Abertas da América Latina” deu forma às tensões entre os países desenvolvidos e o berço de suas matérias-primas, faleceu nesta segunda-feira em Montevidéu, aos 74 anos.

Incisivo em suas opiniões, radical em seus conceitos, sem pudores para escrever, o escritor, jornalista e editor buscou espaço para a voz dos menos favorecidos, as vítimas políticas dos governos militares e até da natureza. As palavras simples – e um pouco de ironia – eram seu segredo.

“Procuro uma linguagem sem solenidade que permita pensar, sentir e se divertir, nada habitual nos discursos de esquerda”, disse em maio de 2012 ao jornal espanhol El País antes de apresentar seu livro “Os Filhos dos Dias”, que reúne 366 histórias tanto de pessoas anônimas como conhecidas, uma para cada dia do ano.

Galeano, que viveu na capital uruguaia, Montevidéu, até o fim da vida, morreu depois de vários anos de luta contra um câncer de pulmão que deteriorou sua saúde. “Somos um instantezinho, nada mais, na memória do tempo”, declarou ao El País em maio de 2004.

Em sua juventude, antes de escrever sua primeira crítica de cinema, teve vários empregos: “Quis ser jogador de futebol, como todos os uruguaios, mas era um perna de pau terrível. Quis ser pintor, desenhista, muitíssimas coisas, e trabalhei em muitas. Fui operário em uma fábrica, cobrador, desenhista de letras, etc.”

Quando arriscou ser cartunista, colocar-se diante de uma folha em branco era motivo de tensão, porque sentia um abismo entre o que pensava e aquilo que por fim desenhava. “O pânico daquela folha em branco ainda é o mesmo hoje”, confessou tempos atrás.

Mas ele descobriu na escrita sua vocação. “Tudo está nisso. Saio todos os dias com meus ouvidos e olhos bem limpos para ouvir as vozes secretas e descobrir as cores escondidas. Sou um caçador de histórias, um escutador de vozes”, afirmou em 2004.

Apesar de reconhecer sua afinidade com a ideologia de esquerda, desdenhava o rótulo de escritor político: “É algo que rejeito, porque me limita e ameaça me converter em um autor panfletário, às ordens de algum partido ou alguma religião, e isso não tem nada a ver comigo.”   Não obstante, foi difícil evitá-lo após a publicação, em 1971, de “As Veias Abertas da América Latina”, livro que o então presidente da Venezuela Hugo Chávez deu de presente ao norte-americano Barack Obama em 2009.

E o mesmo que levou Galeano ao exílio em 1973, quando os militares deram um golpe de Estado no Uruguai, onde se mantiveram no governo até 1985.

“‘As Veias...' foi um ponto de partida, não de chegada. A partir daí fui desenvolvendo uma linguagem própria. Abracei outros estilos, outros perfis, outros temas da realidade”, explicou em fevereiro de 2013 em uma entrevista ao Colectivo de Escritores Aristóteles de España.

Anos depois de terem sido escritas, suas obras ainda são relevantes. Assim, temas polêmicos ou cotidianos sobre a condição humana e sobre como se vinculam pessoas, países e continentes continuarão latentes, ainda que a pena de Galeano tenha silenciado.

domingo, 12 de abril de 2015

Protestos contra Dilma reúnem ao menos 65 mil em 15 Estados e no DF

Protestos contra Dilma reúnem ao menos 65 mil em 15 Estados e no DF

Do UOL, em Brasília

12/04/2015

Protestos de 12 de abril pelo país
Manifestantes fazem protesto contra o PT (Partido dos Trabalhadores) e para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na orla de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro Leia mais Júlio Cesar Guimarães/UOL
Ao menos 15 Estados e o Distrito Federal têm manifestações contra o governo Dilma Rousseff (PT) e contra a corrupção neste domingo (12). São registrados protestos no DF e nos Estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia, Pará, Maranhão, Amazonas, Alagoas, Goiás, Santa Catarina, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

De acordo com levantamento feito pelo UOL junto às Polícias Militares destes Estados, as manifestações reuniam ao menos 66 mil pessoas por volta das 15h em todo o país.

Em São Paulo, as manifestações começaram primeiro no interior, em cidades como Campinas (10 mil participantes), Ribeirão Preto e São José dos Campos. Na avenida Paulista, na capital, manifestantes já fecharam os dois sentidos da avenida Paulista, região central, por volta das 13h. Nos protestos do dia 15 março, a via foi a que reuniu mais pessoas em todo o país.manifestantes começaram a chegar por volta das 12h30.

Em Brasília, o protesto começou por volta das 9h30. Os manifestantes levam cartazes contra a corrupção na Petrobras e há um grupo pedindo a intervenção das Forças Armadas. Segundo a PM, 25 mil pessoas participaram do ato na Esplanada dos Ministérios. A segurança foi reforçada: de acordo com a PM do Distrito Federal, pelo menos 3.000 homens fizeram a segurança do local. O protesto terminou por volta das 13h30.

Em Belo Horizonte, as manifestações registram a presença de 9.000 pessoas, segundo a PM. A instituição estimou em 6.000 o número de participantes na praça da Liberdade, onde tiveram início o protesto no período da manhã, por volta de 10h, e em 3.000 na praça Rui Barbosa (praça da Estação), onde o movimento terminou por volta de 14h30.

No Rio de Janeiro, as manifestações começaram pela manhã. A PM do Rio disse que não fará estimativas de público do ato na capital fluminense. Um homem que aparentava ter 50 anos ou mais foi retirado à força pela polícia depois de ser hostilizado pelas pessoas que participam do protesto.

Em Curitiba, por volta das 15h, começou a marcha dos manifestantes em Curitiba. Milhares de pessoas se concentraram na praça Santos Andrade e rumavam para a Boca Maldita pelas ruas 15 de Novembro e Marechal Deodoro. O protesto conta com muitas famílias e, até o momento, não registrou nenhum problema. No Estado, há relatos de atos em Foz do Iguaçu e Paranavaí.

Em Porto Alegre, por volta das 15h30, os manifestantes estavam reunidos no parque Moinhos de Vento, o Parcão, antes de iniciarem a caminhada. Conforme a Brigada Militar, já são entre 8.000 e 10 mil pessoas. Não foi registrado nenhum incidente até o momento.

Em Salvador, cerca de 4.000 pessoas, de acordo com a estimativa da PM, realizaram uma passeata pela manhã entre o Farol da barra e o Morro do Cristo. A concentração no Farol começou por volta de 9h, mas os manifestantes iniciaram a caminhada pelo trajeto de 1,5 km por volta de 10h30. Segundo o major Assemany, comandante da 11ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Barra-Graça), não houve registro de ocorrências durante o protesto.

Em São Luís, após 3,5 km de caminhada, o protesto foi encerrado às 12h50. A PM informou que 400 pessoas participaram do ato.

Vestindo amarelo, manifestantes já ocupam o corredor Vera Arruda, na orla de Maceió. Com faixas e cartazes, eles protestam contra a presidente Dilma. O número de manifestantes, até agora, é bem menor que o protesto passado, quando 10 mil pessoas foram às ruas.

Em Belém, o protestou reuniu 5.000 manifestantes, segundo a PM. Eles caminharam pela avenida Presidente Vargas e chegaram à doca Souza Franco. O protesto acabou por volta das 13h na capital paraense.

Em Manaus, o protesto já terminou após manifestantes chegarem à  avenida Djalma Batista, na região centro-sul. A PM informou que 2.300 pessoas participaram da marcha. Os organizadores não souberam informar quantas pessoas aderiram ao movimento contra o governo, mas no início da manhã divulgaram que havia, 1.500 pessoas. O início do protesto teve problemas com a chuva que caiu neste domingo.

Em Santa Catarina, cidades como Chapecó e Balneário Camboriú já tinham manifestações no início da manhã.

Em Goiânia, de acordo com a Polícia Militar e organizadores, cerca de 500 manifestantes se concentravam na praça Tamandaré por volta das 15h30. O local conta com quatro carros de som e um telão. Até o momento, nenhum ato de violência foi registrado.

No Recife, manifestantes já estavam na avenida Boa Viagem, zona sul da capital pernambucana, por volta das 14h30. Um trio elétrico foi contratado pela organização. Pessoas usam faixas e cartazes para protestar. Uma das placas de um manifestante pede a prisão do ex-presidente Lula.

Em Fortaleza, os manifestantes padronizaram um cartaz com os dizeres: "não quero viver em outro país, quero viver em outro Brasil". Outros cartazes distribuídos também dizem "Fora, Dilma, e leve o PT junto". O protesto, marcado para às 15h, tem concentração na praça Portugal, na Aldeota, e reúne menos de 500 pessoas até a hora marcada para o início.

Em Natal, os manifestantes se reúnem no entorno do shopping Midway Mall, na zona leste. Uma faixa de boas-vindas diz que "se você não quer ser roubado, vem pra rua". O protesto, marcado para as 15h, reúne poucos manifestantes.

As fortes chuvas que atingem em Macapá, e alagaram ruas e praças, obrigou a organização a suspender o protesto na cidade, marcado para as 15h (16h de Brasília).

Em 15 de março, centenas de milhares de pessoas foram às ruas do país também para protestar contra a corrupção e alguns grupos também pediram a saída de Dilma, no momento em que ela e o governo enfrentam os piores índices de aprovação desde seu primeiro mandato.

Segundo a pesquisa Datafolha publicada neste sábado, a rejeição a Dilma parou de subir, mas ainda está alta. O levantamento mostrou que 13% dos entrevistados acreditam que Dilma faz um governo bom ou ótimo, mesmo percentual da pequisa anterior, enquanto 60% consideram o governo ruim ou péssimo, 2 pontos abaixo da pesquisa anterior. Ao mesmo tempo, a pesquisa mostrou que 63% dos brasileiros apoiam a abertura de um processo de impeachment contra a presidente..

Se você tem informações sobre os protestos realizados neste domingo (12), envie para o UOL o seu relato em texto, foto ou vídeo via Whatsapp (11) 97500-1925.

Divina Misericórdia. Comemorado no mundo no domingo após a Páscoa. Eis ai um Mar de Misericórdia para todos nós.









Divina Misericórdia.  Comemorado no mundo no domingo após a Páscoa.


Origem: Wikipédia

A primeira imagem/quadro de Jesus Misericordioso mandada pintar por Santa Faustina Kowalska (1934).
Divina Misericórdia 1 é uma devoção religiosa católica de origem polonesa, e cuja divulgação se deve a Santa Faustina Kowalska, que é considerada uma das grandes místicas da Igreja Católica. Em seu Diário, a religiosa relatou ter recebido instruções de Jesus, através de aparições, para que desse a conhecer ao Mundo a Sua Misericórdia. O processo de beatificação desta religiosa se iniciou por iniciativa do, então, Cardeal Arcebispo de Cracóvia, Karol Wojtila, e, posteriormente, foi canonizada pelo mesmo bispo, já enquanto Papa João Paulo II.

Mais tarde, a devoção à Divina Misericórdia foi reforçada pelos apelos feitos por Jesus à famosa mística italiana Mamma Carmela Carabelli.

Elementos da devoção
Segundo os católicos, Jesus Cristo não apenas ensinou à Irmã Faustina Kowalska os pontos fundamentais da confiança e da misericórdia para com os outros, mas também revelou maneiras especiais para vivenciar a resposta à Sua Misericórdia. A isso chamam de devoção à Divina Misericórdia. A palavra "devoção" significa o cumprimento das nossas promessas. É uma entrega da vida ao Senhor, que é a própria Misericórdia. Entregando a vida à Divina Misericórdia - ao próprio Jesus Cristo - a pessoa se torna instrumento da Sua Misericórdia para com os outros, assim podendo vivenciar o mandamento Bíblico:

«Sede misericordiosos como também vosso Pai é misericordioso.» (Lucas 6:36)
Acreditam ainda, que, através da Irmã Faustina Kowalska, Jesus Cristo deu aos fiéis meios especiais de fazer uso da Sua Misericórdia:

a Imagem da Misericórdia Divina;
o Terço da Divina Misericórdia;
a Festa da Divina Misericórdia;
a Novena da Divina Misericórdia;
a Oração das três horas da tarde (em memória da hora da Sua morte).
Esses meios especiais são, segundo os devotos, um acréscimo ao Sacramento da Eucaristia e da Reconciliação que foram dados à Igreja.

Festa da Divina Misericórdia

Santa Faustina Kowalska foi a vidente de Jesus Misericordioso.

Santuário da Divina Misericórdia em Cracóvia, na Polónia.
O Papa João Paulo II, em Maio de 2000, instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o segundo Domingo da Páscoa se passasse a chamar Domigo da Divina Misericórdia. Segundo os católicos, por meio desta apóstola da Misericórdia, a Irmã Faustina Kowalska, Jesus prometeu: "Neste dia, estão abertas as entranhas da minha Misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das penas e culpas. Neste dia, estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim".

Terço da Divina Misericórdia
Ver artigo principal: Terço da Divina Misericórdia
Orações iniciais:
Pai Nosso... Ave Maria... Credo...

Nas contas grandes:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso muito amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo,
em expiação dos nossos pecados e dos pecados de todo o Mundo.

Nas contas pequenas:
Pela Sua dolorosa paixão, tende Misericórdia de nós e de todo o Mundo.

No final de cada dezena:
Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós: eu confio em Vós!

Oração final (reza-se três vezes):
Deus Santo, Deus Forte, Deus imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.

Leituras recomendadas
Faustina Kowalska, Santa; Diário - A Misericórdia Divina na minha alma. Curitiba: Apostolado da Divina Misericórdia.
Faustina Kowalska, Santa; Diário - A Misericórdia Divina na minha alma. Chacim, Macedo de Cavaleiros: Edição dos Marianos da Imaculada Conceição.
Bergadano, Elena; Faustina Kowalska - A Mensageira da Divina Misericórdia. Lisboa: Paulinas Editora.
Laria, Raffaele; Santa Faustina e a Divina Misericórdia. Lisboa: Paulus Editora.
Ver também[editar | editar código-fonte]
As apóstolas da Divina Misericórdia:

Santa Maria Faustina Kowalska
Beata Maria do Divino Coração Droste zu Vischering
Carmela Carabelli
Outros Rosários/Terços:

Terço do Santo Rosário
Terço de São Miguel Arcanjo
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Páginas oficiais dos Santuários da Divina Misericórdia:

Santuário da Divina Misericórdia de Cracóvia | Site oficial (em polonês)
Santuário da Divina Misericórdia de Płock | Site oficial (em polonês)
Páginas de informação (e divulgação) sobre a devoção:

Portal da Divina Misericórdia
A Mensagem da Divina Misericórdia
Referências
Ir para cima ↑ Misericórdia é a virtude que leva à compaixão pelos semelhantes. É a junção de duas palavras em latim: miseratum (compaixão) + cordis (coração). Assim, poder-se-ia entender literalmente misericórdia, como "coração compadecido".
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Tchaikovsky O Mestre da Música Soviética




Piotr Ilitch Tchaikovsky





Origem: Wikipédia

Piotr Ilitch Tchaikovsky (em russo: Loudspeaker.svg? Пётр Ильи́ч Чайко́вский, por vezes, traduzido Pyotr Ilyich Tchaikowsky); (Kamsko-Wotkinski Sawod, actual Tchaikovsky, 7 de maio de 1840 — São Petersburgo, 6 de novembro de 1893) foi um compositor romântico russo que compôs géneros como sinfonias, concertos, óperas, ballets, para música de câmara e obras para coro para liturgias da Igreja Ortodoxa Russa. Algumas das suas obras encontram-se entre as mais populares do repertório erudito. Este foi o primeiro compositor russo a conquistar fama internacional, tendo sido maestro convidado no final da sua carreira pelos Estados Unidos e Europa. Como exemplo pode considerar-se o concerto inaugural do Carnegie Hall de Nova Iorque, em 1891. Tchaikovsky foi honrado em 1884 com uma pensão vitalícia pelo Imperador Alexandre III.

Tchaikovsky foi educado para ter uma carreira como funcionário público. Na sua época as oportunidades para se ter uma carreira musical (na Rússia) eram escassas e não existia um sistema público de educação musical. Quando surgiu a oportunidade, ingressou no Conservatório de São Petersburgo, onde se graduou em 1865.

A sua vida foi preenchida por crises pessoais e depressões. Estas crises advém do facto de a sua mãe ter falecido prematuramente e do colapso da sua relação com a viúva Nadezhda von Meck. A sua homossexualidade foi sempre mantida em segredo. A sua morte prematura aos 53 anos de idade é atribuída à Cólera, mas especula-se um possível suicídio.

Embora não faça parte do chamado Grupo dos Cinco (Mussorgsky, César Cui, Rimsky-Korsakov, Balakirev e Borodin) composto por compositores nacionalistas russos, a sua música tornou-se conhecida e admirada pelo seu carácter distintamente russo, bem como pelas suas ricas harmonias e vivas melodias. As suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas que as de seus compatriotas, uma vez que utilizava elementos internacionais em simultâneo com melodias populares nacionalistas russas. Tchaikovsky, assim como Mozart, é um dos poucos compositores aclamados que se sentia igualmente confortável escrevendo óperas, sinfonias, concertos e obras para piano.
Biografia
A família Tchaikovsy em 1848.
Piotr Ilitch Tchaikovsky nasceu em 07 de maio de 1840 na cidade de Votkinsk, localizada na província de Vyatka. Sua família teve um longo histórico de serviço militar. Seu pai, Ilya Petrovich Tchaikovsky, foi um engenheiro que serviu como tenente-coronel do Departamento de Minas. Sua mãe, Alexandra Andreyevna (nome de solteira - d'Assier), foi a segunda das três mulheres de Ilya. Ambos os pais de Tchaikovsky tiveram educação nas artes e incentivaram o interesse dos filhos na música.

Tchaikovsky teve quatro irmãos(Nikolay, Ippolit, e os gêmeos Anatoly e Modest), uma irmã, Aleksandra e uma meia-irmã Zinayda proveniente do primeiro casamento de seu pai. O compositor era particularmente próximo de Aleksandra e dos gêmeos. Com o correr do tempo Anatoly obteve uma carreira proeminente, enquanto Modest se tornou dramaturgo, libretista e tradutor. Aleksandra se casou com Lev Davydov e teve sete filhos.

Em 1843 a família contratou Fanny Dürbach, uma governanta francesa de 22 anos, para cuidar das crianças e ensinar francês a Nikolai. Tchaikovsky era inicialmente considerado muito novo para começar os estudos, mas sua insistência convenceu a governanta. Dürbach se provou uma excelente professora, com seis anos o compositor já havia se tornado fluente em francês e alemão. Tchaikovsky se tornou muito apegado à Fanny, a afeição que ele recebia da jovem moça serviu como compensação pela indiferença de sua mãe a qual teria sido descrita como fria, infeliz e distante. Outros afirmam que a mãe tinha um carinho muito grande pelo filho. A governanta guardou muitos dos trabalhos de Tchaikovsky da época, o que inclui suas primeiras composições.

Tchaikovsky começou a tocar orgão com cinco anos. Um precoce talento, se tornou capaz de ler partituras tão habilmente como seu professor em três anos. Seus pais o apoiaram inicialmente, contratando um tutor, comprando uma orchestrina, e encorajando seus estudos no piano. No entanto, a família decidiu em 1850 enviar Tchaikovsky para a Escola Imperial de Jurisprudência em São Petersburgo. Essa decisão pode ter tido razões práticas. Seus pais se tornaram insensíveis em relação ao seu dom musical, pois os únicos caminhos para uma carreira nesse ramo na época eram como professor ou como instrumentista em um dos teatros imperiais. Ambos eram considerados parte do mais baixo nível social, sem mais direitos do que camponeses.

Em 1848 a família fixa-se em São Petersburgo, onde o compositor toma as primeiras aulas teóricas musicais com diversos professores particulares, entre eles o maestro Filipov.

Em 1850 os desejos da família eram que fosse advogado. Foi para a Escola de Direito de São Petersburgo onde cursou até 1859, mostrando-se um estudante muito aplicado, e antes mesmo de se formar foi empregado como funcionário do Ministério da Justiça.

O sofrimento de Tchaikovsky ao abandonar a mãe para frequentar o internato causou um trauma emocional que o atormentou por toda a sua vida. A morte de Alexandra Andreyevna por cólera em 1854, o devastou, afetando-o de tal forma que ele não poderia se comunicar com Fanny Dürbach durante dois anos. A perda o levou a fazer sua primeira composição séria, uma valsa em sua memória.

Tchaikovsky em sua adolescência. (1863)
O pai de Tchaikovsky, que também havia contraído cólera, assim que recuperado, o mandou de volta para a escola, esperando que os estudos ocupassem a mente do garoto. Em compensação por suas perdas e isolação, Tchaikovsky fez amizades duradouras com seus colegas de classe incluindo Aleksey Apukhtin e Vladimir Gerard. A música se tornou um unificador. Enquanto não era uma prioridade oficial na Escola de Jurisprudência, Tchaikovsky a manteve como uma atividade de lazer, frequentando, com regularidade, a ópera com outros alunos. Pyotr também continuou seus estudos no piano com Franz Becker, um fabricante de instrumentos que visitava ocasionalmente a escola, entretanto, de acordo com o musicologista David Brown, os resultados foram desprezíveis.

Em 1855, Ilya começou a pagar aulas particulares de piano para Tchaikovsky com o professor Rudolph Kündinger. Quando o professor foi questionado a respeito da carreira musical do garoto, respondeu que nada sugeria um futuro como compositor ou intérprete. Kündinger posteriormente admitiu que seu julgamento foi baseado em sua própria experiência negativa como músico na Rússia.

Disseram a Tchaikovsky para terminar seu curso e depois tentar um posto no Ministério da Justiça. Mesmo tendo colocado este conselho em prática, seu pai continuou receptivo quanto à carreira musical de Pyotr. Ele simplesmente não conhecia o potencial de seu filho e estava inseguro com relação ao seu futuro.

Em 1863 Tchaikovsky decide dedicar-se inteiramente à carreira musical. Opondo-se totalmente às expectativas da família, abdica da carreira jurídica e se matricula no Conservatório de São Petersburgo, onde permanece três anos. É no Conservatório que Tchaikovsky tem contato com as obras dos grandes mestres alemães, bem como com composições de Glinka, Meyerbeer, Schumann e Liszt. Foi aluno de Anton Rubinstein em orquestração, e de Nikolai Zaremba.

Depois de se formar no Conservatório, Tchaikovsky considerou voltar aos serviços públicos devido às suas necessidades financeiras, entretanto, foi-lhe oferecido, em 1866, um cargo de professor de teoria musical no Conservatório de Moscou que foi mantido até 1878. Embora a oferta incluísse um salário de apenas 50 rublos por mês, aceitou-a. Foi nesta época que recebeu a notícia da primeira apresentação pública de um de seus trabalhos, “Danças Características”, conduzida por Johann Strauss II em um concerto no Parque de Pavlovsk em 11 de setembro 1865. Em 1867 foi um dos designados pelo Conservatório de Moscou a receber oficialmente Hector Berlioz em sua viagem à Rússia.

Em 1868 trava contato com o Grupo dos Cinco, movimento nacionalista russo que compartilhava do ideal de criar uma música fundada sobre o folclore nacional, contra a tutela e influência das escolas francesa e italiana. O grupo era formado pelos compositores Mily Balakirev, César Cui, Modest Mussorgski, Aleksandr Borodin e Nikolai Rimsky-Korsakov.

Sua primeira ópera, Voyevoda, baseada em uma peça de Alexander Ostrovsky, foi estreada em 1869. O compositor ficou insatisfeito com a obra e, tendo usado partes dela em trabalhos posteriores, destruiu o manuscrito.

Em 1870 compôs Undina. Apenas alguns trechos da ópera foram apresentados, tendo ela posteriormente sido destruída. Entre esses projetos, Tchaikovsky começou a compor uma ópera chama Mandragora, para um libreto de Sergei Rachinskii; a única música que completou foi um pequeno coro de Flores e Insetos.

A primeira ópera de Tchaikovsky a sobreviver intacta, foi "O Oprichnik", estreada em 1874. O autor da peça propriamente dita, Ivan Lazhechnikov havia morrido em 1869, Pyotr então, decidiu escrever o libreto ele mesmo, modelando sua técnica dramática na de Eugène Scribe.
A última das primeiras óperas, "Vakula, o ferreiro", foi composta na segunda metade de 1874. O libreto baseado em "Véspera de Natal" de Gógol deveria ter sido musicalizado por Alexander Serov, mas com a morte do mesmo, Tchaikovsky assumiu o cargo.
Em 1875 viaja pela Europa e conhece em Paris Saint-Saëns, Franz Liszt, Georges Bizet e Jules Massenet.
Em 1876 Nikolai Rubinstein apresenta o compositor à baronesa Nadyezhda von Meck, que se sente profundamente atraída pela obra de Tchaikovsky. Inicialmente a baronesa o incumbe em algumas transcrições para violino e piano, mas em seguida se converte em mecenas de Tchaikovsky, sob a única condição de comunicarem-se somente por carta. Essa correspondência durou quatorze anos, sem nunca terem se visto. O mecenato resguardou Tchaikovsky de dificuldades financeiras durante esse tempo. (A Sinfonia nº 4 em fá menor, opus 36, é dedicada à baronesa) Nesse mesmo ano de 1876, recebe o encargo de coreógrafo do Teatro Bolshoi de Moscou, onde nasce o ballet O Lago dos Cisnes. O mecenato da baronesa von Meck possibilitava Tchaikovsky dedicar-se exclusivamente a composição, então em 1878 deixa sua cátedra no Conservatório de Moscou.
Em 1880 Nikolai Rubinstein o incumbe de compor uma abertura sinfônica-coral de tema patriótico, prevista para a inauguração da uma exposição em Moscou: nasce a Abertura 1812.
Em 1892 já não conta mais com a ajuda da baronesa von Meck. Sua irmã Alexandra morre. E aos cinquenta anos tem a aparência de um homem muito mais velho.
Em junho de 1893 Tchaikovsky recebe o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Cambridge. Em outubro do mesmo ano sua saúde se agrava profundamente. Em 6 de novembro de 1893 Tchaikovsky morre aos 53 anos, em São Petersburgo.
Sexualidade
Tchaikovsky possuiu claras tendências homossexuais; Alguns dos relacionamentos mais íntimos do compositor foram com homens. Procurou a companhia de outros atraídos pelo mesmo sexo em seu círculo por longos períodos, associando-se abertamente e estabelecendo conexões profissionais com eles.

Tchaikovsky sabia das consequências negativas que o conhecimento público de sua orientação podia trazer, especialmente em sua família. Seu pai ainda esperava que o compositor se casasse (e talvez não soubesse da orientação do filho). Tchaikovsky sempre pareceu incomodado com a própria orientação. Às vezes escrevia com pesar em seu diário: “O que posso fazer para ser normal?”. Era um comportamento que se contrapunha ao do próprio irmão, Modest, que também era gay e viveu de maneira relativamente equilibrada, tendo inclusive um relacionamento de 17 anos com Nikolai Konradi (ou 'Kolia'), um menino surdo e mudo a quem tutelava. Graças à presença deste irmão também homossexual, Tchaikovsky conseguia ao menos ter um confidente.

Mesmo levando-se em conta sua situação, Tchaikovsky não negligenciou as convenções sociais e permaneceu conservador por natureza. Sua vida amorosa continuou complicada. Uma combinação de educação, timidez e profundo compromisso com os parentes o impediu de viver abertamente com um amante masculino. Regularmente procurou encontros anônimos, muitos dos quais relatou a Modest, às vezes, demonstrando remorso. Também tentou ser discreto e ajustar seus gostos às convenções da sociedade russa. No entanto, muitos de seus colegas, especialmente aqueles mais próximos a ele, podem ter conhecido ou adivinhado a sua verdadeira natureza sexual. A decisão de Tchaikovsky em entrar em uma união heterossexual e tentar levar uma vida dupla foi motivada por vários fatores, a possibilidade de exposição, a disposição para agradar seu pai, seu próprio desejo de um lar permanente e seu amor pelas crianças e familiares.

Casamento mal sucedido
Foi durante uma crise de meia-idade, aos 36 anos, que o compositor revelou por carta a Modest, seu irmão e confidente, uma decisão contrária ao seu próprio desejo:
Agora estou passando por um período muito crítico em minha vida. Eu vou entrar em mais detalhes mais tarde, mas por agora vou simplesmente dizer-lhe: eu decidi me casar. É inevitável. Eu tenho que fazer isso não apenas para mim, mas por você, Modest, e por todos aqueles que amo. (...) Como é terrível pensar que aqueles que me amam possam, por vezes, sentir vergonha de mim. Em suma, eu procuro casamento ou algum tipo de envolvimento público com uma mulher, para calar a boca de várias criaturas desprezíveis cujas opiniões não significam nada para mim, mas que estão em posição de causar sofrimento aos que estão perto de mim.
A união de fachada aconteceu na Igreja de São Jorge, em Moscovo, no mês de julho de 1877. Tchaikovsky casou-se com Antonina Milyukova, uma mulher de 28 anos, sua ex-aluna no Conservatório de Música de Moscou. Na verdade, ela o havia conhecido muito antes, quando tinha apenas 16 anos, na casa de amigos. Foi lá que se apaixonou platonicamente por ele, decidindo largar tudo pra estudar música ao seu lado. Anos depois de abandonar a escola por dificuldades financeiras, ela escreveu para o compositor, declarando seu envolvimento. Foi nesta ocasião que Tchaikovsky pensou numa possível companheira por conveniência.
Questões de dinheiro e uma incapacidade para compor agravaram a situação e levou Tchaikovsky a níveis profundos de desespero. O casal viveu junto por apenas dois meses antes da crise emocional que o obrigou a deixar a cidade. Pyotr viajou para Clarens, na Suíça para descanso e recuperação. Ele e Antonina permaneceram casados legalmente, mas nunca viveram juntos novamente e nem tiveram filhos, embora Antonina mais tarde tivesse dado à luz a três filhos por outro homem.
"Somente agora, após meu casamento, começo a entender que nada é mais inútil do que não querer assumir como somos", escreveu.
Crescimento público
Apesar de seu desprezo por sua vida pública, Tchaikovsky agora a aceitava tanto como consequência de sua crescente fama, quanto pela obrigação pessoal que sentia em promover a música russa. O compositor também atuou como diretor da filial de Moscovo da Sociedade de Música Russa entre 1889 e 1900. Neste posto, o compositor convidou muitas celebridades internacionais para conduzir a orquestra, inclusive Johannes Brahms, Antonín Dvořák e Jules Massenet, embora nem todas tivessem aceitado.

Tchaikovsky também promoveu a música russa como condutor, procurando estabelecer-se no mundo musical por pelo menos mais uma década. Pyotr estava em demanda considerável por toda a Europa e Rússia, o que o ajudou a superar o medo do palco e aumentou sua autoconfiança. Sua condução o trouxe para a América em 1891, onde liderou a Sociedade de música de Nova Iorque em março, no concerto inaugural do Carnegie Hall.
Morte                      
A última casa onde Tchaikovsky morou, em Klin.
Em 28 de outubro de 1893 Tchaikovsky realizou a estreia de sua Sexta Sinfonia, a Patética em São Petersburgo. Nove dias depois, o compositor morreu aos 53 anos. Foi enterrado no Cemitério Tikhvin no Mosteiro Alexander Nevsky, perto dos túmulos dos companheiros compositores Alexander Borodin, Mikhail Glinka, e Modest Mussorgsky, mais tarde, Rimsky-Korsakov, Balakirev também foram enterrados nas proximidades.

Até hoje, a cada biografia sobre a vida do compositor, surge uma nova teoria ou detalhe sobre a causa de seu falecimento. Embora a morte de Tchaikovsky, tradicionalmente, tenha sido atribuída à cólera, provavelmente contraída através da água potável contaminada, se apresentam teorias diferentes. Já foram descritos casos de supostos assassinatos ou suicídios.

Nesta última linha, uma surpreendente hipótese foi revelada pela musicóloga soviética Alexandra Orlova em 1978. Segundo sua apuração, um membro da aristocracia russa havia escrito uma carta direcionada ao czar Alexandre III acusando Tchaikovsky de seduzir e manter um relacionamento sexual com seu sobrinho de 17 anos. A carta, porém, não foi entregue diretamente ao czar, mas aos cuidados de um funcionário, Nikolay Jacobi, que coincidentemente estudou com Tchaikovsky na Escola de Direito de São Petersburgo.

Escandalizado com o conteúdo da correspondência e temendo que a história manchasse a reputação da Escola, Jacobi não entregou a carta. Preferiu instituir uma corte de honra incluindo outros seis companheiros da Instituição para discutir o assunto e tomar uma decisão. Foi assim que convocaram Tchaikovsky para uma reunião que durou cerca de cinco horas. Nela, induziram o compositor a dar fim à própria vida antes que o pior acontecesse. Caso a denúncia se tornasse pública, Tchaikovsky poderia ser exilado, perderia seus direitos civis e teria sua imagem manchada para o resto da vida, prejudicando familiares, ex-alunos, amigos e companheiros. Ao sair da reunião cambaleante e pálido, o compositor teria decidido ingerir arsênico, morrendo no dia 06 de novembro de 1893. Por ser considerada uma versão aparentemente sensacionalista, muitos historiadores questionam essa hipótese, mesmo que ela tenha sido confirmada por alguns conhecidos de Tchaikovsky.

Obra
Lista das obras de Tchaikovsky
Valsa em fá sustenido menor
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Valsa em fá sustenido menor, de Doze peças para piano, Op. 40, No. 9, gravado em meio digital por Kevin MacLeod
Abertura de Romeu e Julieta
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Abertura de Romeu e Julieta; executado pela Skidmore College Orchestra
Abertura 1812
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Abertura 1812; executado pela Skidmore College Orchestra

Balés
Tchaikovsky talvez seja mais conhecidos por seus bailados, no entanto foi apenas no fim de sua carreira, com seus dois últimos balés, que seus contemporâneos passaram a apreciar suas qualidades como autor desse género.
(1875–1876): O Lago dos Cisnes, Op. 20. O primeiro balé de Tchaikovsky foi encenado pela primeira vez (com algumas omissões) no Teatro Bolshoi em Moscou em 1877.
(1888–1889): A Bela Adormecida, Op. 66. Considerado um dos melhores trabalhos de Tchaikovsky. Encenado pela primeira vez em 1890 no Teatro Mariinsky em São Petersburgo.
(1891–1892): O Quebra Nozes, Op. 71. Tchaikovsky não ficou muito satisfeito com esta obra, seu último balé.
Óperas
Tchaikovsky escreveu onze óperas:
Voyevoda (1867/68)
Undina (1869)
O Oprichnik (1870/72)
Vakula, o Ferreiro (1874)
Eugene Onegin (1877/78)
A Dama de Orleans (1881)
Mazeppa (1884)
Cherevichki (1885)
A Feiticeira (1887)
Dama de Espadas (1890)
Iolanta (1892)
Sinfonias
As sinfonias mais antigas de Tchaikovsky são normalmente trabalhos alegres de caráter nacionalista, enquanto as últimas tratam do destino, perturbação e, em especial a Patética, desespero. As três últimas de suas sinfonias numeradas (quarta, quinta e sexta) são consideradas obras-primas e são freqüentemente executadas. Existe ainda uma "Sétima Sinfonia" que é uma compilação de temas musicais descartados pelo compositor e reunidos após a sua morte pelo compositor soviético Semyon Bogatyrev e lançada como "Sinfonia Nº 7 em Mi Bemol Maior". 1235

(1866): n.º 1 em sol menor, Op. 13, "Sonhos de um dia de Inverno"
(1872): n.º 2 em dó menor, Op. 17, "Pequeno Russo"
(1875): n.º 3 em ré maior, Op. 29, Polonesa
(1877–1878): No. 4 em fá menor, Op. 36
(1885): Sinfonia Manfredo, si menor, Op. 58. Baseada no poema dramático Manfredo, de (Lorde Byron).
(1888): n.º 5 em mi menor, Op. 64
(1893): n.º 6 em si menor, Op. 74, Patética
Tchaikovsky também escreveu quatro suítes para orquestra entre a Quarta e a Quinta Sinfonias. Ele pretendia chamar uma ou mais delas de "sinfonias", mas foi convencido a mudar os títulos.

Concertos
(1874–1875): Dos seus três concertos para piano, é o No.1 em Si Bemol Menor, Op. 23, que é o mais conhecido e admirado. Ele foi inicialmente rejeitado pelo pianista Nikolai Grigorievitch Rubinstein, como mal-escrito e impossível de ser tocado, e depois estreado por Hans von Bülow (que ficou encantado em tocar uma peça dessa qualidade) em Boston, 1875. Van Cliburn, um norte-americano, conquistou a primeira Competição Internacional Tchaikovsky com esta obra deixando os cidadãos russos atordoados, pois esse prêmio havia sido criado para celebrar a Rússia e os russos.'
(1878): Seu Concerto para violino e orquestra (Tchaikovsky) em Ré Maior, Op. 35, foi composto em menos de um mês, entre Abril e Maio de 1878, mas sua primeira execução ocorreu apenas em 1881 porque Leopold Auer, o violinista para quem Tchaikovsky pretendia dedicar a obra, se recusou a tocá-la. Este concerto é considerado um dos melhores já feitos para o instrumento e é muitas vezes executado hoje em dia.
(1889): O chamado "Terceiro Concerto para Piano em mi bemol maior", Op. 75, tem uma história curiosa. Ele foi iniciado após a Quinta, e deveria ser a próxima sinfonia, ou seja, a Sexta. No entanto Tchaikovsky abandonou essa obra e concentrou seus esforços naquela que hoje nós conhecemos como a Sexta Sinfonia, um trabalho totalmente diferente (a Patética). Após a morte de Tchaikovsky o compositor Sergei Taneyev trabalhou a sinfonia abandonada, adicionou uma parte em piano, e a lançou como o "Terceiro Concerto para Piano de Tchaikovsky".
Outros trabalho  Para orquestra

Abertura 1812, completa (com canhões), foi executada em 2005 no Clássicos Espetaculares
(1869, rev, 1870, 1880): Abertura-Fantasia Romeu e Julieta Esta peça contém uma das melodias mais famosas do mundo. O tema romântico do meio desta obra foi utilizado milhares de vezes em comerciais e filmes.
(1876): Marcha Eslava, Op. 31. Esta é outra peça muito conhecida e normalmente executada em conjunto com a Abertura 1812. Tchaikovsky usa o Hino Nacional Tsarista assim como na Abertura 1812, mas o que a torna peculiar é que o tema é russo, e não eslavo.
(1876): Francesca da Rimini, Op. 32
(1880): Abertura 1812, Op. 49. Tchaikovsky escreveu esta peça para comemorar a vitória russa sobre Napoleão nas Guerras Napoleônicas. Ela é conhecida pelos temas de música russa tradicional (como o velho Hino Nacional Tsarista) assim como pelo triunfante e bombástico final, com dezesseis tiros de canhão e o coro de sinos.
Para coral, cantos, música de câmara, e piano solo[editar | editar código-fonte]
(1871) Quarteto de cordas No. 1 em ré maior, Op. 11
(1876) Variações sobre um Tema Rococó, para violoncelo e orquestra, Op. 33.
(1876) Suíte para piano "As Estações" Op. 37a
(1882) Trio para piano, violino e violoncelo em lá menor, op. 50
(1886) Dumka, Cena Rústica Russa em dó menor, para piano
(1890) Sexteto para cordas "Souvenir de Florence", Op. 70
Para uma lista completa dos trabalhos de Tchaikovsky (em inglês) veja [1]. Para detalhes das datas das composições visite [2].